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sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Carta Aberta aos Alpiarcenses


Caros Alpiarcenses,
Vivemos momentos muito delicados. A crise internacional instalou-se na Europa, e Portugal, sendo um país periférico e com inúmeras fragilidades está mergulhado numa profunda depressão económica, nunca antes vista e sentida nesta terra com tamanha brutalidade. Aos mais jovens, amputam-lhes o futuro; a nós, confundem-nos com a promessa de que os sacrifícios de hoje são o garante de uma vida melhor amanhã. Aos nossos avós, retiram a dignidade de viver.
Longe vai o tempo em que me cruzava todos os dias com 500 pessoas nas plantações de morangos. A agricultura em Alpiarça já teve momentos muito bons e tive a sorte de ter vivido esses momentos e ter conseguido dar emprego a tantos Alpiarcenses, que hoje em dia se cruzam no meu caminho e os felicito como amigos. Não sou nem de esquerda nem de direita, mas trabalho de mangas arregaçadas, sem gravata e falsas modéstias e, sempre, com a família no coração.
É neste espirito que me apresento no próximo dia 29 de Setembro a escrutínio pela população, para que possa oferecer o melhor de mim a uma terra, que apesar do seu lado mais rude, sabe também ser carinhosa com quem se entrega de alma e coração ao trabalho e ao seu desenvolvimento.
Estas serão porventura as eleições mais importantes da história do nosso Concelho. Com a entrada do novo Quadro Comunitário de Apoio(QREN) 2014-2020, possivelmente o último, e com a tão falada reforma administrativa que por aí vem, entraremos numa fase onde nenhuma oportunidade se pode perder, ou arriscamo-nos a curto prazo a ser mais uma freguesia de um outro concelho.
Fizémos o 25 de abril porque desejávamos a Democracia, a Liberdade e o Direito à Informação. No entanto, em Alpiarça, e já passados 39 anos, esses valores continuam difíceis de implantar e implementar: há falta de civismo, clareza e seriedade nos políticos e partidos que têm governado a nossa terra.
Como sabem, é urgente a discussão e a auscultação do que os Alpiarcenses pretendem e precisam para o futuro, tendo os políticos responsabilidade e obrigação de fazê-lo abertamente para com a população que os elege.
Quando iniciámos esta nossa candidatura e, tendo em conta os superiores e mais genuínos interesses da população, fomos convidando, inúmeras vezes, os nossos adversários para a necessidade de dar-mos a cara ao povo e dizer ao que vínhamos. Estes convites, verbais, pela comunicação social e pessoais, culminaram com o envio de uma carta registada dirigida ao Candidato Mário Pereira e ao Candidato Pedro Gaspar, no passado dia 13 de agosto.
A carta  dirigida, estava perfeitamente identificada e foi recebida pelos destinatários. Os candidatos têm o direito de não responderem de se negarem ao convite, mas não têm o direito de se autoexcluírem à participação e informação à população, de ocultarem os seus erros e de continuarem a pedir confiança ao povo que sofre as consequências da sua má gestão. Ter medo de debater o futuro é um direito que lhes assiste, não ter respostas para esse futuro é que não.
O respeito pela população e pelas instituições obrigaria qualquer cidadão ou movimento político à educação e regras de funcionamento. A não resposta aos convites enviados é, mais do que uma falta de respeito pela nossa candidatura, uma tremenda falta de seriedade para com os Alpiarcenses.
De Alpiarcense para os Alpiarcenses, e numa linguagem muito simples, concluo que, primeiro e quanto ao Candidato do PS, entendo que a distância de Oeiras a Alpiarça não permita efetuar os debates e que também não lhe seja agradável ser confrontado com as irregularidades e falta de seriedade na Fundação José Relvas, possivelmente a maior razão de lhe não ter sido dada autorização superior para efetuar qualquer debate com a nossa candidatura.
Segundo, a CDU e o seu Candidato, tal como é público, também não teve autorização para realizar qualquer debate para não ser confrontado com o péssimo mandato que realizou cheio de mentiras e promessas falsas onde o  programa eleitoral não foi cumprido quase na totalidade, acrescendo ainda ao facto dos problemas graves de gestão e controlo que são públicos e do conhecimento de todos os Alpiarcenses que existem na CMA, na AGROALPIARÇA e na ARPICA.
O ter entrado em conflito e rotura total com 3 dos 4 presidentes eleitos (Presidente da Assembleia Municipal, Presidente da Assembleia de Freguesia e Presidente da Junta de Freguesia) em 2009, cuja população apoia, respeita e acredita são fatores mais que evidentes da incapacidade deste executivo e do seu deplorável gabinete de apoio cujas ordens trazidas superiormente se mostraram desastrosas para Alpiarça e para os Alpiarcenses beneficiando apenas o partido que os suporta e sustenta.
TODOS OS ALPIARCENSES saberão tirar a respetivas ilações sobre esta fuga aos debates. Afirmo, com conhecimento de causa, que o PS e a CDU estão cheios de “rabos de palha” e que querem escondê-los a todo custo da população.
No dia 29 de setembro, confio que os Alpiarcenses saberão responder acertadamente e colocar à frente dos destinos desta terra a equipa que irá verdadeiramente defender Alpiarça e a sua população.
O Movimento “TODOS POR ALPIARÇA”
Francisco Saturnino Cunha 

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