A violência doméstica foi lembrada como um dos grandes flagelos a que as mulheres ainda estão sujeitas em pleno século XXI, durante a homenagem que a governadora civil de Santarém, Sónia Sanfona, organizou para assinalar o centésimo aniversário do dia internacional da mulher, e que dedicou a todas as mulheres que prestam serviço nas forças de segurança e protecção civil do distrito.
“Hoje, a violência doméstica não é maior do que foi ontem, mas tem muito maior visibilidade e atenção social”, afirmou a secretária de Estado da Igualdade, Elza Pais, que elogiou “o trabalho que tem sido desenvolvido pela GNR e PSP, onde pessoal altamente qualificado e competente presta um enorme apoio à vítima”.
“Em 2009, 29 mulheres morreram vítimas da violência doméstica, e começa a aparecer de uma nova forma, que é a violência no namoro”, disse a secretária de Estado da Administração Interna, Dalila Araújo, que também marcou presença no salão nobre do Governo Civil, completamente lotado por mais de 150 profissionais do sexo feminino da GNR, PSP, corpos de bombeiros, protecção civil e Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
Dalila Araújo, Sónia Sanfona e Elza Pais
“Foi percorrido um longo caminho no sentido da igualdade de direitos e paridade, mas surgiram entretanto novas questões”, frisou a representante do governo, dando ainda como outro exemplo o acesso a lugares de topo, que ainda “continua a ser um caminho mais difícil de percorrer pelas mulheres”.
No entanto, Dalila Carmo, que se regozijou com tudo o que os movimentos femininos conquistaram ao longo do século XX, afirmou que ver uma sala cheia de mulheres fardadas “dá um ar diferente, uma outra tónica às forças de segurança”.
Elza Pais referiu-se ainda às discrepâncias salariais, em que o sexo feminino é remunerado com ordenados inferiores pelo desempenho das mesmas funções.
No entanto, Portugal, com uma média de 9%, regista metade da média europeia, que anda pelos 18%, o que torna “reconhecido internacionalmente como um país de boas práticas”, explicou.
A título simbólico e representativo de todas as mulheres que trabalham nesta área, foram homenageadas quatro profissionais, que deixaram num pequeno documentário os seus depoimentos sobre o acesso à carreira, a conciliação do trabalho com a vida familiar e a experiência do dia-a-dia, entre outras questões.
Foram elas a tenente Patrícia Almeida, que aos 26 anos é comandante do destacamento de Santarém da GNR, a bombeira / socorrista Cristina Pereira, de 35 anos, que foi a primeira mulher a entrar para o corpo dos bombeiros voluntários de Ourém (a última corporação do distrito a receber mulheres), Lurdes Fonseca, de 33 anos, adjunta do comandante distrital da Protecção Civil, e a agente principal da PSP Lúcia Simões, de 41 anos, que recordou no vídeo que, não há muitos anos, a primeira reacção dos homens quando viam uma mulher polícia, era mandá-la “ir coser meias”.
Mas “muita coisa mudou”, lembrou Sónia Sanfona na sessão de encerramento.
Para a governadora civil, o caminho da igualdade é uma luta em que todas as mulheres se devem envolver, todos os dias.
“Hoje, a violência doméstica não é maior do que foi ontem, mas tem muito maior visibilidade e atenção social”, afirmou a secretária de Estado da Igualdade, Elza Pais, que elogiou “o trabalho que tem sido desenvolvido pela GNR e PSP, onde pessoal altamente qualificado e competente presta um enorme apoio à vítima”.
“Em 2009, 29 mulheres morreram vítimas da violência doméstica, e começa a aparecer de uma nova forma, que é a violência no namoro”, disse a secretária de Estado da Administração Interna, Dalila Araújo, que também marcou presença no salão nobre do Governo Civil, completamente lotado por mais de 150 profissionais do sexo feminino da GNR, PSP, corpos de bombeiros, protecção civil e Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
Dalila Araújo, Sónia Sanfona e Elza Pais
“Foi percorrido um longo caminho no sentido da igualdade de direitos e paridade, mas surgiram entretanto novas questões”, frisou a representante do governo, dando ainda como outro exemplo o acesso a lugares de topo, que ainda “continua a ser um caminho mais difícil de percorrer pelas mulheres”.
No entanto, Dalila Carmo, que se regozijou com tudo o que os movimentos femininos conquistaram ao longo do século XX, afirmou que ver uma sala cheia de mulheres fardadas “dá um ar diferente, uma outra tónica às forças de segurança”.
Elza Pais referiu-se ainda às discrepâncias salariais, em que o sexo feminino é remunerado com ordenados inferiores pelo desempenho das mesmas funções.
No entanto, Portugal, com uma média de 9%, regista metade da média europeia, que anda pelos 18%, o que torna “reconhecido internacionalmente como um país de boas práticas”, explicou.
A título simbólico e representativo de todas as mulheres que trabalham nesta área, foram homenageadas quatro profissionais, que deixaram num pequeno documentário os seus depoimentos sobre o acesso à carreira, a conciliação do trabalho com a vida familiar e a experiência do dia-a-dia, entre outras questões.
Foram elas a tenente Patrícia Almeida, que aos 26 anos é comandante do destacamento de Santarém da GNR, a bombeira / socorrista Cristina Pereira, de 35 anos, que foi a primeira mulher a entrar para o corpo dos bombeiros voluntários de Ourém (a última corporação do distrito a receber mulheres), Lurdes Fonseca, de 33 anos, adjunta do comandante distrital da Protecção Civil, e a agente principal da PSP Lúcia Simões, de 41 anos, que recordou no vídeo que, não há muitos anos, a primeira reacção dos homens quando viam uma mulher polícia, era mandá-la “ir coser meias”.
Mas “muita coisa mudou”, lembrou Sónia Sanfona na sessão de encerramento.
Para a governadora civil, o caminho da igualdade é uma luta em que todas as mulheres se devem envolver, todos os dias.
Na foto: Sónia Sanfona/Governo Civil Santarém
«O Ribatejo/João Nuno Pepino»
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