.

.

.

.

domingo, 11 de janeiro de 2015

Subsídios de desemprego caem para o nível mais baixo em três anos

É o valor mais baixo dos últimos três anos. O número de pessoas a receber subsídio de desemprego em Portugal caiu, em novembro, para apenas 306 725, menos 4544 face a outubro, uma quebra de 1,5%, de acordo com os últimos dados divulgados pela Segurança Social.
E a queda é ainda mais expressiva em relação a novembro de 2013, quando o número de beneficiários daquele tipo de prestações sociais atingia 376 891. São menos 70 166 apoios atribuídos, uma descida de 18,6% em apenas um ano. É preciso recuar a outubro de 2011, quando o número de beneficiários não chegava ainda aos 300 mil, para encontrar um total de subsídios de desemprego mais baixo (293 436).
O valor médio das prestações de desemprego atribuídas em novembro - abrangendo subsídio de desemprego, subsídio social de desemprego inicial e subsequente e prolongamento de subsídio social de desemprego - também baixou para 461,75 euros mensais, menos 4,47 euros face aos 466,22 euros de outubro e menos 18,82 euros do que os 466,22 de um ano antes.
Para o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, mais do que representar uma queda do número de desempregados em Portugal e um aumento do emprego, os dados de novembro "refletem um aumento do número de desempregados de longa duração, que atingem mais rapidamente o fim do prazo para recebimento das prestações, aumentando também o número de pessoas sem proteção social, o que leva ao aumento da exclusão social e do número de pessoas no limiar da pobreza"
«DV»

1 comentário:

VFPF disse...

O actual Governo “premeia” os reformados, pensionistas e idosos com a manutenção em 2015 da suspensão da actualização anual das pensões e do Valor do Indexante de Apoios Sociais (IAS) a vigorarem desde 2011. Decisão que vem agravar as suas condições de vida e que é expressão da política de direita que continua a colocar Portugal nas posições cimeiras dos países da União Europeia com elevado nível de pobreza entre os idosos e os mais baixos valores de reformas e pensões.
De facto, o que o Governo acaba de decidir é:
- A manutenção dos valores das pensões mínimas do regime geral da Segurança Social para quatro dos seus cinco escalões cujos montantes se mantêm, desde 2010, entre os 274,79 e os 379,04 euros;
- O aviltante “aumento” de 9 cêntimos diários na pensão mínima para o período contributivo inferior a 15 anos passando o seu valor de 259,36 euros para 261,95 euros;
- O prolongamento do congelamento das pensões mínimas do regime convergente da Caixa Geral de Aposentações cujos valores se mantêm há cinco anos entre os 272,78 e os 404,44 euros;
- Um “aumento” de 8 cêntimos diários para as pensões com um período contributivo de 5 a 12 anos passando de 242,39 para 244,81 euros, e as com um período de mais de 12 e até 18 anos que passaram de 252,65 para 255,18 euros;
- A pensão social do regime não contributivo da segurança social passou de 197,55 euros para 201, 53 euros.
Importa recordar, que o valor do IAS se mantém nos 419 euros desde 2009, ao mesmo tempo que se regista a continuada redução do número dos que recebem o complemento solidário para idosos, o abono de família, o subsídio de desemprego e o rendimento social de inserção, entre outros apoios sociais.
Acresce um novo aumento da idade de reforma para os 66 anos e 2 meses, o prosseguimento da redução do valor das reformas em 2015 em resultado da aplicação do factor de sustentabilidade que penaliza os trabalhadores que passam à condição de reformados.

Para reformados de outros países que aqui queiram viver boas condições de vida.
Para a esmagadora maioria dos três milhões de portugueses que são reformados, pensionistas e idosos a violação dos mais elementares direitos e condições de vida.