A iniciativa, designada "Produzir mais com menos", prevê ajudar famílias de baixo rendimento agrícola -- cerca de cerca de 2,5 mil milhões de pessoas -- para economizar nos custos de produção, construir agro sistemas saudáveis para maximizar o rendimento e também para investir na saúde e educação.
Para alimentar a população mundial projetada para 9,2 mil milhões de pessoas em 2050, a produção deverá aumentar em 70 por cento no mundo e 100 por cento nos países em desenvolvimento, segundo a FAO.
No documento em que revela a iniciativa, a FAO considera que "o atual modelo de produção não consegue enfrentar os desafios do novo milénio. Para crescer, a agricultura tem de aprender a economizar".
A iniciativa inspira-se em parte nas técnicas de agricultura de conservação, que eliminam -- ou reduz ao mínimo -- os arados e plantio direto.
Os resíduos vegetais formam uma capa protetora sobre os campos e os cereais são cultivados em rotação com leguminosas que enriquecem o solo.
Outras técnicas desenvolvidas pela FAO e pelos seus parceiros incluem a irrigação de precisão e o espalhamento de fertilizantes de forma localizada, o que pode duplicar a quantidade de nutrientes absorvidos pelas plantas.
Todos esses métodos ajudam a reduzir em 30 por cento as necessidades hídricas das culturas e em até 60 por cento nos custos de energia.
Nalguns casos, as colheitas podem ser multiplicados por seis, como foi demonstrado pelos testes realizados recentemente com o milho na África Austral.
O rendimento médio das explorações que praticam estas técnicas, em 57 países de baixo rendimento agrícola, aumentou quase 80 por cento, de acordo com o estudo.
Segundo a FAO, os governos também terão de reforçar os seus programas nacionais de seleção vegetal, visando desenvolver novas variedades de sementes resistentes às mudanças climáticas.
«SIC»
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