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quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Vem aí o centenário da primeira central sindical portuguesa

Foi em Tomar que nasceu a primeira central sindical portuguesa, a União Operária Nacional (UON), em 1914. Para celebrar este centenário, um diversificado grupo de activistas sindicais e de comissões de trabalhadores do distrito de Santarém, lançou, esta sexta-feira, o manifesto "Cem anos depois, vencer o medo".
Em conferência de imprensa realizada em Tomar, na Nabantina, os activistas sublinharam a coragem daqueles que ousaram criar a primeira central sindical enfrentando a fome, as prisões, os despedimentos... "Agora é preciso recordar essa coragem, precisamente aqui em Tomar e chamar as pessoas a juntarem-se para lutar contra as políticas de hoje, celebrando este centenário que se comemora em 14, 15 e 16 de Março" sublinhou Filipe Vintém, dirigente do Sindicato dos Professores da Grande Lisboa (SPGL).
Luís Carvalho, investigador, lembrou que a preparação do congresso fundador da UON decorreu num período de agravamento das condições de vida e de aguda repressão do regime republicano contra a classe trabalhadora, com prisão de sindicalistas e encerramento de sindicatos. E que o congresso reuniu militantes de duas correntes principais, anarquistas e o antigo Partido Socialista Português, alguns dos quais estiveram mais tarde na fundação do Partido Comunista. Estes activistas "juntaram forças para lutar pelos direitos dos trabalhadores" e "é preciso voltar a fazer isso agora, aqui em Tomar".
Paulo Reis, trabalhador na EPAL e Vitor Franco, da comissão de trabalhadores da EDP, sublinharam algumas das iniciativas já previstas: "uma concentração no dia 15 de Março" porque, dizem, "não temos medo, juntamos forças para lutar contra este governo", uma exposição histórica, a realização de um filme, debates sobre questões como o trabalho por turnos, o fundo de greve, a precariedade..." pretendendo apoiar "estabelecer a comunicação e a troca de experiências entre activistas para melhorar a capacidade de luta dos trabalhadores, a sensibilização da juventude, o conhecimento histórico e cultural"

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