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domingo, 7 de março de 2010

Crónica Semanal


A Maçonaria e o “Centenário da República” em Alpiarça

José Relvas foi um maçom que teve um papel ponderante na Maçonaria Portuguesa (Grande Oriente Unido/Supremo Conselho da Maçonaria Portuguesa-Anuário 1909. P.3) e uma missão crucial na implantação da República.
Uma participação que assentou num conjunto de contributos de grande importância, quer pela capacidade demonstrada quer através das suas relações maçónicas internacionais que facilitaram a aceitação do novo regime.
Depois, pela influência que houve na decisão do Partido Republicano – no qual José Relvas teve um papel importante – de optar pela via revolucionária e pelo modo como se empenhou no enquadramento da Carbonária.
Com a implantação da República, as divisões sobrevindas no movimento republicano reflectiram-se também no interior da Maçonaria, mantendo esta embora a sua influência.
Alpiarça tem actualmente alguns “ maçons” ligados a “Lojas” onde desempenham lugares de relevo com “graus” elevados os quais já algumas vezes conseguiram levar a efeito encontros, em Alpiarça de grande contributo por causa da “Carbonária de Alpiarça” **) onde estiveram presente “irmãos” com poder decisivo em Portugal.
2010 é o ano das Comemorações do “Centenário da República” e Alpiarça por via do passado e do presente tem vindo a demonstrar alguma capacidade de ser capaz de contribuir com actividades do género por causa dos participantes e das figuras envolventes que contribuiriam para um grande evento no Concelho.
Ainda recentemente houve um debate sobre maçonaria na região, englobado no “Centenário da República” , no qual estiverem presentes alguns alpiarcenses.
Se tomarmos em atenção o número de membros do “ Grande Oriente Lusitano” a residirem em Alpiarça e se tomarmos em atenção que na implantação de República maçons como José Relvas que teve uma participação determinante na causa do contributo da “Carbonária” levar a efeito na Casa-Museu dos Patudos um evento apropriado às datas e fins seria benéfico para o Concelho como para a divulgação dos “Patudos” e consequentemente Alpiarça.
Deixamos ao critério do responsável do Pelouro da Cultura da Câmara Municipal de Alpiarça esta sugestão
Algumas curiosidades:
A partir de 1863, o Grande Oriente de Portugal, mais tarde (1867) como Grande Oriente Português e, a partir de 1869, como Grande Oriente Lusitano Unido, desencadeou uma verdadeira ofensiva diplomática, que produziu os melhores frutos.
Constituído pelas “Lojas Simbólicas” (graus 1º, 2º e 3º) trabalham sob os auspícios do Grande Oriente Lusitano enquanto que as Lojas de Perfeição (graus 4º a 14º), Capítulos (graus 15º a 18º), Areópagos (graus 19º a 30º), Consistórios (graus 31º e 32º) e Conselho Supremo (grau 33º) funcionam sob os auspícios do Supremo Conselho do Grau 33.
Maçonaria e República (1910-1914): Os seus efectivos duplicaram em poucos anos, de 2000 para 4000 associados, com um correspondente aumento no número de lojas e de triângulos. No Parlamento, metade ou mais de metade dos representantes do povo pertencia à Ordem.
Nos finais da década do século findo foi constituída uma loja algures em Alpiarça onde se reuniram vários “irmãos” que actualmente desempenham cargos de relevo. A estes “irmãos” se deve a vinda a Alpiarça de parte de uma “família” que estava desavinda para que no “fim da linha” fosse unificada. Os resultados obtidos foram de tal forma que Alpiarça ainda hoje está a receber benefícios deste encontro.
António Centeio
** Artigo a ser publicado brevemente

1 comentário:

Anónimo disse...

Assunto pouco divulgado mas sempre de grande interesse. A Maçonaria existe a par de outras organizações secretas e, é interessante olhar um pouco sobre elas.
Que venham mais crónicas sobre o tema.

Um leitor