Os trabalhadores da administração pública vão perder privilégio no acesso a tratamentos pagos pelo Estado. Deixarão de ter direito a terapêuticas disponíveis em unidades privadas com acordos com a ADSE, sempre que elas não estejam igualmente disponíveis para a população que apenas tem porta aberta no Serviço Nacional de Saúde (SNS), onde a lista farmacológica é mais restritiva.
A alteração deverá ser concretizada assim que o subsistema mudar de mãos: das Finanças para a Saúde. O gabinete de Paulo Macedo, ministro da Saúde, diz que "não há uma data" para transferir a tutela da ADSE, embora sublinhe que "deverá ser ainda este ano".
A proposta de 'nivelamento' dos cidadãos surge depois de médicos terem denunciado, no ano passado, que o Estado dá aos funcionários públicos com cancro que são tratados no sector privado medicação que recusa aos restantes portugueses igualmente doentes seguidos no SNS.
O bastonário da Ordem dos Médicos contesta o "golpe". "Estão a querer nivelar o acesso à inovação por baixo. Devemos ser todos iguais, mas no acesso à inovação, quando tem justificação clínica e científica", afirma José Manuel Silva.
«Expresso»
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