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quinta-feira, 11 de outubro de 2012

POLITICA: " sempre a mesma velha cassete"

Estes, daqui a 100 anos ainda andarão com a mesma velha cassete, embora sem leitor para a tocar
Como é que Alpiarça pode evoluir com mentalidades destas?

"Em 1992 o PCP, Álvaro Cunhal e Carlos Carvalhas faziam finalmente a crítica aos regimes comunistas que tinham implodido nos anos anteriores. Duas décadas passadas, Jerónimo de Sousa diz que o programa do partido deve «ter em conta o desenvolvimento que se verificou».

O texto diz que a queda dos regimes de Leste «não anula as grandes realizações do socialismo e os avanços de civilização que lhe estão associados». É uma revisão histórica que exalta o socialismo real, relativizando os seus erros.

«O sistema socialista tornou-se um factor determinante do desenvolvimento mundial», diz o programa que será aprovado no próximo congresso do PCP. Concluindo pelo aprofundamento da crise do capitalismo, o manifesto mostra esperança em que seja possível voltar ao que considera a pureza do dos melhores tempos do socialismo real.

«Os países socialistas alcançaram êxitos e realizações de grande projecção internacional e estimularam a luta dos trabalhadores». Também «puseram em prática formas de democracia participativa de grande significado». As consequências do fim da URSS são agora descritas pelo PCP como «trágicas».

E as razões para o fracasso do comunismo no séc. XX aparecem identificadas como a pressão do imperialismo. «As condições externas (...) contribuíram para os atrasos, erros e deformações que se verificaram». Acrescem as «graves cedências, capitulações e traições» que «acabaram por conduzir à derrota».

A visão da Europa altera-se no novo programa. Sem pejo em carregar nas críticas: «O PCP continuará a pautar a sua intervenção (...) pelo combate à União Europeia como bloco político-militar imperialista».

O nome do programa também muda. Há vinte anos, o PCP criava a expressão «Uma democracia avançada no limiar do Século XXI», instituindo-a como objectivo para Portugal. Agora, uma década depois da entrada no novo milénio, muda o programa e propõe: «uma Democracia Avançada – Os Valores de Abril»."


2 comentários:

Anónimo disse...

Essa tirada é hilariante ".../e estimularam a luta dos trabalhadores"
Não deviam ser os trabalhadores da ex-URSS que esses não tinham direito a greve, manifestação ou qualquer atitude contra o PCUS.
Nem livremente se podiam deslocar para o ocidente.
Chegavam à ex-RDA e batiam com o nariz no muro.
Não deviam ser considerados trabalhadores, eram apenas "camaradas".
O regime era tão bom que podendo votar livremente nunca mais os puseram no limiar do poder.

Anónimo disse...

Andei a ler os documentos para o Congresso do PCP e não consigo ver o que aqui se afirma. Será que o distinto analista tem documentos piratas?
Além disso retirar partes de frases e desinseri-las do seu contexto é um exercício de desonstidade intelectual e uma manipulação grosseira que ajuda a perceber as qualidades do analista (de baixo nivel).