Disse um comentarista que é «um absurdo comparar os cem contos gastos numa página inteira» a desejar boas festas a toda uma população com os «dois mil contos gastos com uma revista».
Na verdade a diferença não é abismal mas é grande.
Se tomarmos em atenção que cem contos é o ordenado de milhares de “caixas” dos “Modelos”, Continentes”, “Pingos Doces” o que é isto em relação a quem ganha para cima de vinte mil contos?
A diferença não é abismal mas é grande.
Quem tenha milhares de contos e deve centenas que lhe importa os credores?
A diferença não é abismal mas é grande.
A quem deve que espere.
A Câmara de Alpiarça deve mais de 15 milhões de euros e Lisboa deve milhões de euros.
A diferença não é abismal mas é grande.
Os credores esperam que a autarquia lhe pague centenas de euros, o que importa que a devedora gaste milhares de euros em publicidade que não traz benefícios nenhuns?
Os credores não largam a porta para que lhe seja pago o que lhe devem, o que importa que se gaste milhares de euros com iluminações, fogo de artifício e outras coisas do género, quando se deve milhões?
É insignificante.
Os credores que se lixem e esperem porque acima de tudo o que interessa é botar figura.
Gostava de saber a quem disse que é um absurdo comparar cem contos num anuncio de um jornal a desejar “Boas Festas” com os dois mil contos gastos numa revista. Pergunto-lhe: se lhe devessem cem contos e visse o devedor a gastar o dobro do valor que lhe devem num anuncio o que pensaria e diria?
É tudo discutível!
É tudo subjectivo.
Depende do lado em que estamos.
Mas por estes “absurdos” e defensores dos “diferenciais” de gastos é que estamos como estamos e ninguém se importa, excepto aqueles que acham que tudo isto continua a ser um “absurdo”.
De um leitor
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