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sexta-feira, 5 de outubro de 2012

"Aumento do IRS é assalto à mão armada que mata classe média"

O conselheiro de Estado e ex-presidente do PSD Marques Mendes diz que o aumento de IRS "não é para fustigar a classe média, é para matar a classe média".

O conselheiro de Estado e ex-presidente do PSD Marques Mendes classificou esta noite, em declarações à TVI 24, o aumento de IRS proposto pelo Governo como um "assalto à mão armada" aos contribuintes, que "mata" a classe média.
"Isto é um assalto fiscal. Não é um agravamento fiscal, nem um aumento fiscal enorme como dizia o ministro das Finanças, isto é uma espécie de assalto à mão armada ao contribuinte", declarou na noite de quinta-feira ao canal de televisão.

Segundo Luís Marques Mendes, o aumento do IRS (Imposto obre o Rendimento de Pessoas Singulares) "é uma brutalidade" para a classe média.

"Não é para fustigar a classe média, é para matar a classe média", sustentou, numa crítica à redução dos escalões de IRS, com o consequente aumento das deduções, anunciada na quarta-feira pelo ministro das Finanças, Vítor Gaspar, que admitiu um "enorme aumento" de impostos.

Para o conselheiro de Estado, a subida da carga fiscal vai conduzir o país a "mais recessão, mais economia paralela, mais fuga aos impostos, mais desemprego e mais prestações sociais, ou seja, a mais despesa social e menos receita".

A alternativa, apontou, era se o Governo PSD/CDS-PP tivesse a coragem de cortar na despesa do Estado". "Eu sempre critiquei o Governo anterior por não ter coragem de tocar nisto, mas estes são iguais. Esta é a receita própria do PS. O PS é que normalmente é 'Estado grande, impostos altos'", afirmou, criticando o ministro da Economia por andar "desaparecido em combate, eclipsado".

O antigo presidente do PSD desafiou, a este propósito, Álvaro Santos Pereira a "mostrar que vale qualquer coisa" e a "bater o pé no Conselho de Ministros", que reúne-se extraordinariamente no domingo, "para que o Orçamento [para 2013] tenha algum estímulo à economia, às empresas, aos empresários".

Caso contrário, advogou, "temos de mudar de ministro da Economia"."Não fico preocupado em ter um ministro das Finanças com um peso político brutal. O que me preocupa é ter um ministro da Economia que é um défice colossal", frisou.

Enviado por um colaborador
Fonte:
«Diário Económico»

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