.

.

.

.

quinta-feira, 11 de março de 2010

A SITUAÇÃO PELA QUAL HOJE PASSAMOS É O REFLEXO DO PAÍS QUE OS NOSSOS POLITICOS CRIARAM

A situação pela qual hoje passamos é o reflexo do país que os nossos políticos criaram.
Eles continuam de vento em popa sem problemas de trabalho e rendimentos.
O que os safa como álibi é a história da crise mundial. Entretanto vão adaptando, sem qualquer vergonha, os seus ordenados aos faustosos estilos de vida que não renegam, enquanto vão cantando ao povo canções de embalar. Enquanto vão dizendo que aqueles aumentos auto-propostos não fazem muita diferença no contexto global. Tanto mais que não seria por aí que se iriam resolver os problemas de toda a população. E o povo vai dormindo e acreditando que para a próxima é que é a sério.
As pequenas e médias empresas estão diariamente a desaparecer. O nosso comércio, indústria e serviços idem. Parte da força produtiva está no desemprego, a comer à custa de subsídios que não se sabe muito bem até quando serão viáveis. Como se isso não bastasse, milhares de imigrantes, com filhos naturalizados portugueses, a viver os mesmos dramas e a necessitarem também de ajuda.
Até quando poderemos viver esta situação?
Que poções milagrosas terão os políticos na manga para contrariar esta situação?
No comércio só as lojas dos chineses parecem aguentar o impacto, apesar de tudo. Há no entanto quem diga que o aparecimento dos chineses contribuiu para agravar ainda mais a crise.
Enfim, os políticos que tudo sabem e decidem que nos expliquem, por favor, como vamos nos desenvencilhar desta.
Pois, é a crise. É tudo uma questão de conjuntura desfavorável e fomos todos apanhados por ela. Aposto que é isto que irão dizer.
Eu acrescentaria: “Fomos todos, excepto os políticos!”

Por Português PT

Para mais detalhes, ler:Mais uma empresa que vai fechar em Alpiarça

6 comentários:

Anónimo disse...

Mais uma crónica de opinião frontal e acutilante de português pt.As verdades devem ser ditas e parece que poucos têm a coragem necessária para o fazer.
Quem fala assim, terá necessariamente consciência do que diz.

Parabéns ao autor e Jornal Alpiarcense.

Leitor atento

Anónimo disse...

Não há dúvida de que pouca gente aparece para debater estes problemas de fundo que nos devem preocupar.
Enredos e bisbilhotices têm maior atenção. Aparecem logo comentadores de todos os lados a meter achas para a fogueira.

Porque será?

Anónimo disse...

Este comentador tem a razão e os seus argumentos traduzem a verdade dos factos.
Estamos no ano de 2010, ano do “Centenário da República”.
O descrédito que caiu em cima dos políticos, os quais são os principais responsáveis, deveriam aproveitar este centenário e juntarem-se todos para fazer uma conclusão daquilo que fizeram desde a implantação da República até aos dias correntes, de forma a encontrarem os erros para serem corrigidos.
São cem anos de trapalhadas que em nada os tem beneficiado. De tal forma que apenas uma percentagem dos portugueses acreditam neles.
Como os historiadores procuram no passado a razão do que aconteceu, aconselhava a os políticos a unirem-se e todos juntos descobrirem a razão do seu descrédito que em nada beneficia a democracia em que vivemos que navega como um barco no mar alto onde o costado do barco vai cheio de rombos para mais tarde ou mais cedo se afundar.
Quando se sai do cais devemos tomar as devidas medidas: Quando a nossa sociedade está cheia de erros, nada como corrigi-los para que possamos entrar neste século com melhores condições e acabem de uma vez por todas as injustiças e as desigualdades, cujos prejudicados somos todos nós e nunca quem causa os «rombos»: os políticos.

Anónimo disse...

Com a revolução do 25 de Abril, desenvolveu-se um ataque violento às hierarquias que destruiu toda a estrutura de autoridade que existia, tanto nos meios empresariais como no sector público.


Apesar de se virem a restabelecer relações de autoridade nalguns sectores, vive-se ainda uma situação anárquica que é a principal responsável pela degradação da nossa economia e também pela indisciplina que ainda se verifica no domínio laboral.


Daí os baixos níveis de produtividade, o absentismo e a deterioração da qualidade do trabalho prestado.


Se os salários dos trabalhadores estão a cerca de 1/3 ou 1/4 dos salários europeus, o salário por unidade produzida é muitas vezes superior ao que se paga em países muito mais desenvolvidos.


É evidente que o envelhecimento tecnológico de uma parte substancial da nossa indústria não favorece uma razoável produtividade, mas também é evidente que a falta de autoridade, a falta de disciplina e o irrealismo de certas cláusulas dos contratos colectivos de trabalho, são razões ainda mais fortes para a baixa produtividade verificada.


Perante a situação que, sinteticamente, se descreveu, existe, em muitas pessoas, um arreigado convencimento de que só a repressão física constitui remédio seguro para a actual crise de autoridade.


É facto que em qualquer tipo de sociedade, democrática ou não, a repressão existe.


Os tribunais, as penas de prisão, as multas, as forças policiais, são formas de coerção indispensáveis sempre que uma fracção associal da comunidade põe em perigo o respeito pelas leis, o convívio em sociedade, o respeito mútuo entre os cidadãos e entre estes e o Estado. Mas deste tipo de repressão à repressão que alguns pretendem defender vai uma grande distância.


Numa sociedade democrática, como aquela que queremos ter, a lei é uma barreira protectora da comunidade social organizada, que os representantes dos cidadãos, por estes livremente eleitos, propõem ou aceitam e por maioria aprovam.


A lei tem, fundamentalmente, um carácter dissuasor e o aparelho de coacção entra em funcionamento apenas quando uma infracção à lei é cometida. Mas as leis têm de ser adequadas aos cidadãos e às reais condições de cada país para que sejam aceites.


Isto é, o Estado tem de promulgar as leis que é capaz de fazer respeitar, sem cair numa de duas coisas: em formas de repressão que vão além dos normais limites de uma sociedade livre e civilizada; na passividade e inércia perante a violação.


É para esta aproximação e confronto entre a lei e a realidade que se exige, dos poderes públicos, muita competência e alguma imaginação para introduzir, nas regras de funcionamento de cada sociedade, os adequados instrumentos de clarificação e persuasão.


Ora, não nos parece que na sociedade portuguesa, mais concretamente, no domínio das relações laborais, se tenham criado as leis capazes de assegurar um justo equilíbrio, ou se tenham clarificado as situações, por forma a obter um largo consenso dos cidadãos. Esse consenso tem sido sim formado através das duras experiências sofridas e anda normalmente afastado da legislação existente.


Daqui que os problemas actuais não se devam resolver através da repressão mas, como em qualquer Estado de Direito, através da legislação.


Se as leis forem efectivamente adequadas às condições reais dos trabalhadores portugueses e aceites pela Nação, dentro de um sistema democrático, a coacção legítima que possa ter que processar-se não será diferente da que se pratica em qualquer país democrático da Europa Ocidental.


Para além de certos limites e fora dos parâmetros sociológicos que uma comunidade está pronta a aceitar, a repressão é sempre a cobertura para a falta de competência e para a incapacidade de forjar uma ajustada ferramenta de actuação.


Autoridade e liberdade não são coisas contraditórias: a autoridade vem a quem exerce a liberdade de quem lha delega.


O cidadão estupefacto

Anónimo disse...

Jerónimo de Sousa defende que as autarquias devem apoiar as empresas em dificuldade o líder dos comunistas, esteve na Marinha Grande onde visitou uma fábrica, que atravessa tempos difíceis

Anónimo disse...

Uma boa crónica de reflexão. Muito simples,muito sucinta,mas também muito directa.
Os políticos com responsabilidade na governação e condução de um país, tal como os os treinadores de futebol e outros dirigentes desportivos, deveriam ser imediatamente responsabilizados pelos seus maus resultados.
Isto é, deveriam ser imediatamente despedidos perante a sua falta de jeito para governar. Ou melhor, deveriam ser expulsos pela sua incompetência.