Sónia Sanfona andou muito bem na sua crítica. Está num país livre, num partido de livre opinião, por isso pode e deve expressar a sua opinião em total liberdade de pensamento. É destes políticos que nós necessitamos na nossa vida politica.
Que não estejam amarrados a posições ideológicas, que não digam amen a tudo quanto lhes queiram impôr, claro que esta situação nunca seria tolerada num partido marxista como o PCP, por exemplo, em que só pode existir uma opinião, a dos lideres.
Sónia Sanfona é uma lufada de ar fresco no plano politico nacional.
O que fez no relatório do BPN foi o que uma pessoa sensata e digna teria que fazer, perante as diligências que foram feitas. É claro que uma entidade como a Assembleia da República nunca poderia recriminar duramente a polícia (Banco de Portugal) e absolver os criminosos (administração do BPN).
O relatório seguirá para as entidades que têm a faculdade de julgar e incriminar, se for caso disso. Se houver matéria incriminatória então os tribunais que se pronunciem, como será normal acontecer num estado de direito.
Sónia Sanfona esteve, na verdade, ao nível dos melhores e mais dignos parlamentares portugueses. Nós, habitantes de Alpiarça, só deveremos estar orgulhosos desta nossa conterrânea que representou a nossa terra na sua grande essência - a procura da verdade em verdadeira liberdade.
Obrigado Sónia por esta lição de democracia e de liberdade de consciência.Temos na verdade uma política na vertente mais pura e é disso que necessitamos na Câmara Municipal de Alpiarça, independentemente do partido a pertençamos.
Estou, agora, totalmente esclarecido quanto à sua personalidade que ultrapassou as minhas expectativas. Agora já não tenho mais dúvidas na escolha que irei fazer.
«Opinião de um leitor do "Jornal Alpiarcense"»
3 comentários:
olá Sónia. Estou a ver que finalmente já tens tempo para escrever aqui algumas linhas.
Só nao fica bem o auto-elogio, mas ok. nós percebemos a tua posição
A fazer política
As declarações de hoje de Vitor Constâncio foram inaceitáveis. Vir, na condição de governador do Banco de Portugal, cargo para o qual é nomeado pelo governo, atacar o Parlamento através da Comissão de Inquérito ao BPN não é uma boa prática democrática. A declaração, que se focou em acusar os deputados de estarem a fazer política com a comissão, não é mais que isso: fazer política. Vitor Constâncio, ex-Secretário-Geral do PS, não gostou de se ver fiscalizado pelo Parlamento. Vitor Constâncio não gostou que atacassem um relatório que foi um beijinho escrito da deputada Sónia Sanfona. Vitor Constâncio, o governador do Banco de Portugal, veio fazer hoje o que fez em todas e cada uma das audições. É impressionante que, depois de tanta azelhice no exercício das suas funções e depois destes comportamentos tão pouco dignos, Vitor Constâncio ainda se mantenha no cargo
Num “mundo ideal”, recheado de países governados por partidos com maiorias absolutas, sempre que algum dos partidos na oposição tivesse a ousadia de exigir uma Comissão Parlamentar de Inquérito, fosse sobre que assunto fosse, haveria sempre dois caminhos a seguir:
1. Se o previsível resultado do inquérito fosse simpático para o Governo da maioria, tudo bem, a CPI faria o seu caminho normal.
2. Se o previsível resultado do inquérito fosse antipático para o Governo da maioria, alguém, responsável pela propaganda do partido elaboraria previamente um “relatório”, que outro alguém ligado ao partido se encarregaria de apresentar no final da CPI e onde estariam vertidas as mais convenientes conclusões. Independentemente do que nela se tivesse passado, inquirido, ou esclarecido... e, evidentemente, independentemente da opinião dos deputados da oposição.
E pronto! Num “mundo ideal” o assunto estaria arrumado, já que é conhecida a indiferença olímpica dos cidadãos para com quase tudo o que se passa no Parlamento, incluindo, obviamente, as Comissões Parlamentares de Inquérito.
Então o que é que correu mal neste nosso “mundo imperfeito”, apesar da maioria absoluta? Foi o facto de, desta vez, a CPI ter dado nas vistas. Por ser sobre um caso que interessava os cidadãos. Pela prestação particularmente activa dos deputados participantes. Pelo triste espectáculo a que o país assistiu, dado pelo Governador do Banco de Portugal, que pouco mais fez do que balbuciar desculpas para a sua incompetência e para a inoperância da sua supervisão. Pelo degradante espectáculo dado pelo “esperto” manda-chuva do BPN, que aproveitou as horas de reflexão passadas na cela, para organizar os seus apontamentos... e tão bem o fez que, já seguro dos nomes que pode arrastar consigo na queda, dá-se ao desfrute de ser arrogante e insolente perante os deputados.
Mesmo nestas condições, o Partido Socialista não entendeu que não passaria sem ser notada esta sua votação solitária, num “relatório” que lhe dá jeito.
Mesmo no meio de mais esta trapalhada “socrática”, ainda consigo extrair desta estória pelo menos três coisas positivas:
1. O termo “supervisão” deixa de estar ligado ao conceito de “ver muito bem”, passando definitivamente para o campo da ficção científica, como um dos super-poderes do Super-Homem.
2. A alta e bonita deputada Sónia Sanfona (“sereia”, a fazer fá nesta notícia) fez uma grande entrada na ribalta do mediatismo político, mesmo não tendo sido da melhor maneira, como “madrinha” do relatório do PS.
3. Toda esta conversa, trouxe para as televisões, jornais e revistas, a palavra “Sanfona”, nome desse extraordinário instrumento musical, que para além de ser um objecto fascinante, luta há muitas décadas para escapar à extinção, só o conseguindo à custa do amor à música tradicional por parte de alguns grupos europeus, nomeadamente, franceses, espanhóis e um ou outro de Portugal, com especial destaque para um dos seus grandes “apaixonados” e também reconhecido construtor, Fernando Meireles.
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