.

.

.

.

domingo, 2 de maio de 2010

Arquivo de José Relvas será digitalizado

São 12 os volumes que reúnem os recortes de jornais e revistas meticulosamente organizados pelo homem que proclamou a República em 5 de Outubro de 1910, José Relvas, e que retratam o período que antecedeu a queda da monarquia.
Os volumes, intitulados «Questões Políticas e Económicas», guardados na biblioteca da Casa dos Patudos, que Relvas mandou construir no início do século XX em Alpiarça, vão ser digitalizados com o apoio da Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República (CNCCR), com o objectivo de serem disponibilizados online.
«É um investimento importante porque são elementos frágeis que correm muitos riscos. Ainda bem que é possível salvaguardar e sobretudo divulgar o que está aqui de boa informação sobre aquele período histórico», disse João Bonifácio Serra, historiador e coordenador da Casa Museu dos Patudos.
José Relvas «era um homem extremamente cuidadoso, seleccionava documentos que guardou», permitindo agora reconstituir aquela época, disse o também professor da Escola Superior de Artes e Design das Caldas da Rainha (Instituto Politécnico de Leiria) e membro do Instituto de História Contemporânea da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (Universidade Nova de Lisboa).
Os 12 volumes guardam recortes de jornais e revistas publicados entre 1906 e 1909, terminando em Abril desse ano, quando Relvas foi eleito para o directório do Partido Republicano. Os documentos reunidos nesta colecção por José Relvas ilustram a visão sobre a situação política em que se empenhou, em particular a luta dos produtores de vinho ribatejanos contra o decreto do ditador João Franco que protegia os vinhos licorosos do Douro.

Sem comentários: