
Sónia Sanfona ouviu dos responsáveis pelos dois únicos Centros Integrados para Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos Industriais Perigosos existentes no país, ambos instalados no concelho da Chamusca, preocupações não só quanto à legislação que permite a existência de concorrência desleal como também por terem ficado abaixo das expetativas quanto aos resíduos tratados num ano em que aumentaram as exportações portuguesas de resíduos perigosos.
“Comprometi-me a dar o meu contributo, fazendo ponte com o Ministério no sentido de tudo ser feito para se viabilizar um projeto cujo interesse para o país é mais do que reconhecido”, disse Sónia Sanfona à agência Lusa.
A visita aos dois CIRVER – situados no Ecoparque do Relvão, aposta do concelho da Chamusca para instalação de infraestruturas de recolha de resíduos, dos mais diversos níveis, e de empresas que se dedicam à reciclagem e reaproveitamento desses resíduos – surgiu na sequência de um convite feito à Governadora Civil pelo presidente da autarquia, Sérgio Carrinho (CDU).
A visita ao Ecoparque do Relvão foi antecedida de uma reunião com o executivo municipal, na qual Sónia Sanfona foi informada de algumas situações que preocupam os autarcas, também nas áreas da saúde e das acessibilidades.
A Governadora Civil realçou o facto de os autarcas da região revelarem compreensão com os constrangimentos que obrigaram à suspensão da concessão rodoviária do Ribatejo, em particular do troço do itinerário complementar 3 entre Almeirim e Chamusca, com uma nova travessia sobre o Tejo.
“Era importante dar um sinal de que, não obstante (a obra) ficar suspensa, esta é uma decisão que terá um tempo e que, mais cedo ou mais tarde, far-se-á”, disse à Lusa, acrescentando compreender que havia a expetativa de que o processo avançasse no primeiro semestre deste ano.
No seu entender, esta via “é uma necessidade premente não só para o Ecoparque como para o conjunto de outros parques industriais (da região) que revelam uma necessidade absoluta de escoamento” e ainda por uma questão de segurança, já que as localidades estão a ser “atravessadas por dezenas de camiões que transportam materiais perigosos”.
Na parte da tarde, Sónia Sanfona deslocou-se ao Hospital Militar em Lisboa, para uma visita aos dois militares ali internados que foram vítimas de um atropelamento quando seguiam em coluna junto ao quartel de Tancos.
Frisando que o seu primeiro objetivo é puramente “humanitário”, no sentido de se inteirar dos estado de saúde dos dois jovens e do acompanhamento que lhes tem sido prestado, a Governadora Civil disse á Lusa ser ainda sua preocupação insistir junto da Estradas de Portugal na “necessidade absoluta” de “ressinalizar” aquela via.
«In: O Ribatejo»
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