Dar voz aos alpiarcenses …
Quando, nas últimas eleições autárquicas, me candidatei à Assembleia Municipal sob o lema “Para dar voz aos alpiarcenses”, fi-lo com a firme determinação de que, neste órgão máximo de decisão do concelho de Alpiarça, todos os cidadãos da minha terra poderiam ter uma palavra a dizer ou uma crítica construtiva a fazer.
Pensei, especialmente, naqueles que não têm assento nas bancadas dos eleitos e que poderiam, com o seu contributo, ajudar a transformar Alpiarça numa terra melhor para viver e trabalhar.
Sinceramente, não pensei nos eleitos dos diversos partidos com representação na Assembleia. A minha experiência de 4 anos como secretária desta Assembleia dizia-me que aos eleitos era sempre dada a palavra, mesmo quando o partido no poder não estava de acordo com as críticas que lhe eram feitas.
Hoje, após três reuniões da Assembleia Municipal, já realizadas depois das últimas eleições (sem contar com aquela que foi um comício do Partido Comunista, em 24 de Abril) estou estupefacta com a falta de democraticidade e de educação com que os eleitos do PS são tratados pelo Sr. Presidente da Assembleia Municipal.
Eu, em especial.
Por diversas vezes me foi cortada a palavra e fui impedida de falar quando estava inscrita para o fazer. Estão na mesa da Assembleia dois secretários que mais não fazem do que estar atentos às inscrições. Mas, mesmo assim, o Sr. Presidente tem o desplante de afirmar que a inscrição para usar da palavra não foi feita…. E por diversas vezes me interrompeu com deselegância, falta de educação e expressões de gozo, esquecendo que, além do dever de respeito que tem para com os seus adversários políticos o deve ter, também, para quem tem muitos mais anos e, consequentemente, mais experiência de vida.
Quero lembrar ao Sr. Presidente que não sou propriamente sua colega, nem camarada, e que devo ser tratada com o respeito que o meu cargo na Assembleia exige. Quero lembrar-lhe, também, que se o Sr. assina “Dr. Mário Santiago”, deve ter essa mesma deferência para com os que têm o mesmo título académico e, eventualmente, outros que o Sr. não tem.
Quero também dizer-lhe que nada, nem ninguém, lhe dá o direito de duvidar da honestidade dos eleitos pelo PS, como fez no seu ofício de 24-04-2009, no qual refere que: “deverão fazer chegar à mesa da Assembleia Municipal, cópia fiel do discurso que foi efectuado no âmbito dessa sessão extraordinária” e “Informamos que o conteúdo do documento deverá reproduzir de forma fiel, o discurso efectuado” (sublinhado seu). Que pena que seja assim…quando se tende a julgar os outros pelas atitudes com que convivemos!
Por M. Graciete Brito
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