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sábado, 19 de outubro de 2013

Tomada de posse de presidente da Assembleia de Freguesia de Alpiarça

Tomada de posse de presidente da Assembleia de Freguesia de Alpiarça
18.10.2013


Caro António Centeio,
Como presidente da Assembleia de Freguesia de Alpiarça, ontem à noite eleito para o cargo, na assembleia de Freguesia de Alpiarça reunida no Salão da Junta, quero apresentar os meus cumprimentos ao Blog Jornal Alpiarcense.
Estarei ao vosso dispor no sentido de, através desse meio e nas competências que ao referido órgão autárquico dizem respeito, dar a conhecer as nossas actividades.
Será, estamos certos, uma das formas de aproximar os eleitos dos eleitores alpiarcenses.
Em anexo (ler mais abaixo) tomo a liberdade de remeter excertos da minha comunicação na referida sessão da Assembleia de Freguesia.
Com os melhores cumprimentos, também pessoais,
Ricardo Hipólito


"Depois de proceder às saudações aos eleitos da Assembleia, à nova presidente da Junta de Freguesia e aos seus restantes elementos, aos munícipes presentes e, em particular a Joana Serrano, presidente cessante da Junta de Freguesia de Alpiarça.
De seguida referiu que “da minha parte e dos membros da mesa da AF, fica o compromisso – e outro não poderia ser – de que pugnaremos pela isenção na direcção das assembleias, esperando, para um bom desempenho, a colaboração de todos os seus membros”.
Continuou, afirmando que “vamos exercer estes cargos, para os quais fomos eleitos no passado dia 29 de Setembro, num período extremamente difícil da vida do nosso país, em que parte da soberania está suspensa e debaixo de uma profunda crise económica e social, em que os sacrifícios parecem ser em vão.
Tal facto reflecte-se no dia-a-dia da maioria dos portugueses e, naturalmente, na gestão dos territórios, nomeadamente no desempenho das autarquias.
Se as populações esperam das Juntas e das Câmaras desempenhos elevados para melhorarem os seus níveis de qualidade de vida, em épocas como esta, mais esperam desses órgãos da gestão administrativa que se encontram na primeira linha, ou seja, os de proximidade.
E desses órgãos esperam agora a resolução de outro tipo de problemas derivados da política desastrosa que o governo PSD/CDS e da Troika vem implementando, revelando um desnorte, uma chocante insensibilidade social e mesmo desprezo pelas pessoas.
Por isso, a nossa responsabilidade fica acrescida. Por isso e sem que cada força política aqui representada se descaracterize, quer programática, quer ideologicamente (porque no poder local também há ideologia), é necessário que os interesses de Alpiarça, dos alpiarcenses e dos que, não tendo cá nascido, escolheram este concelho para viverem ou trabalharem, seja o objectivo supremo de todos nós.
Fomos adversários políticos. E, naturalmente, iremos continuar a sê-lo, sem qualquer tipo de drama. Mas não somos inimigos e, certamente, comungamos de muitos objectivos para uma vida e um concelho cada vez melhor.
Temos também responsabilidades acrescidas numa época em que uma parte nada despiciente do eleitorado fica à margem de actos tão importantes como as eleições. Mesmo naquelas em que a proximidade é maior.
Não será, com certeza com o verbo fácil contra a política, os políticos e os partidos que se motivarão os cidadãos a participar na vida pública e política. Nem todas as políticas, nem todos os políticos, nem todos os partidos são iguais.
É certo que a intervenção política e cívica não passa só por partidos, mas passa seguramente por eles.
Alguns vociferam contra a política, mas fazem-na. O que é isto se não fazer política? Vociferam contra o “sistema”, mas movem-se nele. Vociferam contra os partidos, mas quando estes lhes dão jeito, agarraram-se a eles como a lapa à rocha.
Alpiarça, apesar de tudo, teve níveis de participação eleitoral um pouco superior à  média nacional. Em duas mesas a participação atingiu (ou superou mesmo) os 70%.
Mas é preciso não esquecer que noutras duas (nos Frades), metade dos potenciais eleitores não exerceu o seu direito cívico. Noutra mesa, a nº 2 e na mesa instalada no Casalinho, o número de votantes não chegou aos 55% dos inscritos.
É preocupante! Não é, pois, com o lançamento de ventos demagógicos que se atrairão os cidadãos a participarem na vida democrática, onde as eleições são actos muito importantes. As tempestades, mais cedo ou mais tarde, colhem-se.
E também não se pense que a responsabilidade de tão alta abstenção é apenas dos poderes. É verdade que também o é, mas não só.
Os diversos agentes políticos tem a sua responsabilidade. Por exemplo, agora nós, os eleitos, quer da maioria, quer da oposição”.
Quase a concluir apelou para que “saibamos conjugar vontades quando são os interesses mais elevados de Alpiarça e dos alpiarcenses que estão em jogo,
saibamos destrinçar o mesquinho do essencial,
saibamos merecer a confiança que os eleitores depositaram em nós”.
Concluiu a sua intervenção com “duas breves evocações. De pessoas e de actos de outros tempos. Porque essas pessoas e os seus actos podem servir de alento para tempos tão difíceis.
Uma, refere-se ao primeiro presidente deste órgão eleito democraticamente, em Dezembro de 1976, então militante do PCP, integrado nas listas da FEPU (Frente Eleitoral Povo Unido - uma das organizações antecessoras da CDU), João Serrano.
(…)
A outra, ao primeiro presidente da JF em Democracia, eleito igualmente pela FEPU, como independente, Homero Bento Machacaz."
(…)”.

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