Não é meu hábito escrever para jornais. Aliás, este é o meu primeiro
apontamento desde que leio o Jornal Alpiarcense e já lá vão quatro ou
cinco anos. Sou alpiarcense dos três costados embora fosse para fora do
concelho há alguns anos por motivos profissionais. Por cá tenho filhas,
genros e netos e também alguns bens provenientes de herança dos meus
pais e onde venho com alguma regularidade.
Tenho de reconhecer que o Jornal Alpiarcense é, neste momento e desde 2009, um elo de ligação importante, entre quem está fora e a sua terra.
Há alguns tempos, para não dizer há anos, temos vindo a ser confrontados com uma notícia, entre outras, que antes falava de trapalhadas num prédio em Propriedade Horizontal e agora de um Lote 10 que, penso ser um e outro a mesma coisa. O que sabemos deste caso é o que nos vai chegando através de artigos e comentários publicados neste jornal, ultimamente diga-se, com mais acutilância. Não temos qualquer eco vindo da Câmara Municipal, que parece ser a principal visada nos vários escritos. Pelo insistente bater de tecla, não me parece que seja um facto forjado ou sem sentido, como tantas notícias que nos entram pela casa dentro. Acredito que alguma coisa haverá com isto ou por detrás disto com alguma gravidade. Parece-me ser esta insistência mais um grito que clama por justiça do que outra coisa. Não vimos aqui a Câmara nem os eventuais implicados ou beneficiados do cambalacho, a dizer o que quer que seja.
Por isso, sou de opinião que seria importante, a Câmara Municipal emitir uma opinião sobre o que se está a passar. O nosso presidente tem emitido tantos esclarecimentos em casos até que me parecem menos gravosos que o caso presente. Nada mais desconcertante existe do que a suspeição e a falta de esclarecimento.
Este caso é real ou não? Pode ser resolvido ou não? Existe falha ou erro da câmara ou não? O erro foi do construtor? O erro é dos proprietários do condomínio? O erro é de todos? Ou pelo contrário ninguém cometeu erros?
A Câmara admitiu haver obras ilegais com a aplicação de contra-ordenações e coimas. Já legalizou essas obras conforme determina a Lei? Se não legalizou está à espera de quê? Oito anos(!)não é tempo suficiente? Não tem condições para o fazer por falta de acordo entre proprietários do prédio? E o que é que a Câmara tem a ver com isso? A Câmara convoca os proprietários do prédio (audiência prévia) e informa-os da sua decisão. Qual é o problema para a Câmara Municipal de Alpiarça ou de outra qualquer agir na legalidade?
Por que é que a Câmara Municipal, nomeadamente o seu presidente demonstra tanta passividade e indecisão nesta matéria? Porque deixa arrastar por tanto tempo um problema que nem me parece dos mais difíceis de resolver face à legislação existente?
E a maior estranheza, é o facto de ser um caso transversal a três presidentes de Câmara e nenhum deles ter tido a coragem de agir ou dizer o que realmente se passa.
Estão a proteger alguém? Não querem prejudicar com uma eventual acção quem cometeu ilegalidades? Pensam que haverá alguém da própria Câmara que poderá ser apanhado no processo de apuramento de responsabilidades? Parece-me que, alguma coisa deverá ser feita. Doa a quem doer. Quanto mais não seja, em nome da imparcialidade, honestidade e transparência que devem ser apanágio de um órgão de administração pública. Bem como,
para descanso dos envolvidos e de todos aqueles que conhecem, mesmo superficialmente a história. A demora, acaba no fim de contas, por ser desgastante para todos.
Decidam-se! Mexam-se! Informem-se! Resolvam definitivamente o problema que se arrasta de forma vergonhosa há tantos anos. Porque se não o fizerem, um dia alguém o fará por vós.
E nessa altura quais são os argumentos que vão apresentar em vossa defesa?
Por: M.ATenho de reconhecer que o Jornal Alpiarcense é, neste momento e desde 2009, um elo de ligação importante, entre quem está fora e a sua terra.
Há alguns tempos, para não dizer há anos, temos vindo a ser confrontados com uma notícia, entre outras, que antes falava de trapalhadas num prédio em Propriedade Horizontal e agora de um Lote 10 que, penso ser um e outro a mesma coisa. O que sabemos deste caso é o que nos vai chegando através de artigos e comentários publicados neste jornal, ultimamente diga-se, com mais acutilância. Não temos qualquer eco vindo da Câmara Municipal, que parece ser a principal visada nos vários escritos. Pelo insistente bater de tecla, não me parece que seja um facto forjado ou sem sentido, como tantas notícias que nos entram pela casa dentro. Acredito que alguma coisa haverá com isto ou por detrás disto com alguma gravidade. Parece-me ser esta insistência mais um grito que clama por justiça do que outra coisa. Não vimos aqui a Câmara nem os eventuais implicados ou beneficiados do cambalacho, a dizer o que quer que seja.
Por isso, sou de opinião que seria importante, a Câmara Municipal emitir uma opinião sobre o que se está a passar. O nosso presidente tem emitido tantos esclarecimentos em casos até que me parecem menos gravosos que o caso presente. Nada mais desconcertante existe do que a suspeição e a falta de esclarecimento.
Este caso é real ou não? Pode ser resolvido ou não? Existe falha ou erro da câmara ou não? O erro foi do construtor? O erro é dos proprietários do condomínio? O erro é de todos? Ou pelo contrário ninguém cometeu erros?
A Câmara admitiu haver obras ilegais com a aplicação de contra-ordenações e coimas. Já legalizou essas obras conforme determina a Lei? Se não legalizou está à espera de quê? Oito anos(!)não é tempo suficiente? Não tem condições para o fazer por falta de acordo entre proprietários do prédio? E o que é que a Câmara tem a ver com isso? A Câmara convoca os proprietários do prédio (audiência prévia) e informa-os da sua decisão. Qual é o problema para a Câmara Municipal de Alpiarça ou de outra qualquer agir na legalidade?
Por que é que a Câmara Municipal, nomeadamente o seu presidente demonstra tanta passividade e indecisão nesta matéria? Porque deixa arrastar por tanto tempo um problema que nem me parece dos mais difíceis de resolver face à legislação existente?
E a maior estranheza, é o facto de ser um caso transversal a três presidentes de Câmara e nenhum deles ter tido a coragem de agir ou dizer o que realmente se passa.
Estão a proteger alguém? Não querem prejudicar com uma eventual acção quem cometeu ilegalidades? Pensam que haverá alguém da própria Câmara que poderá ser apanhado no processo de apuramento de responsabilidades? Parece-me que, alguma coisa deverá ser feita. Doa a quem doer. Quanto mais não seja, em nome da imparcialidade, honestidade e transparência que devem ser apanágio de um órgão de administração pública. Bem como,
para descanso dos envolvidos e de todos aqueles que conhecem, mesmo superficialmente a história. A demora, acaba no fim de contas, por ser desgastante para todos.
Decidam-se! Mexam-se! Informem-se! Resolvam definitivamente o problema que se arrasta de forma vergonhosa há tantos anos. Porque se não o fizerem, um dia alguém o fará por vós.
E nessa altura quais são os argumentos que vão apresentar em vossa defesa?
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3 comentários:
Depois de tudo o que temos vindo a assistir, sem um ai ou um ui da câmara municipal de Alpiarça, esta chamada de atençâo deste alpiarcense não pode deixar ninguém indiferente à "estranha" situação. Nem a própria câmara, poderá dizer que tudo isto é só fumaça ecrita por "anónimos" e não tem importância nenhuma.
Tenho para mim, que alguém em tempo de eleições vai aproveitar a situação e não sei até a que ponto isto irá chegar e os efeitos que poderá ter em Setembro nas urnas. Não sei nao.
Um tornado começa sempre com um pequeno redemoinho.
O PS/Alpiarça que o diga.
Conheço mal a história e tenho pouca paciência para casos longos e complicados. De qualquer forma, também estou de acordo que, para não haver dúvidas, especulações e aproveitamentos, deve a Câmara Municipal de Alpiarça através do seu Presidente, colocar tudo em pratos limpos.
Cheira-me que aqui há gato e com um enredo manhoso. O problema é que há sempre um rabo que fica de fora. E, por amor ao santo, um gato não é propriamente um tigre!
O meu pai sempre me dizia: "Todos estamos sujeitos a errar mas,cada um deve assumir os seus erros e as suas responsabilidades, preferencialmente de cabeça erguida".
Pois é, mas estes executivos dos últimos anos preferem não assumir por inteiro as suas responsabilidades e em vez de andarem de cabeça erguida preferem enterrá-la na areia, como a avestruz.
É tudo boa malta.
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