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sexta-feira, 11 de junho de 2010

O que se vê e o que se sente

Mas o que é que andamos aqui a fazer?

Esta será a pergunta que o executivo actual se coloca a si próprio quando diariamente se confronta com os problemas correntes do dia a dia na Câmara.
Temos vindo a constatar pelas intervenções efectuadas na Assembleia Municipal nos últimos seis meses que a desorientação é total e que a visão é curta e não enxerga muito além da badalada dívida.

Estamos bem entregues:. . . .
Em qualquer Organização ou instituição que se preze existem duas figuras de relevo: O Contabilista - responsável pelo reportar da actividade financeira da empresa e o Gestor – responsável pela gestão dos recursos, pela criação de valor e pela missão governativa.
Quando questionámos o Exmo. Presidente da Câmara Municipal se ele se sentia gestor, a resposta que toda Assembleia recebeu foi de que os executivos não eram gestores mas sim Políticos eleitos pelo povo.
Que os gestores eram os Senhores das PT’s, Sonae’s e EDP’s e até chegou a partilhar alguma inveja pelos ordenados chorudos que os ditos recebem.
Nas empresas, organizações ou instituições, sejam elas públicas ou privadas, os números são, sem dúvida, o elemento primordial na tomada de decisão. Em todas as Assembleias, o executivo e respectiva bancada proclamaram exaltada e obcecadamente os números da dívida como se não existisse o amanhã. Tal postura apenas nos transmite que os Políticos eleitos assumem o perfil de contabilistas, uns esforçados reportadores dos números negativos.
Entretanto, os buracos nas estradas mantêm-se, a confusão nas escolas alarma os pais e colaboradores, as festas sobre o que melhor temos são canceladas, e aumentam-se os gastos com empresas de consultoria financeira que primeiro semeiam a desgraça para depois elas próprias nos virem salvar com engenharias financeiras que resolvem a curto prazo, mas que agravam, em valores absolutos, o futuro.

Há sempre um outro lado!
Já nos habituámos ao registo depressivo e tortuoso que os agentes do partido comunista difundem ao clamarem os seus feitos de outros tempos em que a luta pela liberdade se fazia em trincheiras, à porta fechada e na clandestinidade.
Já nos habituaram ao lado negro da dor e do sofrimento que muita gente querida de Alpiarça e de todos nós passou, e a sua constante e saudosa lembrança é bem patente em todos os discursos à nação Alpiarcense.
Ainda na última Assembleia, de forma fria e desprovida de consciência Política fez-se por várias vezes referência ao valor que cada Alpiarcense deve em consequência do montante da dívida, que rondaria os 200€ por habitante.
É uma perspectiva sobre o município, que esquece que durante os 12 anos de governação socialista, os gestores, criaram valor para Alpiarça que ascendeu a 44 milhões de euros. Ou seja, foi erguido património para o município superior a 5.500€ por habitante. Tal feito foi conseguido com muito esforço e audácia por quem ocupou o lugar de Gestor e Governante, e onde se investiu apenas 56% de um total de receitas registadas de 77 milhões de euros.
A obra está à vista de todos e é para o bem e uso de todos, até daqueles que agora se sentam à secretária a reportar os números das coisas “mal” feitas ou que aparentemente não deviam ter sido criadas.
Mas o que mais nos preocupa não é o presente, mas sim o futuro que se avizinha parco de ideias, fértil em pregões de filosofia política ultrapassada e débil na resolução de problemas ou na criação de bem estar numa terra que cresceu tanto mas que anda agora ao ralenti pela sombra para não se queimar.

«Jornal “Alpiarça é a Razão”»

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