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quarta-feira, 8 de julho de 2009

Espaço e Caminho, binómios da vida política!

Há preocupações que devem sempre acompanhar todas(os) aquelas(es) que pretendem exercer a cidadania ao mais elevado nível, trilhando uma vida política que as(os) levam a assumirem responsabilidade, com ou sem vinculação partidária, em diferentes “espaços”, seja no governo local ou central, no parlamento ou em outras instâncias do poder. Fazem-no, estou convencido, em defesa da causa pública e pelos superiores interesses próprios da democracia – as populações - necessariamente fundados e legitimados na vontade que daí emana.

Não me surpreende, pois, que se consiga identificar na vida política de muitos, sobretudos os que apresentem maior visibilidade, “caminhos” que se percorrem e que nem sempre são lineares, que obrigam a curvas e às vezes contra-curvas a bifurcações, etc. Toda essa “caminhada” tem como objectivo encontrar um “espaço”, desenhar um estratégia, mudar de patamar/nível, elevar responsabilidades, ganhar protagonismo, etc., lógicas que eu considero perfeitamente legítimas e que são, a bem ver, a essência da acção política. Nem sempre se acerta, nem sempre dominamos os factores, mesmo ficando no domínios dos possíveis (factores)… São dificuldades que devem ser esperadas para quem decide trilhar os “caminhos” da política e, todas essas dificuldades devem ser encaradas como desafios a superar, começando-se por aprender com elas.

E, os políticos, mesmo que ainda em fase mais ao menos iniciática, nunca se devem surpreender … com a política!

Esta pequena reflexão como “entrada” para partilhar o que penso sobre candidaturas simultâneas, candidaturas a mais que um sufrágio. Independentemente da gestão que foi (não)feita pelo PS relativamente a esta questão, há princípios que sempre defendi e que me obrigam a estar em oposição aos que advogam a duplicidade de candidaturas.

E porquê? Primeiro pela “duplicidade” pois eu revejo-me mais na “cumplicidade” dos eleitos com os eleitores e essa cumplicidade não se adquire “jogando” em vários tabuleiros, ao mesmo tempo, mas fazendo opções, escolhendo “caminhos”. Depois e porque entendo que uma das obrigações da política, e mais ainda da política partidária, é dar lugar à renovação, à mudança, ao aparecimento de “novos políticos”, facto que não se consegue enchendo as listas (estas e aquelas…) com os mesmos nomes. Por último, e para não me alongar, porque é uma estratégia errada para o PS e contraria o “pensamento” do partido nas últimas décadas, que assenta na abertura à sociedade, no alargamento aos múltiplos interesses da sociedade, a “novas fronteiras” e isso não se consegue “afunilando”, tornando-se redutor e apontando para uma lógica de insubstituibilidade de uns tantos (sem elas(es) é o fim…???)

Esta é uma questão de fundo e está na minha matriz política. Posso também questionar se o momento em que o PS dá nota pública da limitação de candidaturas, foi o mais acertado… ou se não devia tal matéria ter sido discutida no Congresso… mas o que fizeram os congressistas socialistas no Congresso? Por maioria de razões e sempre que somos parte, devemos ser mais racionais e evitar reflexões (opiniões) destempadas.

Há cartadas que se jogam forte para as quais devemos ter sempre preparada, pensada, a cartada seguinte e nunca esquecer que não estamos a jogar com o baralho todo… mas é precisamente neste particular que está o desafio!

Um abraço,

Édio Martins

1 comentário:

Anónimo disse...

Tudo isto para dizer que a Sonia Sanfona é uma jovem inexperiente e que se precipitou ao mostrar-se tão indignada por a terem traido no PS ao terem-lhe prometido que podia ser candidata á assembleia e á câmara.
Tudo para branquear estes erros de "juventude" e dizer que isso passa, este desgosto vai-se com o tempo e que as "autarquias amigaveis resolvem o problema" etc e tal, mas eu penso que não que este problema não vai ser resolvido porque em outubro os cidadãos de Alpiarça vão dar a resposta e não é por causa desta trapalhada é por todas as outras mentiras e ofensas que esta gente do PS fez aos portugueses e a Alpiarça.