Em época de crise, com aumentos de impostos anunciados e outras medidas de austeridade em vigor, muitos visitantes poupam para continuar a ir ao Avante, enquanto outros optam por “comprar mais barato” nos três dias de festa.
“Nota-se que o que as pessoas vêm consumir é mais na base dos pregos, da bifana, coisas mais baratas, sim. Também não temos pratos de preços muito elevados, mas o bitoque ou o ‘pica pau’, são comidas mais substanciais e um pouco mais caras, há muitas pessoas que optam por coisas a preços mais económicos”, afirmou à agência Lusa António Ferrador, numa das bancas de petiscos e que “há largos anos” trabalha no Avante.
Neste segundo dia da 35ª Festa do Avante!, de sol, após uma semana chuvosa, António diz não notar menos afluência de público relativamente a outros anos nos vários espaços de artesanato e de restauração (a representar os 18 distritos nacionais e as regiões autónomas) da quinta da Atalaia.
Mas não só de bifanas, pregos e entremeadas se faz a oferta gastronómica do Avante, onde também é possível provar o famoso bolo do caco, típico da Madeira, ou almoçar uma boa mariscada, por exemplo.
Também Maria Augusta, da Amadora, diz que “raramente falha” uma festa e diz que faz questão de vir: “Não podemos estar agarrados à crise, temos de andar para a frente, participar numa festa destas é andar para a frente”.
Esta militante comunista considera o Avante! um momento “extraordinário, não só pela carga política, mas pela alegria, pela juventude, pelo convívio”.
Com mais ou menos convicção política, sendo pelo convívio ou pela oferta cultural, a Festa do Avante!, na quinta da Atalaia, atrai diversos públicos.
João Caldas, do Porto, disse ter regressado ao Avante pela segunda vez ao fim de dez anos e vem sobretudo para estar com os amigos e conviver e questionado sobre as suas opiniões políticas diz com humor: “Sou camarada, camarada dos amigos”. “É uma festa divertida, come-se, bebe-se, ‘tá-se’ bem, vê-se muita gente, convive-se, acho que é importante aqui na festa”, afirma este fã de festivais de música.
Na feira da ladra, entre surfistas, ‘punks’ ou jovens com boinas ‘à Che’, e prateleiras com rádios antigos e máquinas de café, João Matos, um indefectível da Festa do Avante!, procura camisas, que “costumam ser muito boas”.
“Venho todos os anos. Desde o início, ainda na Ajuda, em Lisboa, gosto muito da festa e não há festa como esta. Venho com colegas, fazer compras e assistir também a concertos”, diz, confessando-se “de esquerda e sempre de esquerda”.
Já Rafael, um jovem de boné de artista de hip hop, anda à procura “de roupa antiga, engraçada, diferente, que vá buscar o que era dos nossos avós”. “É o quinto ano ou sexto, acho que é o sexto ano que venho. Este é o melhor festival, que traz mais tipos de pessoas, não só jovens, mas mais velhos, famílias com crianças, é diferente. É um festival calmo, não há muita confusão, traz boas bandas”, resume.
Sobre se abdica de outras coisas para vir ao Avante, Rafael diz não precisar. “Graças a Deus tenho um bom trabalho e vivo em casa dos meus pais, ainda consigo, mas acredito que muita gente deixa de comprar muita coisa e de ir a muito sítio só para conseguir vir ao Avante!, como isto está…”, refere.
Lusa

Neste segundo dia da 35ª Festa do Avante!, de sol, após uma semana chuvosa, António diz não notar menos afluência de público relativamente a outros anos nos vários espaços de artesanato e de restauração (a representar os 18 distritos nacionais e as regiões autónomas) da quinta da Atalaia.
Mas não só de bifanas, pregos e entremeadas se faz a oferta gastronómica do Avante, onde também é possível provar o famoso bolo do caco, típico da Madeira, ou almoçar uma boa mariscada, por exemplo.
Também Maria Augusta, da Amadora, diz que “raramente falha” uma festa e diz que faz questão de vir: “Não podemos estar agarrados à crise, temos de andar para a frente, participar numa festa destas é andar para a frente”.
Esta militante comunista considera o Avante! um momento “extraordinário, não só pela carga política, mas pela alegria, pela juventude, pelo convívio”.
Com mais ou menos convicção política, sendo pelo convívio ou pela oferta cultural, a Festa do Avante!, na quinta da Atalaia, atrai diversos públicos.
João Caldas, do Porto, disse ter regressado ao Avante pela segunda vez ao fim de dez anos e vem sobretudo para estar com os amigos e conviver e questionado sobre as suas opiniões políticas diz com humor: “Sou camarada, camarada dos amigos”. “É uma festa divertida, come-se, bebe-se, ‘tá-se’ bem, vê-se muita gente, convive-se, acho que é importante aqui na festa”, afirma este fã de festivais de música.
Na feira da ladra, entre surfistas, ‘punks’ ou jovens com boinas ‘à Che’, e prateleiras com rádios antigos e máquinas de café, João Matos, um indefectível da Festa do Avante!, procura camisas, que “costumam ser muito boas”.
“Venho todos os anos. Desde o início, ainda na Ajuda, em Lisboa, gosto muito da festa e não há festa como esta. Venho com colegas, fazer compras e assistir também a concertos”, diz, confessando-se “de esquerda e sempre de esquerda”.
Já Rafael, um jovem de boné de artista de hip hop, anda à procura “de roupa antiga, engraçada, diferente, que vá buscar o que era dos nossos avós”. “É o quinto ano ou sexto, acho que é o sexto ano que venho. Este é o melhor festival, que traz mais tipos de pessoas, não só jovens, mas mais velhos, famílias com crianças, é diferente. É um festival calmo, não há muita confusão, traz boas bandas”, resume.
Sobre se abdica de outras coisas para vir ao Avante, Rafael diz não precisar. “Graças a Deus tenho um bom trabalho e vivo em casa dos meus pais, ainda consigo, mas acredito que muita gente deixa de comprar muita coisa e de ir a muito sítio só para conseguir vir ao Avante!, como isto está…”, refere.
Lusa
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