Muito lixo debaixo dos tapetes

Penso que o número de funcionários efectivos e contratados da CMA em Janeiro de 1998 andariam igualmente na casa dos 150 a 160.

Rosa do Céu foi parco em admissões de pessoal, houve muita gente a reformar-se aproveitando as facilidades da Lei dos 36 anos de serviço independentemente da idade, mas no 2.º mandato em que foi vereador o sr. Coelho, voltou a haver uma aposta grande em obras feitas directamente pela câmara e até a Junta de Freguesia empregava muita gente.

Entretanto todos se lembram da queda do Guterres (PS), da eleição de Barroso (PSD) e das obras da câmara começarem a marcar passo com a falta de verbas e a falência da Conegil que estava a construir a Biblioteca e o Parque Subterrâneo.

Com a demissão de Santana Lopes por parte do PR e a eleição de Sócrates as coisas não melhoraram para as câmaras.Sócrates quis controlar as despesas públicas e impôs regras mais apertadas aos endividamentos das câmaras.

Alpiarça não pode ser a excepção à regra e tem de seguir os mandamentos do Chefe e há que cortar despesas correntes. Houve cortes drásticos nas despesas com pessoal ao não se renovarem dezenas de contratos a termo e a saída de pessoal por aposentação tem sido uma constante. Agora com a adesão à empresa "Águas do Ribatejo" foi mais cerca de uma dezena deles que saíram.

Veremos é como vão descalçar a bota de ficarem privados mensalmente de uma receita certa de venda de água e serviços de saneamento. Que eu saiba isso ainda ninguém explicou muito bem...

Porque é que será que Veiga Maltez (PS) saiu das "Águas do Ribatejo"?

Por outro lado a câmara vê-se a braços com mais quase 1/2 centena de funcionários não docentes provenientes do Agrupamento de Escolas, embora tenha a devida compensação financeira, mas as despesas correntes aumentam drasticamente.

Mário ou Sónia vão passar por alguns amargos de boca, porque nestes últimos meses muito lixo vai ser varrido para debaixo do tapete.

«Comentário de um leitor do "Jornal Alpiarcense"»