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domingo, 21 de fevereiro de 2010

CRÓNICA SEMANAL










Vanda Nunes, ex-presidente da Câmara Municipal de Alpiarça e nomeada recentemente vice-presidente da Comissão Coordenadora de Lisboa e Vale do Tejo afirmou ficar «surpreendida com o facto das obras de recuperação da Casa dos Patudos ainda não terem o visto do tribunal de contas» (ler: Vanda Nunes surpreendida com a falta de visto nas obras da Casa dos Patudos )

Vanda Nunes é que me surpreende com as suas afirmações porquanto, presidente da Câmara, deveria saber que determinadas obras públicas precisam do «visto do Tribunal de Contas» como a sua execução antecipada fica ferida de nulidade para além de ser ilegal.

Agrava, no meu ponto de vista, a sua afirmação já que continua a ser advogada e dizer tais opiniões em nada a dignifica quem foi presidente da autarquia para parecer uma atitude ingénua de quem é advogada.
Mais do que ninguém Vanda Nunes deveria saber que a sua declaração está ferida de credibilidade.

Falta-lhe consistência no que disse – salvo o devido respeito – mais parece uma desculpa infantil este seu desconhecimento sobre «vistos do Tribunal de Contas».

Como presidente da Câmara que foi, como advogada que é, como cumpridora da lei que deve ser, esta sua surpresa mais me parece uma desculpa esfarrapada para não assumir a responsabilidade perante a anomalia que originou deixando para Mário Pereira a solução do caso bicudo que lhe foi transmitido mas que felizmente soube resolver após um encontro no consenso da resolução do caso perante o Secretário de Estado da Cultura.

Não bastasse, a acrescentar à surpresa já descriminada Vanda Nunes até conseguiu iniciar a sua “Obra do Centenário da República” sem a confirmação dos apoios comunitários anexando a esta balbúrdia também a falta do parecer obrigatório do Ministério da Cultura.

Cada vez tenho menos consideração pela classe politica e de quem exerce e a representa como não acredito nas qualidades profissionais dos políticos.
Levei quase toda a semana a perguntar a mim próprio como foi possível Vanda Nunes ficar surpreendida com esta anomalia (lapso de memória ou desconhecimento da obrigação do visto) e estar neste momento a desempenhar o cargo de vice-presidente da Comissão Coordenadora de Lisboa e Vale do Tejo organismo que dá pareceres técnicos, que concede autorizações para obras de grandes investimentos e até concede pareceres para que algumas câmaras possam levar a efeito obras cujos valores e demais conceitos requerem o «visto do Tribunal de Contas», entre elas a de Alpiarça

Desejo que Vanda Nunes não tenha «estranhezas» no novo cargo mas que tenha o cuidado na qualidade de «vice-presidente» alertar as autarquias para que não se esqueçam de não iniciar seja que obra for sem o «visto do Tribunal de Contas” e demais formalidades.

Claro que o argumento de Vanda Nunes quanto a «ficar surpreendida» ou a «partida do desconhecido» não me merece qualquer credibilidade porque mais não foi do que uma afirmação de «bom gosto» e uma desculpa de mau pagador pela simples razão de não corresponder à verdade mas respeito a ideia da obtusa razão e os fins com que se destinaram.

Afinal em período eleitoral o que interessa á fazer e deixar “obra feita” mesmo que depois tenha que ser os outros a arcar com as responsabilidades e devidas consequências.

Coisas de políticos em que todos nós cremos para depois sermos levados nas suas doces palavras acabando nós por lhes perdoar estas “ingénuas argoladas”.

Por último, não quero deixar de elogiar Mário Pereira que nos fala a “verdade” – como todo o executivo da CDU.
Soube-nos oferecer um maravilhoso “Corso de Carnaval” com quase vinte carros alegóricos. Conseguiu trazer num dia chuvosas centenas de pessoas para a rua a fim de poderem assistir ao desfile.
Soube assim o executivo com «pouca parra dar-nos muita uva» tendo em atenção a quantidade de participantes que teimaram e souberam não deixar morrer o carnaval alpiarcense.
Os meus parabéns, quer para o executivo da CDU quer para todos os participantes que sem estes não teríamos o Carnaval que tivemos.
Mário Pereira, tranquilamente com os seus colegas de bancada começa a demonstrar que sabe utilizar em benefício da população os poucos recursos ao seu alcance oferecendo ao concelho aquilo que já foi tradição mas que o anterior executivo nunca soube explorar da melhor forma.

Por: António Centeio

3 comentários:

Anónimo disse...

ROSA do Céu sai de cara limpa de tantas e tantas obras acabadas e não pagas?
E o Vereador Ferreirinha que era o “expert” em fundos comunitários e outras obras que já se sabe que estão concluídas, adjudicadas outras meias concluídas mas estão por pagar.
Afinal para onde foi tanto milhão de euros?
Foi Rosa do Céu que deu inicio a toda esta situação.
A SÓNIA SE GANHASSE ERA PARA QUEIMAR ELA E A REGINA IAM DAR EM DOIDAS PARA TOMAR CONTA DE TANTA INTRUJICE, DE TANTA DIVIDA DE TANTA COISA MAL ESCLARECIDA.
ACHO QUE O TEMA MERECE UMA CRÓNICA BEM FORTE A "DAR NO OSSO" AO TAL AUTARCA DE EXCELÊNCIA QUE QUANDO VIU O BARCO A IR AO FUNDO DEBANDOU PARA OS TURISMOS E AGORA OS OUTROS QUE SE AMOLEM.
SABEMOS QUE SEMPRE FOMOS UMA CAMARA POBRE A CONTAR TOSTÕES E A OLHAR PARA O FUNDO DA GAVETA.
AFINAL OS GRANDES GESTORES, FIZERAM GRANDES OBRAS MAS POUCO OU NADA PAGARAM.
UMAS ESTÃO PARA PAGAR AOS BANCOS, OUTRAS AOS EMPREITEIROS E OUTRAS AINDA NOS TRIBUNAIS.

Anónimo disse...

A Sónia Sanfona também foi conivente com esta situação.
Também pertence ao partido que premeia quem deveria ser castigado.
Vejam-se os casos:
1.O relatório do BPN e perder as eleições em Alpiarça deram-lhe o lugar de Governadora Civil;
2. As incompetências da gestão Rosa do Ceú abriram as portas à presidência da Região de Turismo;
3. Vanda Nunes, pupila de Rosa do Ceú, foi agora agraciada como vice-presidente da CCDR.
A imoralidade no seu melhor.

Anónimo disse...

Essa do "fazer renascer o carnaval" tem muito que se lhe diga.
É que pelos vistos sempre há muito dinheiro na câmara, já que este executivo deu a cada "carro???" 250€.
Assim também eu participava, como alguns que pegaram nas motoretas e lá foram ganhar 250€.
E chamam a isto "renascimento"?
Eu diria melhor:"compraram um carnaval.
P.A.E