O ministro dos Negócios Estrangeiros,
Paulo Portas, não desiste de tentar convencer a troika a deixar cair a
nova taxa sobre as pensões. De acordo com o Sol, foi nessa mesma tecla
que o líder do CDS bateu quando recebeu os chefes da missão, esta
quinta-feira, no Palácio das Necessidades.
Os chefes da missão da troika, presentes em Portugal, foram ontem
recebidos, por um ministro que tem ele próprio uma missão: convencê-los
da necessidade de deixar cair o novo imposto sobre os reformados.
Com argumentos de inconstitucionalidade e de nova perda do consumo
interno, Paulo Portas tentou demonstrar à troika, qual a razão de ter
posto, nesta proposta, “uma barreira” que poderia ameaçar a
sustentabilidade da coligação governamental.
Na sua mais do que comentada declaração ao País, o ministro deixou um
recado, que é mais simpático em inglês do que em português. Portas
disse não ter interesse na “permanência desses senhores [gentleman, cuja
tradução literal significa homens gentis] entre nós".
Segundo o Sol, Portas sabe que este não será um recuo fácil para os
credores, mas a concertação com o primeiro-ministro, Passos Coelho, deu
aos dois “tempo” - para usar uma expressão de um alto dirigente do PSD -
para resolver o caso.
Por outro lado, a guerra do ministro centrista dentro do Governo é
mais com Vítor Gaspar e a sua pasta das Finanças do que com Passos. O
secretário de Estado da Administração Pública Hélder Rosalino, ainda
esta quarta-feira, voltou a salientar a importância da aplicação da nova
taxa aos pensionistas.
«NM»
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