O número de desempregados inscritos nos centros de emprego com origem
nos serviços administrativos era de 66 mil em outubro, mais 2% do que em
setembro, e mais 16,7% do que no período homólogo de 2011, revelou o
IEFP.
De acordo com os dados mensais divulgados pelo Instituto de Emprego e
Formação Profissional (IEFP), o desemprego entre o setor do pessoal
administrativo representa já 10% do total de desempregados do país
contabilizados por este organismo, que indica o número de 660.780
pessoas sem emprego.
O IEFP adianta também que, na área do pessoal administrativo, havia
350,8 mil pessoas a trabalhar até ao final de setembro deste ano, quase
menos 10% do que no período homólogo de 2011, e quase menos 5% do que no
trimestre anterior.
Na divisão de géneros, a proporção é de aproximadamente dois terços
de mulheres desempregadas para um terço de homens, variação que se
mantém estável desde o terceiro trimestre de 2011.
Manuel Guerreiro, presidente do Sindicato dos Trabalhadores do
Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP) disse à Lusa que a
perda de emprego no setor deu “um salto significativo no último ano”,
mas ressalvou que nem todos os postos que se perderam são efeito direto
da crise e do desemprego.
O sindicalista lembrou que é preciso contabilizar também os
reformados, aqueles que enveredaram por outras profissões e a redução
progressiva do número de quadro em consequência da crescente
informatização dos serviços.
“Há uma linha de racionalização neste setor por causa das
tecnologias. A redução de emprego não será algo conjuntural”, disse à
Lusa.
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