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quarta-feira, 19 de maio de 2010

“Ciganos do Rio”

Um dos escritores mais importantes do neo-realismo português, Alves Redol, chamou-lhes os “ciganos do rio”. Os avieiros chegaram em meados dos séculos XIX às margens dos rios Tejo e Sado, oriundos de Vieira de Leiria. De barco ou em carroças, começaram a fixar-se, no início de forma sazonal, nas margens destes dois rios (e também na ria de Aveiro), à procura de sustento que não encontravam durante o Inverno nos mares do Atlântico da costa portuguesa ocidental. Vinham ao Tejo e regressavam durante o Verão às suas aldeias de origem.
Até que, a certa altura, foram ficando, construindo primeiro algumas habitações rústicas para passarem o Inverno, depois construindo casas mais sólidas e por fim o seu lar, que dividiam com o barco, a segunda casa onde trabalhavam, criavam os filhos e morriam.
«O Ribatejo»