O autor auto-intitula-se como um «confesso admirador da política, filosofia e literatura» pois segundo o próprio são as «ciências que melhor nos exprimem enquanto seres sensíveis, ao mesmo tempo que melhor expressam os limites da nossa inteligibilidade».
Numa prosa por vezes indecifrável porque predomina as bases filosóficas dá a conhecer nos seus versos os vários «sentimentos e estados de espírito».
Aliás Filipe Vasconcelos Fernandes gosta dos pragmatismos objectivos porque apresenta a elucidação acerca do conteúdo em que demarca uma «critica feroz e um retrospectiva de sentimentalismo saudosista característico da lírica associados a uma visão pessoal de uma contemporaneidade perdida na qual se integra a actualidade factual».
“poente” de qualquer forma tem uma leitura cativante e rigorosa porque nas suas oitenta e seis páginas está descodificado o «gosto pela iniciativa pessoal, pela auto-realização e pela procura da superioridade» podendo-se encontrar algumas fotografias de Fernando Santos (Chana) que a “Papiro Editora” soube aproveitar para as encaixar de uma forma sublime nos vários versos de Filipe Vasconcelos Fernandes.
Por: António Centeio
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