Investigadores da Universidade de Telavive, em Israel,
acreditam que por cada 1ºC de aquecimento global haverá um aumento de
10% em relâmpagos. Estes cientistas,
que estão a trabalhar na identificação de como as alterações climáticas
poderão impactar o clima – nuvens, chuva ou relâmpagos – explicam que
este aumento de relâmpagos pode ter consequências negativas e
influenciar inundações, fogos ou danos em linhas eléctricas e
infra-estruturas.
As conclusões, publicadas no Journal of Geophysical Research and Atmospheric Research, dizem que haverá menos tempestades, mas, como a actividade de relâmpagos subirá, estas serão mais intensas.
Segundo Colin Price, chefe do departamento de Geofísica, Ciências
Planetárias e Atmosféricsa da Universidade de Telavive, estas conclusões
têm como base uma modelagem em computador que foi comparada com
exemplos reais, como o El Niño.
“Durante os anos do El Niño, que ocorreu no Oceano Pacífico, o
sudoeste asiático tornou-se mais quente e seco. Há poucas tempestades,
mas encontrámos 50% mais actividade relacionada com relâmpagos”,
explicou Price.
Na verdade, segundo o cientista, as condições mais secas deveriam
produzir menos relâmpagos. Ao invés, as poucas tempestades revelaram-se
mais fortes e potentes.
Para além de tempestades mais intensas, o projecto concluiu que as
alterações climáticas terão graves implicações em algumas partes dos
Estados Unidos, no caso dos incêndios cuja origem serão os relâmpagos.
Um clima mais seco levará também à rápida progressão dos fogos.
Paralelamente, também as inundações e queda de chuva violenta será
mais espaçada – mas também mais intensa. Países como Espanha, Itália e a
região do Médio Oriente serão os mais afectados.
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