O ministro da Saúde garante que até ao final
do ano serão contratados cerca de mil médicos para os quadros dos
hospitais e centros de saúde, reduzindo em mais de meio milhão o número
de horas em prestação de serviços.
Numa pequena entrevista hoje publicada pelo semanário Expresso, Paulo
Macedo explica que o concurso que está a correr é para vagas de
carenciados, mas que “até final do ano serão integrados nos quadros dos
hospitais e centros de saúde cerca de mil novos médicos”.
Esta garantia já havia sido dada na sexta-feira à noite numa
entrevista à RTP, durante a qual o ministro da Saúde adiantou que a
contratação para os quadros continuará em 2013, ano em que prevê a
integração de mais mil médicos, perfazendo um total de duas mil
contratações em menos de dois anos.
A abertura de vagas nos quadros decorrerá em paralelo com uma redução
do número de horas contratadas em regime de prestação de serviços, de
2,5 milhões para menos de 2 milhões até ao final do ano, e para menos de
1,5 milhões em 2013.
Paulo Macedo sublinha, contudo, que continuará a existir carência de
atividade clínica, que só poderá ser suprida através da chamada
“modalidade hora”.
A abertura de um concurso público para a contratação de médicos à
hora é um dos principais fundamentos para uma greve agendada para os
dias 11 e 12 de julho, que juntou os dois sindicatos representativos do
setor e a Ordem dos Médicos, naquela que ameaça ser a maior paralisação
dos últimos 20 anos.
O facto de o concurso ter como critério de contratação o mais baixo
preço unitário por hora e a revelação recente de que há outros
profissionais a receber cerca de 4 euros por hora, através do mesmo
processo de contratação, veio adensar ainda mais a preocupação dos
médicos.
O ministro já manifestou que não considera aceitável a pratica de
tais preços e garantiu igualmente, na entrevista à RTP, que em concursos
futuros haverá um valor mínimo estipulado para que situações destas não
aconteçam.
“Não aplicaremos remunerações que vão abaixo do mínimo da tabela salarial”, afirmou Paulo Macedo.
Relativamente à greve, o ministro afirma que a hipótese de uma
requisição civil está sempre em cima da mesa, desde que se trate de uma
“situação extrema” que ponha a saúde dos portugueses “em risco”.
«Lusa»
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