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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Otelo ainda lhes mete medo

"Para mim, a manifestação dos militares deve ser, ultrapassados os limites, fazer uma operação militar e derrubar o Governo", disse Otelo à Lusa. A corajosa e vociferante trupe de ressentidos do 25 de Abril logo viu aí o "apelo" a novo golpe de Estado, sacando ofegante do Código Penal (esqueceu-se do RDM) contra o agora coronel na reserva.... No tinteiro deixou o inconveniente "para mim", que faz da afirmação mera expressão de uma opinião pessoal. Ou de uma convicção: "Estou convicto de que, em qualquer altura, se os militares estiverem dispostos a isso, podem avançar sempre para uma tomada de poder", disse ainda Otelo, no óbvio papel de "Monsieur" de La Palice.
A Renascença foi mesmo ao ponto de ridicularizar a PGR por esta não abrir um inquérito ao caso, "a não ser que factos posteriores o justifiquem", deitando-se a interpretar o que serão "factos posteriores", além de factos posteriores. Os resultados divergem: para o corpo da notícia, factos posteriores são... "consequências práticas", para o título já é... "golpe de Estado", coisa bem mais sonora e radiofónica.
A mesma gente não manifesta, no entanto, idêntico fervor democrático face aos recentes golpes de Estado, consumados e não imaginários, na Grécia e em Itália, países onde, por imposição do Deus Mercado e de Merkel e Sarkozy, seus profetas, governos resultantes do voto foram substituídos por governos "técnicos" sem mandato popular.
«in JN on-line»

1 comentário:

Anónimo disse...

Se há palavras que eu não esqueço, foram as proferidas pela mesma pessoa quando disse que o Campo Pequeno poderia ser pequeno para atirar as "feras" a todos aqueles que no seu pensamento mereceriam. Em parte eu estou de acordo com as palvras produzidas recentemente, mas, os actos que não praticou aquando da revolução de ABRIL, porque ainda hoje digo com sinceridade que não deveriam ser cravos mas balas para todos aqueles que nos escravizaram durante mas de meio século. Talvez o que o leva a pensar agora assim, será, porventura a sua desilusão, pelo que foi feito pelo capitães de Abril. A minha geração, foi uma geração de fome e miséria, e com tudo aquilo que é anunciado e proposto pelo actual Governo não é mais do que tudo isso. Estive na guerra por obrigação e sei bem, aquilo que faziam aos naturais do actual País (Moçambique). Por isso tiveram de regressar à dita Metropole e, foi-lhes dado aquilo que se fosse mo sentido contrário duvido que fosse dado. Hoje eles estão no GOVERNO, e o meu pensamento é "a vingança é terrível"!...