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sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Depoimento de Fernanda Cardigo

Fernanda Cardigo
 Dando continuidade à publicação dos depoimentos dos principais candidatos às eleições autárquicas que se vão realizar no dia 29 de Setembro publicamos de seguida o depoimento de Fernanda Cardigo candidata à presidência da Junta de Freguesia de Alpiarça

“Ao Jornal Alpiarcense o meu agradecimento pelas perguntas que me foram colocadas.
 Logo no início de actividade deste jornal, colaborei como o mesmo na vertente do desporto, enviando comentários das provas, resultados e algumas fotos,  o que considerei muito importante para a divulgação dos primeiros passos da equipa jovem de triatlo, do Aguias de Alpiarça.
 Sou candidata pela CDU, porque é com a CDU que me identifico, porque é com a CDU que sempre me identifiquei, porque acredito que a CDU defende realmente os direitos dos cidadãos, direitos esses que estamos a perder a cada minuto que passa e pelos quais tanto lutaram os nossos antepassados.
Sempre cultivei amizades com pessoas de todos os quadrantes políticos e tenho a certeza que assim vou continuar. Em todos os partidos existem pessoas sérias e com muita vontade de trabalhar e que acreditam, tal como eu, estar do lado certo.
JA - Como Olha para o concelho de Alpiarça?
 FC-  Olho com os olhos de uma Alpiarcense que ama muito a sua terra. Apesar da conjuntura actual, com muitas dificuldades em obter verbas para realizar projectos, olho para o concelho de Alpiarça com otimismo, quer pelos recursos que o caracterizam, mas sobretudo pela natureza lutadora, humana e solidária dos seus habitantes.
 JA – Quais os maiores problemas do Concelho e como pensa resolvê-los?
 FC – Os maiores problemas do Concelho, que penso serem comuns a todos os concelhos de Portugal, são o desemprego, a habitação e a fome que começa igualmente a surgir. Claro que também existem outros, mas estes são os que afectam mais as famílias e por consequência são a principal origem de todos os outros.
Infelizmente um Presidente da Junta não consegue resolver estes grandes problemas, mas trabalhando harmoniosamente com todos os eleitos e em conjunto com a Câmara Municipal, e outros parceiros da área social, poderá continuar a promover o concelho de maneira a torná-lo apetecível para os investidores privados, poderá dar todo o apoio possível às empresas existentes e que neste momento passam por algumas dificuldades, poderá ajudar na procura de soluções para que os proprietários dos Prédios urbanos degradados possam recuperá-los.
Poderia aqui prometer mundos e fundos, seria muito fácil, mas eu não trabalho dessa forma e não tenho uma varinha mágica, tenho que ser realista.
Procurarei trabalhar em parceria com todas as entidades que possam de alguma forma ajudar a resolver as dificuldades existentes, mas sempre com seriedade e sem dar passos maiores que a perna, porque esses como já vimos, pagam-se bem caros.
 JA – Qual a sua prioridade para os próximos quatro anos?
 FC – A minha prioridade será sempre a qualidade de vida dos alpiarcenses, será sempre o bem-estar das famílias, Os meios financeiros da Junta de Freguesia são escassos, mas temos de estar muito atentos às famílias mais carencidas e às situações de fome, ainda que escondidas em muitos casos.
Ainda que a Junta, obviamente, não possa resolver essas situações, que derivam de uma política errada a nível nacional, sem sensibilidade social, a Junta de Freguesia, tem de procurar soluções, juntamente com outras entidades responsáveis.
Posso garantir que estarei sempre disponível, dentro e fora do gabinete, para ouvir as preocupações da população, bem como utilizar todos os meios que estiverem ao meu alcance para resolver ou minimizar essas preocupações.
Estamos a trabalhar no programa eleitoral que, muito em breve, será apresentado à População de Alpiarça.
 JA – Na área social quais os projectos onde vai apostar?
 FC – Como já referi, quando falei nas principais preocupações de Junta de Freguesia, as famílias com graves problemas, destruturadas, com crianças e idosos, tem de ser a nossa principal preocupação.
Muitas delas sem emprego e com habitações degradadas.
Na área social existem várias realidades que me preocupam verdadeiramente, a terceira idade que está cada vez mais desprotegida, com pensões que não chegam sequer para medicamentos, a infância e a educação, onde algumas crianças e jovens chegam à escola com fome e têm dificuldades de aprendizagem.
Embora possamos intervir pontualmente nestas situações, nomeadamente com atribuição de bolsas de estudo no caso da educação, o nosso dever passará sempre por criarmos condições para que a ação social seja o ultimo recurso, num destes dias em que andei no porta-a porta, uma senhora dizia “não quero que me dêem nada, só quero um trabalho”. Não estando ao alcance da Junta de Freguesia resolver este problema, sobretudo de responsabilidade de políticas económicas dos Governos que têm conduzido ao desemprego muitas pessoas, julgo que, mesmo assim, poderemos ajudar essas pessoas em colaboração com a Câmara Municipal e com outras entidades.
 Em relação às Associações e colectividades onde sempre dei o meu contributo, quer como praticante quer como dirigente, sei que passam hoje por diversas dificuldades, cada vez é mais difícil obter receitas para fazer face às despesas. Com boa Vontade, com muita persistência e sempre unidos, conseguiremos certamente continuar a ajudar a Associações e colectividades que tanto têm feito pelo concelho e que são compostas por pessoas que desinteressadamente trabalham em prol da comunidade, deixando muitas vezes as suas famílias, o seu sofá e a sua lareira nas noites frias de inverno, para dar todo o seu contributo à sociedade.
Eu e a minha equipa, em quem confio plenamente, são pessoas que conhecem bem a realidade em que vivemos, e se formos eleitos, como esperamos, tudo faremos para ajudar a combater as carências a vários níveis que afectam neste momento uma grande parte da população.

Não podemos de maneira nenhuma deixar-nos ir abaixo perante as dificuldades, devemos ter pensamentos positivos, não baixar os braços, sermos sempre nós próprios, não deixar para amanhã o que podemos fazer hoje, para depois não nos arrependermos daquilo que poderíamos fazer e não fizemos”.

«Foto: CDU/Alpiarça»

4 comentários:

Anónimo disse...

Boa entrevista, realista e verdadeira, como é preciso.

JA disse...

OS COMENTÁRIOS REFERENTES A ESTA NOTÍCIA DEVEM SER ASSINADOS

Anónimo disse...

Estou muito agradado com esta entrevista, sem dogmatismos, sem vaidades, sem artifícios, sem maledicências, boa Fernanda estarei contigo.

O depoimento do prof. Louro devia ser uma cartilha onde se deveriam inspirar todos os candidatos a presidentes de assembleia municipal. Ali lê-se preto no branco como se deverá comportar um presidente de assembleia de todos os seus conterrâneos.

Anónimo disse...

Uma entrevista muito realista e que revela a capacidade de perceber os problemas, e, que, não há soluções mágicas.
Lino Soeiro