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quarta-feira, 4 de julho de 2012

Numa terra como Alpiarça, cairia o Carmo e a Trindade.

Artigo de Opinião
Por: Sommer

Quem nunca esteve num partido político é que pode pensar que os que eventualmente apareçam numa lista ou movimento de cidadãos independentes não serão imediatamente considerados inimigos ou pelo menos opositores ao partido X ou ao partido Y.

Basta estarmos atentos ao que acontece com os deputados que quebram a disciplina de voto para votarem em consciência nesta ou naquela matéria. Mais cedo ou mais tarde são "convidados" a afastarem-se se não mesmo expulsos dos partidos pelos quais foram eleitos. Numa terra como Alpiarça, cairia o Carmo e a Trindade.

Imaginemos então que por hipótese o Dr. Mário Santiago constituía uma lista de independentes e que com essa lista conseguiria ser eleito vereador, roubando por exemplo 700 ou 800 votos à CDU. Imaginemos que o PS com a Dr.ª Regina Ferreira ou outro qualquer candidato manteria a votação de há 4 anos atrás.

Como não estou a par do número de votos que os distanciou dois cenários poderiam acontecer: ou a CDU perderia a Câmara, para o PS, ficando com o PS com dois vereadores, a CDU com outros dois e o Dr. Mário Santiago também como vereador, poderia também acontecer a vitória tangencial da CDU, ficando com o presidente e um vereador, o PS com dois vereadores e o Dr. Santiago igualmente como vereador.

Não acham que em qualquer dos casos a pessoa eleita por este movimento cívico iria criar a ira da CDU? Para todos os efeitos o que se diria? "Se este gajo não tivesse concorrido manteríamos a câmara, assim por causa dele perdemos para o PS, porque os votos dividiram-se".

Este cenário esteve muito próximo de acontecer quando a Dr.ª Gabriela Coutinho concorreu e quase foi eleita. Se ela tivesse sido eleita, o PS teria ganho a câmara, mas estaria subjugado à vontade da oposição, que contaria com um vereador PSD e 2 vereadores CDU.

O que pode eventualmente acontecer é o PSD concorrer aliado ao CDS numa espécie de AD local e eleger um vereador retirando a maioria à CDU ou em última análise dar mesmo a vitória ao PS.

Está portanto tudo em aberto.

É esta a minha opinião!

3 comentários:

Anónimo disse...

Seria então quase obrigatório que a lista de independentes conseguisse eleger um vereador que fizesse a diferença.
Com 2 partidos que mais parecem gémeos na hora de governar, o bom senso e a liberdade dos independentes passaria a ser o fiel da balança e a entidade verdadeiramente fiscalizadora da actuação do partido mais votado.
Por experiência sabemos que quando ganha a CDU a cúpula degradada da antiga biblioteca faz lembrar a quem entra em Alpiarça que Moscovo é já ali...
Quando ganhou o PS saltaram para a ribalta os que acham que podem fazer negociatas sem regras e que a democracia e liberdade é a populaça poder votar de 4 em 4 anos.
Os cinco eleitos, independentemente de quem ganha, normalmente agrupam-se em 3+2 pelo que seria importante que o 5º eleito fiscalizasse e pusesse ordem nos que em nome da democracia entendem que a maioria lhes dá o direito a impor quatro anos de ditadura mascarada de democracia.
Num cenário desses é natural que os "derrotados" (ganham, mas sem maioria), ainda que com maior número de votos não vejam com bons olhos a eleição de um independente.
Mas isso já aconteceu no PS com o Marques Pais e na CDU com o Mário Santiago.
Quem não alinha em esquemas, ainda que se mantenha próximo do partido, é ostracizado e convidado a afastar-se.
Esses dois nomes embora eleitos pelos respectivos partidos, encarnaram cada um à sua maneira o papel que um independente deve ter.
Como diz o povo: com o mal de uns, estão os outros bem.
É mesmo isso que ambiciono. Que os partidos e os politiqueiros fiquem mal para que a generalidade da população fique bem.
Haja coragem de avançar!

Anónimo disse...

Em Alpiarça nunca cairia o Carmo e a Trindade, isto porque em principio o Carmo e a Trindade não
coabitam com este povo. Segundo porque Mário Santiago como "independente" é politicamente um "mentiroso".
E a minha prima Regina é sua cumplice! Embora a honestidade da Regina mereça o respeito das ideias que ela parece defender
( como idependente...e indepedente de quem e de quê?)para Santiago o meu desgosto de o sentir podre a "maçã" que uma força politica
mixturou num cesto de outras maçãs que alguem propôs em venda na "praça.


A.M.S

Anónimo disse...

É tudo farinha do mesmo saco, ou seja,a independência ao serviço do "Céu"!

José Ninguém