“GENTE SEM ESCRÚPULOS” TUDO FAZ PARA “PREJUDICAR
A IMAGEM DE ALPIARÇA”
Após a
publicação de algumas noticias sobre o aparecimento da ‘morte dos peixes’
na Barragem dos Patudos, Jornal
Alpiarcense contactou um responsável da Câmara de Alpiarça para que
nos esclarecesse concretamente de quais as medidas que a Câmara já tomou.
Quanto à “ morte dos peixes”, como já foi noticiado neste jornal,
irão ser colocados mais alguns “repuxos na Barragem como bombas
submersíveis para oxigenar a água.”
Segundo o responsável o problema vai ser resolvido com a “intervenção dos
técnicos” que “estão
a trabalhar” em conjunto com a Câmara” e da “protecção
civil municipal” para acabar com o “excesso
de matéria orgânica e escassez de oxigénio que temos na Barragem dos Patudos”,
salientando que este problema não é único mas sim “comum a varias outras barragens e planos de agua com as mesmas
características” para acrescentar que a “CMA tem feito todos os possíveis para
atacar esta situação, no quadro das suas possibilidades e condições
financeiras.”.
NÃO É UM PROBLEMA DE SAÚDE PUBLICA
Acrescentou-nos ainda e segundo informações dos
serviços de Protecção Civil do Município que “de facto, o problema” preocupa imenso a Câmara mas estão a “tentar resolvê-lo, como não poderia deixar de ser, mas não é (ao
contrário do que alguns dizem - e gostariam que fosse, não tenho dúvidas) um
problema de saúde pública. Se fosse, não nos seria autorizada a utilização para
a realização de actividades desportivas e recreativas, que têm sido muitas e
com impacto nacional no caso de algumas modalidades, como o Triatlo e a
Canoagem, por exemplo.”
AS RAZÕES DA MORTE DOS PEIXES:
O
problema é simples:
“excesso de matéria orgânica e de fauna piscícola (também a rápida
proliferação de micro-algas) e a falta de oxigénio, factores que provocam a
morte de alguns peixes e a cor verde das águas.”
No entanto frisou que “vamos resolver o problema, de
acordo, claro, com a nossa disponibilidade financeira que é pouca, como sabe”.
Contactado
também Mário Pereira, presidente da Câmara, sobre o assunto, salientamos que esta situação não é de agrado do
presidente e lamenta-nos o mesmo que haja “gente sem
escrúpulos” que tudo fazem para
ter o seu “tempo de antena” para “prejudicar
a imagem de Alpiarça”.
Por: António Centeio/JA
4 comentários:
Esta fuga à responsabilidade em forma de esclarecimento por parte, ou em nome do executivo da Câmara Municipal de Alpiarça,é lamentável.
Meus senhores, devemos ser coerentes com as nossas posições pessoais e políticas. A não ser assim alguém nos vai chamar de "troca-tintas" com alguma razão.
Então, há cerca de seis/sete anos quando a câmara estava a ser governada pelo PS (Rosa do Céu e Vanda Nunes), como todos estamos lembrados, os elementos do PCP que hoje, por ironia do destino estão no mesmo lugar, chamaram na altura, os jornalistas e as televisões para mostrar as fontes poluentes, os peixes mortos etc. porque eram amigos do ambiente e estavam a prestar um serviço de cidadania a Alpiarça e, agora, os cidadãos que fazem as mesmas denúncias são "gente sem escrúpulos"? " Que querem prejudicar Alpiarça"?
Então nessa altura esses elementos do PCP que denunciavam estas acções eram "gente boa" e agora quem denuncia as mesmas situações é "gente má"?!...
Há aqui alguma coisa que não faz sentido e está a jogar mal, camaradas.
Vamos lá a ter algum discernimento e sentido de honra.
Ter dois pesos e duas medidas é que não pode ser.
Revejam lá a vossa posição e mantenham a personalidade, senão ainda caem no ridículo aos olhos até de quem vos elegeu para governar a Câmara Municipal.
E esta hein!... "Gente sem escrúpulos"?
Não sou muito dado a discussões que envolvam assuntos políticos mas, desta vez vou desabafar. Haverá imagem mais negativa e degradante para Alpiarça que aquela horrível cena da água podre e peixes mortos que todos presenciamos há anos na Barragem dos Patudos? Barragem que o engenheiro Leonel Piscalho projetou depois da Revolução dos Cravos com uma visão de verdadeira engenharia vanguardista? Não podemos esquecer que, muitos foram aqueles que contestaram a obra. Entre eles, estão alguns que agora querem colher louros do projecto que trouxe valor para Alpiarça e, não deixa de ser reconhecido pelos concelhos vizinhos que nos visitam.
É minha firme convicção de que, se o eng. Leonel Pisccalho estivesse presente, já há muito que o problema da poluição da barragem teria sido resolvido.
O eng. Leonel Piscalho é daqueles que arregaça as mangas e trabalha no duro! Não fica a "encanar a perna à rã" à espera que as coisas se resolvam por milagre.
O que faz falta a este País é gente desta fibra.
Tenho dito.
A explicação da Câmara Municipal quanto às medidas a tomar para salvar os peixes de uma morte lenta e certa, refere o problema económico. Sempre a mesma justificação da falta de verba.
Dizia-me a minha mãe que quando o pouco é bem gerido chega a muito. Os portugueses que auferem baixos rendimentos sabem pela prática que isso é verdade.
Não levem a mal mas, nos moldes da "explicadura" veio-me logo à memória, aquelas alegações do deputado Mário Santiago na Assembleia Municipal, ilustradas por documentação, em que afirmava que a Câmara Municipal de Alpiarça estava a pagar ao Revisor Oficial de Contas (ROC) o dobro daquilo que pagaria a outras empresas de auditoria, entretanto contactadas pelo deputado.
Ora aqui temos uma forma honesta e transparente da câmara, de poupar uns milhares de euros que serviriam para esta emergência da barragem dos Patudos.
Poupando em alguns lugares políticos nos gabinetes da câmara, também ficariam mais uns milhares de euros para acudir a estas situações de emergência.
Como vemos, não é preciso ser barra em economia e finanças para arranjar financiamento e acudir a barragens, valas e outros imprevistos do Concelho.
Basta ter os interesses do Município como prioridade e não os interesses dos partidos.
Esta é que é a verdade que custa a engolir a muito boa gente.
Ó senhor comentarista das 00:39 o povo de Alpiarça sabe bem o que é gerir a vida com pouco dinheiro. O problema como diz é a visão que os políticos têm ao servir um partido. Enquanto a coisa der há que tirar ao máximo dessa vantagem. Amanhã podem lá estar outros que irão fazer exactamente o mesmo. Ajudar os compinchas, o partido que o apoiou e vira o disco e toca o mesmo. Antigamente é que se exerciam cargos só por amor à camisola. Hoje a música é diferente. Falam na poupança, na contenção e tal mas, só se for para os outros. Quando são contemplados com aumentos e outras benesses nunca dizem que não aceitam.
Como dizia o outro "Ó filho vai-te matar!"
Anda tudo para o mesmo e o povo é que paga estas lampanas.
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