Não vejo Sónia Sanfona como uma pessoa de rigor, como seria desejável

Artigo de Opinião
Por: ADAM

Ao Dr. Édio Martins, por ser até ao momento o único que mostra algum sentido da “Coisa Pública”, se bem que já aqui debatida no Blogue em Artigos de opinião por mim escritos e nunca levados a sério.

Caríssimo Dr. Édio, pelo que tenho lido em sede de blogue, o Sr. já foi um apoiante do Dr. Rosa do Céu, depois pelas razões que o Sr. mais do que ninguém sabe “bateu com a porta “ e agora volta ao Espaço Politico Local com aquilo que denomina de Qualidade, Rigor, e Modernidade, no entanto não aborda aquilo que do meu ponto de vista é essencial, que é a reestruturação dos serviços da CMA, ou seja, uma mudança da actual estrutura piramidal para uma estrutura matricial que tem de trabalhar essencialmente por objectivos, cuja concretização será depois avaliada em sede de SIADAP e de QUAR.

Com isto quero dizer que apesar de tudo o que escreveu estar certo, eu mesmo já aqui escrevi sobre QREN, POVT, PRODER e POPH, como tal esse assunto já não é novo para mim, mas se quiser pode e deve aprofundar o assunto em questão, pois assim, com mais do que uma pessoa a falar no assunto, pode ser que os nossos Autarcas abram os olhos e aproveitem de facto aquilo a que a CMA se pode candidatar e cujos resultados poderão ser a total reabilitação do Concelho, não só em termos infra-estruturais, mas também em termos de produtividade e assertividade.

No entanto existem alguns pontos de vista que não concordo muito consigo, ou melhor concordo, mas não vejo resolução próxima para tal, pois apesar de eu ter muita consideração pela Dr.ª Sónia, não a vejo como uma pessoa de tanto rigor como seria de facto desejável, (vejamos o relatório do caso BPN e a bronca que ele está de facto a dar) ou seja não estou a ver a DR.ª Sónia a mandar fazer uma Auditoria às contas da CMA.

Já agora aproveito para esclarecer o Autor do comentário publicado na passada terça feira, de que uma auditoria é diferente de uma sindicância, pois numa sindicância é analisado todo o funcionamento dos serviços e do relatório resultante dessa análise são tomadas medida de correcção de modo a que a prestação do serviço ao utente seja de facto a melhor.

Uma auditoria é uma analise exaustiva das contas de determinada entidade, que terá como documento final um relatório em que serão explicitas todas as irregularidades detectadas e quais os trâmites que deverão ser prosseguidos de modo a que, se possível sejam responsabilizadas as pessoas responsáveis por tais irregularidades.

No entanto reafirmo, se ela disser que a faz, excelente, mas para a mesma ter a credibilidade devida, ela deverá ser feita por uma empresa que não levante quaisquer suspeitas, ou seja uma empresa certificada e de créditos firmados.

Depois, concordo plenamente, com o que diz a respeito de contratos, contratação de pessoal, prestação de contas em jornais, etc. No entanto no ponto da inovação, o Dr. Édio falha, e falha porque não podemos misturar, GNR e Centro de Saúde com inovação, temos de relacionar estes dois pontos com a qualidade de um serviço público que tem de ser prestado ao cidadão, é um dever do Estado, é para isso que nós pagamos os nossos impostos, para ter esses serviços e todos os outros que daí advêm.

A imagem de marca está criada, no entanto necessita de facto de ser melhorada e acima de tudo de ser comunicada e não só a nível local, mas também a nível nacional e regional. Não concordo muito com a sua ideia de que inovar, passa por ter casas mais baratas, não isso não é inovar, ou seja essa é de facto uma medida importante e que tem de ser imediata, mas inovar é criar, mobilizar e movimentar, ou seja produzir para depois então fixar.

Não se esqueça de uma coisa Dr. Édio, como é que eu posso viver em Alpiarça se não tenho nenhuma fonte de rendimento em Alpiarça? Se calhar é melhor ter primeiro o rendimento e então depois a casa.

O comércio necessita rapidamente de ser fomentado e a indústria de se expandir ainda mais e de uma forma mais solidificada, tem de se apoiar o investimento naquilo que somos de facto bons, ou seja na agricultura, apoiando os pequenos e médios agricultores a criar estruturas que lhe permitam produzir com qualidade e a vender a um preço competitivo.
Até á próxima.