Entre os meses de novembro de 2011 (depois da reabertura ao público
após a conclusão da 1ª fase das obras de requalificação global) e setembro
de 2012, tem-se registado um aumento constante e sustentado do número
de visitantes da Casa dos Patudos – Museu de Alpiarça. Os últimos meses
têm assinalado os valores históricos mais elevados de visitas. No
passado mês de setembro visitaram o museu 1725 pessoas, destacando-se
também um aumento do número de visitantes estrangeiros.
A Casa
dos Patudos vive essencialmente das suas colecções artísticas, com
incidência na arte portuguesa e nasceu por vontade de José Relvas, que
manifestou, várias vezes, a necessidade de mostrar o que se fazia de
melhor ao nível das Belas Artes e Artes Decorativas.
Assim,
encomendou ao Arquitecto Raul Lino, um projecto que contemplasse espaços
dignos para apreciar a colecção e, ao mesmo tempo, fosse residência
familiar.
A Casa dos Patudos é Casa-Museu desde 1960.
Hoje,
cada vez mais, estamos num tempo de mudança para outras realidades
museológicas e museográficas. Nesse sentido, após a reabertura ao
público, em 31 de outubro de 2011, criou-se um novo circuito museológico
José Relvas entre os seus, com a abertura de novos espaços expositivos.
A Casa dos Patudos foi residência de José Relvas desde os finais do
século XIX até 1929, data da sua morte. Político, diplomata, agricultor,
coleccionador de arte e músico amador. Aqui se encontra uma vasta
colecção composta por pintura, escultura e artes decorativas. Na pintura
portuguesa destacam-se: Silva Porto, José Malhoa, Columbano Bordalo
Pinheiro e Constantino Fernandes, além de notáveis artistas de escolas
estrangeiras. Podem, ainda, ser apreciadas porcelanas de Sèvres e de
Saxe, azulejaria, peças da Companhia das Índias, cerâmicas da Fábrica
das Caldas da Rainha (Rafael Bordalo Pinheiro), Rato, Bica do Sapato e
Vista Alegre (primitiva) e bronzes de Chapu, de Mercié e de Frémiet. Os
Patudos assinalam uma nova linguagem de Arquitectura Conceptual.
Apropriada de referências nacionais, afirma-se com um certo despojamento
decorativo exterior, mas esplendorosa e funcional nos seus espaços
interiores, com um mobiliário, criado também por Raul Lino.
«CMA»
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