Artigo de Opinião
Apesar do meu silêncio nesta ultima semana, tenho continuado atento a tudo o que se tem escrito em sede de Blog e tal como prometi, no meu ultimo post, vou-vos falar um pouco sobre a questão das Aguas do Ribatejo e as implicações que esta mudança trouxeram ou deveriam trazer para o consumidor final, no entanto antes disso quero expressar a minha opinião em torno do que se tem falado sobre as dívidas da CMA e a tão “badalada” auditoria às contas do município.
Do meu ponto de vista as coisa estão a começar a ser mal conduzidas em alguns aspectos, pois uma boa gestão autárquica faz-se é com frontalidade e sem rodeios de mais e ladainhas que não interessam a ninguém, pois nós não queremos que o actual executivo se faça de vitima e que venha para a rua dizer que não fez isto ou aquilo por que não tinha dinheiro. Isto não pode nem deverá acontecer, pois se prometemos temos de cumprir e quando vemos que não temos capacidade para resolver os problemas então não nos metemos nos problemas, só por procura de protagonismo ou de coisas semelhantes.
Devemos começar pelo chamado Programa “pagamento a tempo e horas” que foi anunciado pelo Governo e que eu saiba, foi atribuído ao Município de Alpiarça uma verba que ronda perto dos 10.000.000€, ou seja das duas uma, ou a Dr.ª Vanda mentiu descaradamente a todos os Alpiarcenses quando afirmou que deixava a CMA aliviada e com capacidade de investimento sustentável, ou então o actual executivo anda a querer tapar o sol com a peneira e anda-nos a entreter a todos.
Penso que o Presidente da Câmara deveria ter sido mais peremptório e afirmar desde o inicio que seria realizada uma auditoria às contas da CMA e uma sindicância aos serviços da mesma , não estou com isto a criticar, mas apenas a constatar um facto que não deve ser escondido, muito pelo contrário, pois eu se lá estivesse fazia precisamente o mesmo.
Agora quanto à questão das Aguas do Ribatejo, ela é de facto uma questão sensível, mas que tem de ser tratada com cuidado, pois a empresa por si é muito recente e é natural que nos primeiros dois anos as coisas não corram como todos desejamos, no entanto acredito que tudo será resolvido e que os accionistas da Aguas do Ribatejo não se irão arrepender da decisão tomada, pois uma empresa deste género em pleno funcionamento é sinónimo de agua de qualidade, de redução de perdas de agua, de todas as casas ligadas à rede e ao saneamento, de todos os esgotos tratados e se possível reutilizados, das ribeiras e valas despoluídas e reabilitadas.
Uma empresa deste género deverá ter sempre presente o factor de sustentabilidade, ou seja agua a preços competitivos, no entanto para tal é necessário que haja de vez uma regionalização, uma empresarialização e uma desmunicipalização, no entanto neste caso a autarquia deverá ter sempre um papel regulador. No entanto a mudança não poderá ficar só por aqui pois é necessário que haja uma clara reestruturação se necessário até uma reengenharia de processos, uma reorganização, inovação e tecnologia e acima de tudo uma liderança forte, pois a “ a liderança produz a mudança” Jonh Kotter.
Agora passando um pouco para um dos principais problemas de todos os municipios, que é a falta de uma regionalização e da falta de competências das freguesias, pois não nos podemos esquecer que Mouzinho da Silveira e Passos Manuel no inicio do SEC. XIX foram os pais do actual panorama em termos de municipios, ou seja, passamos de 800 para os que temos na actualidade.
Nos dias que correm todo o funcionamento das autarquias tem de ser reformulado, pois o munícipe contênporaneo exige ser tratado como um cliente, pois a cada dia que passa, nós sentimonos como financiadores de um sistema que está falido. O munícipe do SEC.XXI é reinvindicativo e exige particular atenção da autarquia.
O raio de actuação das autarquias é cada vez maior e a escassez de fontes de financiamento é cada vez maior, como tal urge um desenvolvimento organizacional, com uma gestão autarquica voltada para os resultados, pois tem de se fazer cada vez mais uma avaliação sistemática dos investimentos, avaliação essa que deve começar desde logo com os projectos e com a análise custo/beneficio que é feita. Outro problema que eu denoto é também um problema cultural, pois cada vez mais as pessoas colocam os seus interesses sobre os interesses das instiuições, o que vai normalmente ao encontro neste caso do Presidente da Camara. Esta situação deverá ser corrigida com uma liderança forte, com uma simplificação de procedimentos, transparência, eficácia e rapidez administrativa, que terá como culminar o Simplex Autárquico.
O Simplex arracou em julho de 2008 com 9 municipios dos quais podemos destacar por exemplo o municipio do Porto, sendo que neste momento o Simplex Autarquico está presente em 38 municipios e incorpora 134 medidas implementadas. Neste momento as previsões apontam para que em Setembro mais 60 se juntem a este grupo, que tem como objectivos a aproximação dos cidadãos para com o município, a redução de custos, o aumento de qualidade de vida dos cidadãos, uma normalização de procedimentos e por fim com uma racionalização de recursos. Programas como este Simplex combatem o clientelismo, aumentam a eficácia e a eficiência.
Para terminar este ponto uma afirmação do Dr. Miguel Ginestal (ex. deputado pelo PS e ex. candidato ao Município de Viseu), “Um país rico não é um país civico, enquanto que um país civico é um país rico”.
Sei que muitos dos leitores do Blog devem estar a pensar que tudo o que digo pode ser muito bonito, no entanto, não resolve os problemas de Alpiarça, o que do meu ponto de vista não é verdade, pois é com a adopção de medidas como o Simplex que se consegue reduzir custos e aumentar os proveitos, que permitiram a resolução a M/L Prazo os problemas de tesouraria da CMA.
Existem mais soluções que poderão até ser por mim aprofundadas, no entanto opto, neste momento por não me expressar muito mais neste ponto, pois isso implicaria, uma clara mudança forma de governar a Autarquia, visto a minha maneira de governar não ser muito coincidente com as que foram ultimamente utilizadas.
Para terminar e fazer com que os nossos leitores pensem um bocadinho como os nossos impostos estão a ser gastos por este Governo uma frase de Eça de Queiroz, que através da D. Adosinda, mostra a ditadura do défice “falavam de politica, do Ministério do Défice, e a D. Adosinda declara – conheco muito bem esse Senhor”, ou seja o nosso problema é estrutural e não adianta inventar mais, pois o buraco em que Portugal está mergulhado é cada vez maior.
Por: ADAM
Apesar do meu silêncio nesta ultima semana, tenho continuado atento a tudo o que se tem escrito em sede de Blog e tal como prometi, no meu ultimo post, vou-vos falar um pouco sobre a questão das Aguas do Ribatejo e as implicações que esta mudança trouxeram ou deveriam trazer para o consumidor final, no entanto antes disso quero expressar a minha opinião em torno do que se tem falado sobre as dívidas da CMA e a tão “badalada” auditoria às contas do município.
Do meu ponto de vista as coisa estão a começar a ser mal conduzidas em alguns aspectos, pois uma boa gestão autárquica faz-se é com frontalidade e sem rodeios de mais e ladainhas que não interessam a ninguém, pois nós não queremos que o actual executivo se faça de vitima e que venha para a rua dizer que não fez isto ou aquilo por que não tinha dinheiro. Isto não pode nem deverá acontecer, pois se prometemos temos de cumprir e quando vemos que não temos capacidade para resolver os problemas então não nos metemos nos problemas, só por procura de protagonismo ou de coisas semelhantes.
Devemos começar pelo chamado Programa “pagamento a tempo e horas” que foi anunciado pelo Governo e que eu saiba, foi atribuído ao Município de Alpiarça uma verba que ronda perto dos 10.000.000€, ou seja das duas uma, ou a Dr.ª Vanda mentiu descaradamente a todos os Alpiarcenses quando afirmou que deixava a CMA aliviada e com capacidade de investimento sustentável, ou então o actual executivo anda a querer tapar o sol com a peneira e anda-nos a entreter a todos.
Penso que o Presidente da Câmara deveria ter sido mais peremptório e afirmar desde o inicio que seria realizada uma auditoria às contas da CMA e uma sindicância aos serviços da mesma , não estou com isto a criticar, mas apenas a constatar um facto que não deve ser escondido, muito pelo contrário, pois eu se lá estivesse fazia precisamente o mesmo.
Agora quanto à questão das Aguas do Ribatejo, ela é de facto uma questão sensível, mas que tem de ser tratada com cuidado, pois a empresa por si é muito recente e é natural que nos primeiros dois anos as coisas não corram como todos desejamos, no entanto acredito que tudo será resolvido e que os accionistas da Aguas do Ribatejo não se irão arrepender da decisão tomada, pois uma empresa deste género em pleno funcionamento é sinónimo de agua de qualidade, de redução de perdas de agua, de todas as casas ligadas à rede e ao saneamento, de todos os esgotos tratados e se possível reutilizados, das ribeiras e valas despoluídas e reabilitadas.
Uma empresa deste género deverá ter sempre presente o factor de sustentabilidade, ou seja agua a preços competitivos, no entanto para tal é necessário que haja de vez uma regionalização, uma empresarialização e uma desmunicipalização, no entanto neste caso a autarquia deverá ter sempre um papel regulador. No entanto a mudança não poderá ficar só por aqui pois é necessário que haja uma clara reestruturação se necessário até uma reengenharia de processos, uma reorganização, inovação e tecnologia e acima de tudo uma liderança forte, pois a “ a liderança produz a mudança” Jonh Kotter.
Agora passando um pouco para um dos principais problemas de todos os municipios, que é a falta de uma regionalização e da falta de competências das freguesias, pois não nos podemos esquecer que Mouzinho da Silveira e Passos Manuel no inicio do SEC. XIX foram os pais do actual panorama em termos de municipios, ou seja, passamos de 800 para os que temos na actualidade.
Nos dias que correm todo o funcionamento das autarquias tem de ser reformulado, pois o munícipe contênporaneo exige ser tratado como um cliente, pois a cada dia que passa, nós sentimonos como financiadores de um sistema que está falido. O munícipe do SEC.XXI é reinvindicativo e exige particular atenção da autarquia.
O raio de actuação das autarquias é cada vez maior e a escassez de fontes de financiamento é cada vez maior, como tal urge um desenvolvimento organizacional, com uma gestão autarquica voltada para os resultados, pois tem de se fazer cada vez mais uma avaliação sistemática dos investimentos, avaliação essa que deve começar desde logo com os projectos e com a análise custo/beneficio que é feita. Outro problema que eu denoto é também um problema cultural, pois cada vez mais as pessoas colocam os seus interesses sobre os interesses das instiuições, o que vai normalmente ao encontro neste caso do Presidente da Camara. Esta situação deverá ser corrigida com uma liderança forte, com uma simplificação de procedimentos, transparência, eficácia e rapidez administrativa, que terá como culminar o Simplex Autárquico.
O Simplex arracou em julho de 2008 com 9 municipios dos quais podemos destacar por exemplo o municipio do Porto, sendo que neste momento o Simplex Autarquico está presente em 38 municipios e incorpora 134 medidas implementadas. Neste momento as previsões apontam para que em Setembro mais 60 se juntem a este grupo, que tem como objectivos a aproximação dos cidadãos para com o município, a redução de custos, o aumento de qualidade de vida dos cidadãos, uma normalização de procedimentos e por fim com uma racionalização de recursos. Programas como este Simplex combatem o clientelismo, aumentam a eficácia e a eficiência.
Para terminar este ponto uma afirmação do Dr. Miguel Ginestal (ex. deputado pelo PS e ex. candidato ao Município de Viseu), “Um país rico não é um país civico, enquanto que um país civico é um país rico”.
Sei que muitos dos leitores do Blog devem estar a pensar que tudo o que digo pode ser muito bonito, no entanto, não resolve os problemas de Alpiarça, o que do meu ponto de vista não é verdade, pois é com a adopção de medidas como o Simplex que se consegue reduzir custos e aumentar os proveitos, que permitiram a resolução a M/L Prazo os problemas de tesouraria da CMA.
Existem mais soluções que poderão até ser por mim aprofundadas, no entanto opto, neste momento por não me expressar muito mais neste ponto, pois isso implicaria, uma clara mudança forma de governar a Autarquia, visto a minha maneira de governar não ser muito coincidente com as que foram ultimamente utilizadas.
Para terminar e fazer com que os nossos leitores pensem um bocadinho como os nossos impostos estão a ser gastos por este Governo uma frase de Eça de Queiroz, que através da D. Adosinda, mostra a ditadura do défice “falavam de politica, do Ministério do Défice, e a D. Adosinda declara – conheco muito bem esse Senhor”, ou seja o nosso problema é estrutural e não adianta inventar mais, pois o buraco em que Portugal está mergulhado é cada vez maior.
Por: ADAM
4 comentários:
Ó jovem, verifica lá os números e os outros factos todos antes de...
o autor é capaz de justicar esta do pagar a tempo e hoeras?
Sim senhor,
Já ninguem falava do Programa do Governo "Pagar a tempo e horas", que foi tão badalado pelo Governo e capaz de recuperar a Camara de Santarém.
Já agora que este cronista se assuma e não tenha medo, pois temos de comecar a conhecer as pessoas que de facto parecem saber alguma coisa e ser capazes de por Alpiarça no mapa como terra digna e tranquila, pois eu sou um daqueles que não acredito que ele seja seja jovem, mas no entanto se o for, melhor, pois é sinal que as coisas podem de facto mudar para bem melhor.
Parabéns pelos seus manuscritos.
De todos os que escrevem (AUTORES) em blogues de Alpiarça ainda só vi 4 ou 5 que assumem a sua identidade verdadeira: Helder Figueiredo no Alpiarcense, Ricardo Vaz (Barbaçana), Henrique Arraiolos e Mário Santiago no Rotundas e António Centeio, Octávio Augusto e Mário Santiago no Jornal Alpiarcense.
A estes homens que não têm medo de dar a cara pelo que escrevem os meus parabéns. Aos outros ADAM's, GANDALF's, PITAGORAS e Companhia, compreendo que mantenham o anonimato, mas perdem o seu Real valor porque não passam de anónimos.
Eu como sou comentarista não conto para o totobola, os que contam são os Autores e os Bloguistas de Verdade.
UM BEM HAJA AO ROTUNDAS E AO JORNAL ALPIARCENSE POR TEREM APARECIDO EM ALPIARÇA E SOBRETUDO RESISTIREM AO ANTES E AO DEPOIS DO 11 DE OUTUBRO DE 2009!?!
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