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quinta-feira, 9 de julho de 2009

“Garrido” meu conhecido e amigo

Nesta tarde de Verão, fui dar um passeio pela margem direita do Tejo. Tinha saudades. Agradou-me estar na maracha e inspirar o cheiro dos salgueiros. Também queria ver o caudal do rio, agora que os autarcas ribeirinhos «pedem mais água para o rio» que banha as suas povoações.
Lembrei-me da minha juventude quando me sentei encostado a um cascudo salgueiro para ver o rio a descer.
Olhando para o rio apercebi-me que já muitos anos passaram sobre a minha pessoa cpmo também muitas Luas.
Estar na companhia do silêncio e ver o crepúsculo a chegar é algo de maravilhoso!
Já há muitos anos que não fazia este percurso.
Regressei pelo margem esquerda e quando passei pela Chamusca, para meu espanto, enormes cartazes anunciando a “Candidatura à Câmara” do meu conhecido e amigo «Joaquim Garrido».
Conheço Garrido há muitos anos. Um bom profissional e um homem com um grande coração para ao mesmo tempo ser também uma pessoa cheia de contrastes, talvez por causa da política, penso eu.
Parei o carro e olhei para a enorme foto de “Joaquim Garrido”.
Vai concorrer pelo PS quando em tempos foi membro da CDU e até foi Presidente da Assembleia Municipal da Chamusca.
Agora, mudou-se para o PS. Um direito que lhe assiste mas que me deixou confuso porque sempre o conheci como "comunista".
Pensei então:
Garrido é e sempre foi um grande amigo de “Carrinho". Por razões que desconheço passou para o «lado oposto». Quase tenho a certeza que antes de aceitar a actual candidatura deve ter falado com "Carrinho" contando-lhe a “troca” sendo então aconselhado a aceitar porque o "amigo Carrinho" lhe deve ter dito:
- Aceita Garrido. Sabes que não vais ganhar as eleições mas serás um "vereador da oposição" para depois nomear-te como vereador a "meio tempo" ou "tempo inteiro" e terás assim um vencimento de politico.
Deu-me vontade de rir este meu pensamento.
Garrido está a poucos anos da reforma. Como o tempo no «exercício da actividade de vereador» conta a dobrar, quando Garrido acabar a mandato está pronto para viver «dos rendimentos, deixando a “Gráfica” a seu filho.
Sim senhora!
Boa estratégia e bem pensado.
É de "mestre"
Este meu amigo Garrido sempre foi cá um pensador.
Por isto é que admiro este meu amigo e conhecido Garrido.
Quando falo com este meu amigo, que bastante admiro pela sua força e inteligência para enfrentar as dificuldades que às vezes se abatem na sua actividade, nunca me esqueço das palavras que me disse uma vez com o seu sorriso bonacheirão e de pessoa sincera:

«Quem não sabe vender que feche a loja".

"De um "Contador de histórias", amigo de Joaquim Garrido e colaborador do "Jornal Alpiarcense"»

2 comentários:

Pimentinha disse...

".../ Garrido está a poucos anos da reforma. Como o tempo no «exercício da actividade de vereador» conta a dobrar..."

Depois querem que acreditemos na democracia. Há os portugueses de 1ª, de 2ª e provavelmente de 3ª, 4ª, 5ª...!

Vivemos em democracia?

Nada me move contra Garrido, Joaquim, Manuel, Cristina, ou Ana, mas estas leis à medida dos legisladores em causa própria cheira-me a que entre regimes "ditos" opostos não há grande diferença.

Regimes totalitários têm práticas semelhantes!

Carreira militar e politica são na verdade dois empregos "duros" e que por isso merecem ter legislação própria... (contar a dobrar!)

Só falta como é comum no País, legislar para que quando passarem a reformados passem a ter um lugar de estacionamento privativo. (aqueles com placas de lugar privado)

Neste País, não há cão nem gato que não use o espaço publico para ter um estacionamento privativo.

Já vi: Juízes, paróquias, clínicas,farmácias, organismos estatais, deficientes leves,militares e mais uma série de "democratas" serem MAIS IGUAIS QUE OUTROS.

Vejo gente reformada há anos que entra na politica e quando sai recebe, pasmem-se, SUBSÍDIOS DE REINTEGRAÇÃO! Onde..? Na reforma !

Dezenas de milhares de euros para um reformado ser integrado na REFORMA!

A moralidade emigrou? Democracia é isto? Os partidos ditos de esquerda são diferentes dos de direita? Não tenho notado que não aproveitem a legislação...

Algum dos candidatos à Câmara faz uma declaração a prescindir disso?

Estou à espera!

Anónimo disse...

1. O Estatuto dos Eleitos Locais, aprovado pela Lei nº 29/87, de 30 de Junho, na redacção de várias Leis e republicado pela Lei nº 52-A/2005, de 10 de Outubro, consagrava no artigo 5º, que elenca os direitos dos eleitos locais, que estes de entre outros, e dentro de determinadas condições, tinham direito a subsídio de reintegração.

Com a publicação da Lei nº 52-A/2005, este subsídio deixou de existir, visto as normas que o regulavam terem sido revogadas, pelo que já não se aplicam ao mandato que se iniciou no final de 2005.

Quanto aos eleitos locais que terminaram os respectivos mandatos em finais de 2005, o direito ao subsídio de reintegração mantém-se, apesar de muitos terem terminado o mandato depois da revogação das normas já ter ocorrido, visto a Lei nº 52-A/2005, ter entrado em vigor a 15 de Outubro de 2005. A manutenção deste subsidio para os eleitos que terminaram o último mandato autárquico deve-se ao artigo 8º, desta Lei nº 52-A/2005, que refere que “aos titulares de cargos políticos que, até ao termo dos mandatos em curso, preencham os requisitos para beneficiar dos direitos conferidos pelas disposições alteradas ou revogadas pelos artigos anteriores são aplicáveis, para todos os efeitos, aqueles regimes legais, computando-se, nas regras de cálculo, apenas o número de anos de exercício efectivo de funções verificado à data da entrada em vigor da presente lei, independentemente da data do requerimento e sem prejuízo dos limites máximos até aqui vigentes.”

(informação recolhida na net de um parecer da CCDRAlentejo)