A Câmara de Alpiarça não tem que pagar ao ex-director da Casa dos Patudos-Museu de Alpiarça o montante de 1.262 euros que José Falcão exigiu referente aos honorários do último mês em que prestou serviço na instituição.
O Tribunal de Santarém decidiu a favor da autarquia depois de julgado o processo interposto pelo antigo director, justificando a decisão com o facto do requerente não ter apresentado os relatórios sobre restauros ao município.
Segundo o processo, José Falcão alegou que tinha um contrato de prestação de serviços com o município, que cessou por iniciativa da autarquia no dia 29 de Fevereiro de 2008. E que lhe era devida a quantia de 1.262 euros por serviços prestados no mês de Fevereiro. Mas a câmara municipal contestou alegando que solicitou a apresentação dos relatórios dos restauros de obras de arte executados. Foi-lhe dado um prazo até ao final de Janeiro de 2008 mas estes não foram entregues até essa data.
Antes de avançar com o processo para tribunal, cuja decisão não é passível de recurso, José Falcão enviou várias cartas para o então presidente do município, Joaquim Rosa do Céu, mas nunca obteve resposta.
Recorde-se que a Câmara de Alpiarça comunicou ao ex-director que não pretendia continuar a usufruir do seu trabalho, porque tinha um novo modelo de gestão para a Casa dos Patudos. Em declarações a O MIRANTE, José Falcão, que é responsável técnico pelo património da diocese de Beja e foi condecorado pelo Presidente da República no dia 10 de Junho em Santarém, refere que se sente prejudicado, mas acata a decisão do tribunal porque “temos que confiar nas decisões judiciais”.
José Falcão foi conservador da casa-museu entre 1993 e 1995, período em que o PCP governava a câmara. Em 2003 voltou à Casa dos Patudos, já com o PS a gerir a autarquia. Recorde-se que José Relvas, por testamento de 1929, legou a Quinta dos Patudos ao município de Alpiarça estabelecendo que esta fosse conservada como museu, dado que possui um espólio em obras de arte datadas desde os finais da Idade Média até aos inícios do século XX.
«O Mirante»
1 comentário:
Como vê, sr. jornalista de JA, o /a tal comentador anónimo que repudiou a medalha atribuída ao Dr. Falcão e a reintegração feita pela executivo em 2003, repare-se, 2003, afinal, repito, se calhar tinha razão quando relatou o percurso desse director nos Patudos. O sr. jornalista antes de rejeitar qualquer comentário cujo conteúdo não conhece, deve primeiro informar-se sobre quem está a falar verdade e depois então censura. Isto é que será o jornalismo de verdade que o sr. administrador quer fazer no seu jornal. Parabéns pelo jornal mas deve ser mais empenhado na busca da verdade mesmo que algum amigo seu ou você mesmo seja referido como pecador. Esse é o verdadeiro jornalismo que, infelizmente, não existe. Um abraço.
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