O conselheiro de Estado e ex-presidente do PSD
Marques Mendes classificou esta noite, em declarações à TVI 24, o
aumento de IRS proposto pelo Governo como um "assalto à mão armada" aos
contribuintes, que "mata" a classe média.
"Isto é um assalto
fiscal. Não é um agravamento fiscal, nem um aumento fiscal enorme como
dizia o ministro das Finanças, isto é uma espécie de assalto à mão
armada ao contribuinte", declarou na noite de quinta-feira ao canal de
televisão.
Segundo Luís Marques Mendes, o aumento do IRS (Imposto
obre o Rendimento de Pessoas Singulares) "é uma brutalidade" para a
classe média.
"Não é para fustigar a classe média, é para matar a
classe média", sustentou, numa crítica à redução dos escalões de IRS,
com o consequente aumento das deduções, anunciada na quarta-feira pelo
ministro das Finanças, Vítor Gaspar, que admitiu um "enorme aumento" de
impostos.
Para o conselheiro de Estado, a subida da carga fiscal
vai conduzir o país a "mais recessão, mais economia paralela, mais fuga
aos impostos, mais desemprego e mais prestações sociais, ou seja, a mais
despesa social e menos receita".
A alternativa, apontou, era se o
Governo PSD/CDS-PP tivesse a coragem de cortar na despesa do Estado".
"Eu sempre critiquei o Governo anterior por não ter coragem de tocar
nisto, mas estes são iguais. Esta é a receita própria do PS. O PS é que
normalmente é 'Estado grande, impostos altos'", afirmou, criticando o
ministro da Economia por andar "desaparecido em combate, eclipsado".
O
antigo presidente do PSD desafiou, a este propósito, Álvaro Santos
Pereira a "mostrar que vale qualquer coisa" e a "bater o pé no Conselho
de Ministros", que reúne-se extraordinariamente no domingo, "para que o
Orçamento [para 2013] tenha algum estímulo à economia, às empresas, aos
empresários".
Caso contrário, advogou, "temos de mudar de
ministro da Economia"."Não fico preocupado em ter um ministro das
Finanças com um peso político brutal. O que me preocupa é ter um
ministro da Economia que é um défice colossal", frisou.
Enviado por um
colaborador
Fonte:«Diário Económico»
Sem comentários:
Enviar um comentário