Pensávamos que D. José Policarpo e respectiva Conferência Episcopal Portuguesa apenas se preocupava com as «coisas da fé» segundo as bases da religião, mas afinal estávamos enganados porque os responsáveis da igreja também estão preocupados que «o esforço de equilíbrio financeiro não prejudique a economia» porque é necessário uma certa «atenção aos mais carenciados» para além de pedir «um sistema de justiça mais eficaz».
A igreja católica tão bem representada aconselha ainda cuidados para os «próximos tempos» que exigem a «partilha de bens».
Pena que os milhões de euros gastos com a nova catedral de Fátima não fossem aplicados na pobreza. Serviram sim para poder haver ostentação e uma certa grandeza de um monumento feito com verbas acumuladas à custa dos crentes e do erário público
Como se não chegasse até propõe medidas para os «próximos tempos porque estes «vão exigir partilha de bens, sendo necessário criar um dinamismo colectivo de generosidade».
E porque as coisas da fé também exigem outras doutrinas, os bispos dizem ainda que não querem comentar os «resultados políticos das eleições legislativas de 5 de Junho», como se a politica fizesse parte da fé o do cristianismo.
Como preocupados que andam com a situação do país e da politica dos políticos pedem os homens da fé que os «partidos, sindicatos e outras associações do género que ultrapassem os seus interesses próprios e não desvalorizem os valores do bem comum da sociedade» como realçou D. José Policarpo.
Bem-haja a estes homens por andarem tão preocupados com as coisas dos homens, restando-me a mim aconselhar, porque também tenho o direito de opinar nestas «coisas da fé», que a igreja se deixe de meter nos assuntos dos políticos e que façam menos obras que custam milhões de euros que poderiam servir para ajudar a crise que todos atravessamos.
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