A Protecção Civil lançou o aviso: a partir das 23 horas, a aldeia de Reguengo de Alviela, em Santarém, iria ficar isolada por causa da subida do caudal do Tejo. Mesmo assim, durante a tarde de ontem, os moradores – habituados à convivência com as cheias – não pareciam preocupados. Francisco Jorge, de 76 anos, e os vizinhos tomavam café e liam o jornal no único café da aldeia, o “Zé Cunha”. “As cheias? Então e depois? Não há nada a fazer”, comentava, alheio à presença dos jornalistas que se começavam a juntar na aldeia.
Na Nacional 305, junto à ponte do Alviela, duas dezenas de populares juntaram--se para ver o avanço das águas. “Isto é sempre como uma festa”, explicava João Cavaleiro, equipado com galochas e kispo. Minutos depois, a governadora civil de Santarém, Sónia Sanfona, estacionava o carro ao pé do grupo, acompanhada pela comitiva. “Foi activado o plano especial de emergência para a bacia do Tejo”, explicava.
Na região, todos se lembram das cheias de 1979. “Nessa altura, quase toda a gente tinha um barco”, conta Júlio Fortunato, um dos mais bem-dispostos do grupo. Hoje, garante, já não é preciso. “Os bombeiros dão conta do recado.”
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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
Sónia Sanfona presente porque a tempestade chegou a todo o lado
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