A escolha de Carlos Jorge é de facto acertadíssima porque tem a capacidade de gestão que Mário Pereira precisa

Prezados leitores, esta tem sido uma semana em que se tem falado muito de política em Alpiarça, no entanto tenho também reparado que por muitas das vezes o que se escreve são coisas sem o mínimo de interesse ou então só com um intuito, deitar abaixo e dizer mal de quem quer fazer alguma coisa.

Hoje não me vou debater somente nos aspectos políticos de Alpiarça, mas sim nos aspectos políticos de um país e de uma região que necessita claramente de um novo impulso e de uma estabilidade que de facto nunca teve e pelo que tenho visto não terá nos próximos anos.

Esta foi a semana em que a pessoa com a maior e melhor visão política de Portugal fez 70 anos, sendo que essa pessoa tem o nome de Aníbal Cavaco Silva.

Cavaco Silva, quer queiramos quer não, foi de facto a única pessoa que tentou modernizar um país que estava antiquado, sem crença. Passados 10 anos da Governação daquele que é para mim uma das poucas pessoas que pensou no nosso país, tivemos um país de facto diferente e para bem melhor, ou seja um país que não foi só de auto estradas como muitos dizem, foi sim um país com mais indústria, com uma agricultura mais moderna, com novas escolas e universidades, etc.

Apesar de tudo o que de benéfico ele trouxe faltou-lhe de facto uma coisa, a regeneração do tecido empresarial Português e esse era de certeza o seu passo seguinte. Não nos podemos esquecer que Cavaco Silva foi líder de um Governo que tinha como principal adversário um Presidente da República que punha acima dos interesses da Nação os seus interesses pessoais e familiares. Mário Soares foi um mau Presidente da República, pois era uma força de bloqueio permanente a um Governo que tentava de facto trabalhar e daí a célebre expressão ao Expresso “Deixem nos trabalhar”. Não sei muito bem o porquê de tanto bloqueio, mas uma coisa é certa, Deus escreve certo por linhas tortas e anos mais tarde o dito Mário acabou por ser derrotado na sua última batalha eleitoral pelo seu maior adversário de sempre, o próprio Cavaco Silva.

Apesar de tudo isto, muita coisa tem mudado nos últimos tempos, pois tivemos de facto até á um ano atrás um PR com uma colaboração estratégica com o Governo de Sócrates, no entanto agora temos um PR preocupado novamente com o andar de um país que tem vivido sob a senda de uma falsa modernidade, de um sistema judicial que apesar de recentemente reformado não corresponde às necessidades dos Portugueses, de uma política agrícola que não favorece os pequenos e médios agricultores, pois nunca se viu tanta exigência para um agricultor se candidatar a fundos do QREN, entre outros tantos exemplos que agora podia enumerar….

Quero com isto dizer que de facto alguma coisa vai mal neste país, pois não se pode admitir que um Presidente de um Governo Regional queira proibir determinada ideologia política, isso nunca se pode dizer, quanto mais fazer e se algum dia isso acontecesse estaríamos a violar os princípios da Constituição da República e voltaríamos ao Estado Novo, o que de facto não é o desejável para todos nós. Apesar de eu não ter afinidade com as ideologias de esquerdistas, tenho de salientar que as mesmas têm bons princípios, mas falham num ponto elementar, as pessoas não são como as máquinas, como tal o seu comportamento pode ser contrario ao que deveria ser, o que torna as referidas ideologias reféns das pessoas que as defendem, ou seja o Comunismo pode ser de facto bom, mas se as pessoas que transmitem essas ideologias não forem as mais correctas essa ideologia sofre desde logo uma alteração negativa, o que faz que pessoas como eu sejamos contra esse tipo de politicas, pois os seus interpretes não são exemplo para ninguém, no entanto as excepções podem existir e no caso de Mário Pereira eu acredito que ele seja um Marxista – Leninista convicto e acima de tudo com raciocínio e capacidade de trabalho, mas afirmo novamente isso não é suficiente. É preciso mais, ou seja um não vale por toda a equipa, se bem que admito novamente a escolha de Carlos Jorge é de facto acertadíssima, pois ele é de facto a pessoa com capacidade de gestão que Mário Pereira tem consigo, é ele de que de facto em caso de vitoria de Mário Pereira que irá gerir toda a caótica situação financeira da CMA.

Hoje em dia para quem não tenha a mínima noção do que é a Ciência Politica torna-se complicado fazer a distinção entre o PS e o PSD, pois ambos os partidos, tentam neste momento consolidar o seu espaço politico-partidário, ou seja todos eles têm politicas centristas, no entanto há que salientar um factor muito importante. Será o PS capaz de ser tão eficaz em termos Governativos como já foi o PSD?

O PSD em toda a sua génese é um partido de politicas francamente reformistas e estruturantes, ao contrário do PS que é um partido muito menos incisivo nas reformas e na forma de Governar, resumindo o PSD normalmente é um partido que quando se encontra no Governo Governa sem pensar nos votos a curto prazo mas sim no médio longo prazo, isto é, Governa de uma forma sólida, persistente e sustentada, assente em princípios construtivos e leais a um país que necessita de inúmeras intervenções nos mais diversos quadrantes, ou seja o contrário do Governo de Sócrates que pensa mais no voto imediato, do que, no futuro do país.

Todas as palavras acima transcritas têm a mesma aplicabilidade nas autarquias locais, daí a elevada durabilidade das Câmaras PSD. Isto não é factor do acaso mas sim um factor de confiança que se transmite diariamente ao cidadão comum.

Sei também que neste momento com tudo o que por ai anda, que a Dr.ª América tem uma tarefa muito ingrata, pois ela encontra-se numa situação em que se for eleita será o peso da Balança, no entanto ela nunca se poderá esquecer de uma coisa. Nunca deverá prestar vassalagem a ninguém e nunca deverá fazer acordos com coligações ou movimentos. Pois a independência do PSD é o maior valor da Social Democracia idealizado por Sá Carneiro e todos os que são eleitos por esta “cor politica” devem respeitar os seus princípios e contribuir activamente para um desenvolvimento sustentado da região.

Para finalizar quero frisar que estas ultimas palavras não são apenas par a Dr.ª América mas também para os restantes membros que forem eleitos pela coligação PSD-CDS, pois estes terão a tarefa de nos próximos 4 lançar o PSD para voos mais altos em termos Autárquicos na região, como tal trabalho e oposição construtiva são as palavras de ordem.

Por: Adam