Que este país já não é o que era e muito menos o que foi, toda a gente o pode verificar. Que seja para pior ou para melhor, as opiniões dividem-se.
Não me parece porém discutível o amor que, desde criança se arraigou em todo nós, ao nosso torrão natal. Primeiro ao pequeno país constituído pela casa e pela paisagem onde nascemos e, mais tarde quando crescemos, o amor a uma nação e a uma nacionalidade. Foi isso que sucedeu comigo e suponho que coma maioria dos meus irmãos portugueses. A nossa História está repleta de portugueses que todos admiramos e como dizia Camões: «aqueles que por obras valerosas se vão da lei da morte libertando». Naquela época e agora orgulhamo-nos de grandes escritores, cientistas, poetas e santos.
Mas o tempo que tudo vai moendo, que tudo vão transformando e corroendo, se encarrega também de destruir aquilo que julgávamos indestrutivelmente adquirido.
E é aqui que entroncam dois conceitos tão debatidos e ideologicamente esfacelados: patriotismo e nacionalismo. A mim pouco me interessa que me chamem nacionalista ou patriota porque sei o que sinto por este país e por esta nação onde nasci e que me habituei a amar. E não é por ser português que não respeito as outras nacionalidades e os outros povos. Os portugueses sempre foram universalistas.
Ora há por aí uns senhores, alguns dos quais até admiro, que a respeito da União Europeia, se vão aos arames porque alguém tem orgulho de um português estar à frente da Comissão Europeia. Pelos vistos escolhido e algumas qualidades deve ter. Mas alguns desses senhores acham que somos bacocos, totós ou pacóvios pelo facto de sentirmos um certo orgulho porque um português preside à Comissão Europeia. Porquê? Que um Dr. Mário Soares destile uns certos remoque a Durão Barroso, até se compreende.
A dor de cotovelos custa muito a curar. Ele nunca foi escolhido para qualquer cargo internacional e ainda bem. Agora que outros portugueses que se orgulham de um português presidir à Comissão Europeia, é que eu acho detestável e incompreensível. O prémio Nobel da Literatura, José Saramago, O Dr. Sampaio, o Eng. Guterres não serão pessoas intocáveis e sem defeitos, no entanto nós temos orgulho em que eles sejam portugueses e sejam internacionalmente reconhecidos. Infelizmente, o facto de um português não ter uma família ilustre, também influencia o apreço que nos merece, mesmo sendo um grande homem ou uma mulher. Se pelo contrário, é filho de alguém poderoso pela fortuna ou pelo renome dos avós ou dos pais, aí já é considerado.
Talvez estejamos a atravessar a pior crise de valores. El-rei dinheiro tudo compra como comprou em 1580, muitos nobres, quando nos rendemos a Espanha. E que foram os conjurados de 1640? Patriotas? Nacionalistas? Eu não sei, mas sei que a esperança de continuarmos portugueses foi superior à ameaça de tudo perderem. E os de 1974? O que foram? Pobres de nós quando as ideologias calcarem aos pés valores que nos definem como homens e portugueses. Eu quero ser bacoco porque afirmo com muito orgulho que sou português, gosto de o ser e gosto de ver portugueses internacionalmente bem colocados pelas suas qualidades.
Não me parece porém discutível o amor que, desde criança se arraigou em todo nós, ao nosso torrão natal. Primeiro ao pequeno país constituído pela casa e pela paisagem onde nascemos e, mais tarde quando crescemos, o amor a uma nação e a uma nacionalidade. Foi isso que sucedeu comigo e suponho que coma maioria dos meus irmãos portugueses. A nossa História está repleta de portugueses que todos admiramos e como dizia Camões: «aqueles que por obras valerosas se vão da lei da morte libertando». Naquela época e agora orgulhamo-nos de grandes escritores, cientistas, poetas e santos.
Mas o tempo que tudo vai moendo, que tudo vão transformando e corroendo, se encarrega também de destruir aquilo que julgávamos indestrutivelmente adquirido.
E é aqui que entroncam dois conceitos tão debatidos e ideologicamente esfacelados: patriotismo e nacionalismo. A mim pouco me interessa que me chamem nacionalista ou patriota porque sei o que sinto por este país e por esta nação onde nasci e que me habituei a amar. E não é por ser português que não respeito as outras nacionalidades e os outros povos. Os portugueses sempre foram universalistas.
Ora há por aí uns senhores, alguns dos quais até admiro, que a respeito da União Europeia, se vão aos arames porque alguém tem orgulho de um português estar à frente da Comissão Europeia. Pelos vistos escolhido e algumas qualidades deve ter. Mas alguns desses senhores acham que somos bacocos, totós ou pacóvios pelo facto de sentirmos um certo orgulho porque um português preside à Comissão Europeia. Porquê? Que um Dr. Mário Soares destile uns certos remoque a Durão Barroso, até se compreende.
A dor de cotovelos custa muito a curar. Ele nunca foi escolhido para qualquer cargo internacional e ainda bem. Agora que outros portugueses que se orgulham de um português presidir à Comissão Europeia, é que eu acho detestável e incompreensível. O prémio Nobel da Literatura, José Saramago, O Dr. Sampaio, o Eng. Guterres não serão pessoas intocáveis e sem defeitos, no entanto nós temos orgulho em que eles sejam portugueses e sejam internacionalmente reconhecidos. Infelizmente, o facto de um português não ter uma família ilustre, também influencia o apreço que nos merece, mesmo sendo um grande homem ou uma mulher. Se pelo contrário, é filho de alguém poderoso pela fortuna ou pelo renome dos avós ou dos pais, aí já é considerado.
Talvez estejamos a atravessar a pior crise de valores. El-rei dinheiro tudo compra como comprou em 1580, muitos nobres, quando nos rendemos a Espanha. E que foram os conjurados de 1640? Patriotas? Nacionalistas? Eu não sei, mas sei que a esperança de continuarmos portugueses foi superior à ameaça de tudo perderem. E os de 1974? O que foram? Pobres de nós quando as ideologias calcarem aos pés valores que nos definem como homens e portugueses. Eu quero ser bacoco porque afirmo com muito orgulho que sou português, gosto de o ser e gosto de ver portugueses internacionalmente bem colocados pelas suas qualidades.
Por: Carlos A. Borges Simão
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