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sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Contestatários de Seguro só 'atacam' depois das autárquicas

A ala socialista que contesta a liderança do actual secretário-geral do partido, António José Seguro, deverá manter-se em silêncio até ao próximo dia 29 de Setembro, à espera dos resultados das eleições autárquicas, destaca a edição desta quinta-feira do jornal i. Porém, caso o escrutínio venha a configurar uma derrota para o PS, a cadeira de Seguro poderá, uma vez mais, ser posta em causa.
Até 29 de Setembro, dia em que se realizam as eleições autárquicas, os contestatários da liderança de António José Seguro deverão permanecer em silêncio. Isto porque uma vitória no escrutínio interessa a todos os socialistas, mesmo àqueles que não vêem com bons olhos o reinado do secretário-geral do partido.
Mas caso o PS saia derrotado no sufrágio a nível local, ou mesmo conquiste uma vitória mas que seja pouco expressiva, abrir-se-á uma vez mais a porta para que novas tensões se instalem no seio do partido, indica o jornal i.
Perante esse cenário, o candidato à Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, seria o nome mais provável para vir a discutir a liderança ‘rosa’, mesmo que ganhe o duelo contra o social-democrata, Fernando Seara, e venha a renovar votos à frente dos destinos da capital. Isto porque, muitos entendem a escolha de Fernando Medina para seu número dois, como uma salvaguarda para ocupar a sua cadeira se tiver de a deixar.
A sustentar esta tese estão, por exemplo, as recentes declarações do antigo braço-direito de José Sócrates, Augusto Santos Silva, que assinalou esta semana que só uma vitória “folgada” de Seguro nas eleições lhe trará a ansiada tranquilidade.
Não obstante, José Lello comenta ao jornal i que “para dizer que a actual liderança é frágil, teria que fazer comparações com uma alternativa, e isso é difícil de fazer”, no fundo, porque não a há. Por outro lado, “candidatos aparentemente maus ganharam eleições”, lembra Lello.
Também Adão e Silva faz sobressair a tradição socialista assente no facto de que “todos os secretários-gerais foram, em algum momento, candidatos a eleições legislativas”.
«NM»

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