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sábado, 7 de julho de 2012

Paulo Macedo garante a integração de mil médicos nos quadros

O ministro da Saúde garante que até ao final do ano serão contratados cerca de mil médicos para os quadros dos hospitais e centros de saúde, reduzindo em mais de meio milhão o número de horas em prestação de serviços.
 Numa pequena entrevista hoje publicada pelo semanário Expresso, Paulo Macedo explica que o concurso que está a correr é para vagas de carenciados, mas que “até final do ano serão integrados nos quadros dos hospitais e centros de saúde cerca de mil novos médicos”.
Esta garantia já havia sido dada na sexta-feira à noite numa entrevista à RTP, durante a qual o ministro da Saúde adiantou que a contratação para os quadros continuará em 2013, ano em que prevê a integração de mais mil médicos, perfazendo um total de duas mil contratações em menos de dois anos.
A abertura de vagas nos quadros decorrerá em paralelo com uma redução do número de horas contratadas em regime de prestação de serviços, de 2,5 milhões para menos de 2 milhões até ao final do ano, e para menos de 1,5 milhões em 2013.
Paulo Macedo sublinha, contudo, que continuará a existir carência de atividade clínica, que só poderá ser suprida através da chamada “modalidade hora”.
A abertura de um concurso público para a contratação de médicos à hora é um dos principais fundamentos para uma greve agendada para os dias 11 e 12 de julho, que juntou os dois sindicatos representativos do setor e a Ordem dos Médicos, naquela que ameaça ser a maior paralisação dos últimos 20 anos.
O facto de o concurso ter como critério de contratação o mais baixo preço unitário por hora e a revelação recente de que há outros profissionais a receber cerca de 4 euros por hora, através do mesmo processo de contratação, veio adensar ainda mais a preocupação dos médicos.
O ministro já manifestou que não considera aceitável a pratica de tais preços e garantiu igualmente, na entrevista à RTP, que em concursos futuros haverá um valor mínimo estipulado para que situações destas não aconteçam.
“Não aplicaremos remunerações que vão abaixo do mínimo da tabela salarial”, afirmou Paulo Macedo.
Relativamente à greve, o ministro afirma que a hipótese de uma requisição civil está sempre em cima da mesa, desde que se trate de uma “situação extrema” que ponha a saúde dos portugueses “em risco”.
«Lusa»

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