Miguel Garrido ganhava ordenado sem fazer nada na Fundação José Relvas e ainda recebeu 4500 euros para dar formação
O curso de Artes Gráficas que dava equivalência ao 9º ano decorreu durante um ano na empresa de Alpiarça propriedade do pai, que é também membro do conselho de administração da Fundação José Relvas que contratou os técnicos para o projecto de luta contra a pobreza.
O coordenador do projecto de luta contra a pobreza em Alpiarça, contratado pela Fundação José Relvas, estava na instituição sem fazer nada com um ordenado de 2.437 euros mensais e ao mesmo tempo a dar formação financiada por dinheiros públicos na empresa do pai onde também faz parte da administração. Miguel Garrido deu 300 horas de formação a 15 euros por hora, recebendo um total de 4500 euros. O curso de formação durou mais de um ano, entre 17 de Novembro de 2008 e 22 de Dezembro de 2009, sendo financiado com dinheiros do Programa Operacional Potencial Humano. Miguel Garrido deu aulas no final do curso, período que coincidiu já com as funções de coordenador do projecto contra a pobreza, que foi suspenso pela câmara municipal, e para o qual entrou em Agosto de 2009.
O pai do coordenador do projecto, Joaquim Garrido, que é dono da empresa Garrido Artes Gráficas, em Alpiarça, também deu formação no mesmo curso que dava equivalência ao 9º ano de escolaridade aos formandos. Recebeu um total de 4125 euros por 275 horas de formação. Mas não se ficou por aqui. Ainda exigiu 750 euros mensais pelo aluguer de uma sala na empresa para a formação que foi desenvolvida por uma empresa de Lisboa, a Avalforma. Joaquim Garrido faz parte do conselho de administração da Fundação José Relvas, cuja directora é a mulher do ex-presidente da Câmara de Alpiarça, Joaquim Rosa do Céu (PS).
Rosa do Céu, que actualmente preside à Entidade Regional de Turismo de Lisboa e Vale do Tejo, esteve envolvido na escolha dos candidatos às eleições autárquicas no distrito, tendo colocado Joaquim Garrido, que foi presidente da Assembleia Municipal da Chamusca pela CDU em anterior mandato, como cabeça de lista do PS à Câmara da Chamusca. Mas ambos já se tinham cruzado mesmo antes de Rosa do Céu ser presidente da câmara da terra onde Garrido tem a tipografia. Ainda nas antigas instalações da empresa em Alpiarça, na Rua José Relvas, foram feitas acções de formação financiadas pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional, quando Rosa do Céu era director do Centro de Emprego de Santarém, cargo que exerceu em 1997.
O MIRANTE contactou a empresa Avalforma, que confirmou a realização do curso na empresa Garrido – Artes Gráficas, justificando que o mesmo estava relacionado com esta área de actividade e tinha que ser feito naquela zona. Quanto ao facto de Miguel Garrido estar a dar formação ao mesmo tempo que estava no projecto de luta contra a pobreza, a empresa disse que desconhecia essa situação. O MIRANTE contactou também Miguel Garrido, mas este não quis prestar qualquer esclarecimento.
Recorde-se que o projecto de luta contra a pobreza de Alpiarça, financiado na totalidade pela Segurança Social, foi suspenso em Agosto de 2009 porque a Câmara de Alpiarça não concordava com o elevado valor dos ordenados dos técnicos que a Fundação José Relvas contratou para o projecto. Dos 525 mil euros de orçamento, ao abrigo dos Contratos Locais de Desenvolvimento Social (CLDS), 363 mil euros eram destinados a pagar os vencimentos.
Ao fim de quase um ano de divergências, a câmara decide recentemente desistir de negociar com a instituição que nunca mostrou sinais de abertura para mexer nos ordenados dos quatro técnicos. Como o projecto nunca foi aprovado pela autarquia, a fundação, designada para coordenar o projecto, vai ter pagar os ordenados dos quatro elementos que contratou. Neste momento o município está a tentar entregar o projecto a outra instituição do concelho que aceite contratar técnicos por valores mais baixos.
«in O Mirante/http://portuga-coruche.blogs.sapo.pt/406935.html»
O curso de Artes Gráficas que dava equivalência ao 9º ano decorreu durante um ano na empresa de Alpiarça propriedade do pai, que é também membro do conselho de administração da Fundação José Relvas que contratou os técnicos para o projecto de luta contra a pobreza.
O coordenador do projecto de luta contra a pobreza em Alpiarça, contratado pela Fundação José Relvas, estava na instituição sem fazer nada com um ordenado de 2.437 euros mensais e ao mesmo tempo a dar formação financiada por dinheiros públicos na empresa do pai onde também faz parte da administração. Miguel Garrido deu 300 horas de formação a 15 euros por hora, recebendo um total de 4500 euros. O curso de formação durou mais de um ano, entre 17 de Novembro de 2008 e 22 de Dezembro de 2009, sendo financiado com dinheiros do Programa Operacional Potencial Humano. Miguel Garrido deu aulas no final do curso, período que coincidiu já com as funções de coordenador do projecto contra a pobreza, que foi suspenso pela câmara municipal, e para o qual entrou em Agosto de 2009.
O pai do coordenador do projecto, Joaquim Garrido, que é dono da empresa Garrido Artes Gráficas, em Alpiarça, também deu formação no mesmo curso que dava equivalência ao 9º ano de escolaridade aos formandos. Recebeu um total de 4125 euros por 275 horas de formação. Mas não se ficou por aqui. Ainda exigiu 750 euros mensais pelo aluguer de uma sala na empresa para a formação que foi desenvolvida por uma empresa de Lisboa, a Avalforma. Joaquim Garrido faz parte do conselho de administração da Fundação José Relvas, cuja directora é a mulher do ex-presidente da Câmara de Alpiarça, Joaquim Rosa do Céu (PS).
Rosa do Céu, que actualmente preside à Entidade Regional de Turismo de Lisboa e Vale do Tejo, esteve envolvido na escolha dos candidatos às eleições autárquicas no distrito, tendo colocado Joaquim Garrido, que foi presidente da Assembleia Municipal da Chamusca pela CDU em anterior mandato, como cabeça de lista do PS à Câmara da Chamusca. Mas ambos já se tinham cruzado mesmo antes de Rosa do Céu ser presidente da câmara da terra onde Garrido tem a tipografia. Ainda nas antigas instalações da empresa em Alpiarça, na Rua José Relvas, foram feitas acções de formação financiadas pelo Instituto de Emprego e Formação Profissional, quando Rosa do Céu era director do Centro de Emprego de Santarém, cargo que exerceu em 1997.
O MIRANTE contactou a empresa Avalforma, que confirmou a realização do curso na empresa Garrido – Artes Gráficas, justificando que o mesmo estava relacionado com esta área de actividade e tinha que ser feito naquela zona. Quanto ao facto de Miguel Garrido estar a dar formação ao mesmo tempo que estava no projecto de luta contra a pobreza, a empresa disse que desconhecia essa situação. O MIRANTE contactou também Miguel Garrido, mas este não quis prestar qualquer esclarecimento.
Recorde-se que o projecto de luta contra a pobreza de Alpiarça, financiado na totalidade pela Segurança Social, foi suspenso em Agosto de 2009 porque a Câmara de Alpiarça não concordava com o elevado valor dos ordenados dos técnicos que a Fundação José Relvas contratou para o projecto. Dos 525 mil euros de orçamento, ao abrigo dos Contratos Locais de Desenvolvimento Social (CLDS), 363 mil euros eram destinados a pagar os vencimentos.
Ao fim de quase um ano de divergências, a câmara decide recentemente desistir de negociar com a instituição que nunca mostrou sinais de abertura para mexer nos ordenados dos quatro técnicos. Como o projecto nunca foi aprovado pela autarquia, a fundação, designada para coordenar o projecto, vai ter pagar os ordenados dos quatro elementos que contratou. Neste momento o município está a tentar entregar o projecto a outra instituição do concelho que aceite contratar técnicos por valores mais baixos.
«in O Mirante/http://portuga-coruche.blogs.sapo.pt/406935.html»
1 comentário:
Só tenho uma fraze.
Que grande falta de vergonha
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