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quarta-feira, 1 de julho de 2009

Discurso vazio que ajuda a CDU

Parece-me que o grande problema dos textos do Dr. Édio Martins não é o facto de serem longos, que isso tolera-se bem nos casos em que a mensagem é perceptível e ajustada às realidades, mas sim serem um conjunto articulado de palavreado vazio, vulgarmente desiganado por "tretas".
É o típico discurso tecnocrático, que em Alpiarça estavamos habituados a ler e a ouvir a partir do discurso do Dr Rosa do Céu, este mais ligado às questões economicistas e com uma grande vantagem para RC: era um discurso muito mais eficaz para convencer do empreendorismo do homem, dando até a ideia de que estaria a referir-se a realidades que não apenas virtuais, tendo assim enganado muito bem a maioria do povo de Alpiarça até muito recentemente.
Édio Martins não consegue aproximar-se deste poder de manipulação, não por falta de retórica, mas por uma razão simples: RC acenava às pessoas com verbas, com dinheiro, com a ambição irreal de transformar Alpiarça e os bolsos de alguns numa coisa que sabia não ser possível e, nestes casos, algumas pessoas até gostam de ser enganadas, encostarem-se aonde lhes possa ser vantajoso.
Para o Mario Fernando e para a CDU, para todos os adversários políticos, "era ouro sobre azul" que a Sónia Sanfona e o PS adaptassem estas ideias de Édio Martins e se apresentassem aos eleitores com argumentação deste tipo - nem precisavam de fazer mais campanha, que estava ganho.
O grande problema deste discurso vazio é apresentar-se de cátedra, acima de tudo e de todos, incompreensível, sobranceiro, desvalorizador de trabalho e do conhecimento dos problemas das pessoas, aspectos que só se podem apreender no contacto directo e na identificação total entre quem exerce funções públicas/políticas e as populações, em Alpiarça ou em qualquer outro lugar.
FA

1 comentário:

Anónimo disse...

Caro FA, cordiais saudações.

Agradeço as palavras que me dirige e se me permite gostaria de lhe deixar duas ou três notas para reflexão. A primeira, é que já faz parte dos clássicos que sempre que se procura evitar o debate e “fugir” ao confronto de ideias opta-se por uma das seguintes posições, quando não é pelas duas em conjunto: 1. a desvalorização pela inexistência - “discurso… palavreado vazio”, ”tretas”, “de cátedra”, “incompreensível”, “tecnocrático”, etc.; 2. a desvalorização pelo “pseudo” desconhecimento - “sobranceiro”, “desvalorizador de trabalho e do conhecimento dos problemas das pessoas, aspectos que só se podem apreender no contacto directo e na identificação total entre quem exerce funções públicas/políticas e as populações”.Ou seja, nada se disse porque nada se conhece! Pode crer que nenhuma das tenazes me atrofia.

É possível que dessa maneira acalme os “medos” que o trás preocupado. Senão veja, se é um discurso vazio, como afirma, como poderia a CDU, e outros, terem “ouro e azul” sobre o vazio, se adaptassem estas ideias do Édio…? Mas em que ficamos, está vazio ou tem ideias? Já quanto à ideia peregrina de que só alguns é que têm contacto directo com as populações, desengane-se! Porque, o que pode acontecer, é que só alguns de nós consigam aprender “com o trabalho, o conhecimento e os problemas das pessoas”, ainda consigam reflectir sobre isso, dispõem-se a partilhar o que pensam e fazem-no sem anonimato. Pense nisso que eu por já ter pensado…. Estou aqui.

Um abraço,

Édio Martins