A Câmara tinha conhecimento
que a empresa inter-municipal ‘Águas do Ribatejo” estava a fornecer água aos
alpiarcenses com arsénio, uma substância altamente cancerosa, mas não tomou medidas
para informar a população do que estava a acontecer e muito menos a ‘Águas do
Ribatejo’ o fez.
É o próprio
presidente Mário Pereira que o afirma, em declarações prestadas (podem ser
lidas em: População
de Alpiarça bebe água com arsénio a mais há cinco anos ) quando diz que está
“satisfeito com a intenção de se resolver agora a situação de vez” para
acrescentar que a “Câmara e a ‘Águas do Ribatejo’ esforçaram-se por avançar com
a solução”.
Uma “solução que
já vem desde 2004 e quer a Câmara quer a ‘Águas do Ribatejo’ nunca tiveram a
coragem de informar os consumidores porque nunca emitiram avisos específicos
sobre a situação.
Apenas foi feito
durante o mandato socialista cuja advertência estava incluída na factura aos
consumidores, quando a câmara fornecia a água e “aviso” este que mais não foi
do que uma sugestão da então presidente da Assembleia Municipal, Vera Noronha.
A partir do novo executivo da CDU os ‘alertas’ deixaram de constar nas factura.
Como se não
bastasse, quer a Câmara e agora a ‘Águas do Ribatejo” usaram de várias
“derrogações” de forma a obterem das “entidades que superintendem o sector”
para fornecerem água com valores acima do legalmente estabelecido” de forma a
ser omitido os resultados.
“Surge no
relatório da qualidade da água do segundo trimestre deste ano com o resultado
de cumprimento a 100 por cento nas duas últimas análises, quando na realidade a
quantidade de arsénio é superior a 10 microgramas” que mais não passa de uma
falseamento dos resultados.
Foi preciso a
Comissão Europeia ter conhecimento disto, por causa das “sucessivas
derrogações” para impor prazos à empresa
fornecedora do abastecimento de água para a solucionar de vez aquilo que andou
a “esconder” dos consumidores.
E como se a água
que os alpiarcenses consomem fosse de “boa qualidade, como diz a publicidade
que a ‘Aguas do Ribatejo’ nos impinge diariamente na comunicação social, vem
agora o seu porta-voz dizer hipocritamente que “apesar dos valores estarem
acima do permitido estes não são preocupantes” para não conseguir contrariar em
substância a determinações da Organização Mundial de Saúde e da própria
Comissão Europeia.
Quer o executivo
da CDU quer a ‘Águas do Ribatejo” ao não informar os consumidores de que a água
que tem vindo a ser consumida desde 2004 continha arsénio em nada dignifica estas
entidades e não compreendemos como é que Mário Pereira compactuou com este
‘silêncio’
Salientamos que
a ’Aguas do Ribatejo’ continua a não fornecer água em qualidade já que um
leitor nos fez chegar uma fotografia com as impurezas que retirou do filtro da
sua torneira (ver foto do lado direito) que mais não são do que mixórdias que
estão na água que consumimos.
Na ‘notícia’ que
a CMA publicou e onde recolhemos os dados para esta notícia podem ser
recolhidas mais informações.
Salientamos que
a ’Aguas do Ribatejo’ continua a não fornecer água em qualidade já que um
leitor nos fez chegar uma fotografia com as impurezas que retirou do filtro da
sua torneira (ver foto do lado direito) que mais não são do que mixórdias que
estão na água que consumimos.
NR: Esta
informação foi obtida numa noticia publicada numa página das redes
sociais da Câmara Municipal de Alpiarça e extraída do semanário 'O Mirante',
segundo informa a autarquia. Limitamo-nos a transcrever parte da mesma. Estando a mesma publicada na respectivas
rede, logo é "público". No entanto mencionamos as respectivas
fontes por uma questão de principios e de cortesia. Limitamo-nos assim a
transcrever excertos da notícia publicada (dado o interesse da mesma)
nomeadamente a página da CMA que é ‘pública’ e cujas “fontes” já se encontram
acima mencionadas. As
respectivas alterações no texto são da nossa responsabilidade.
9 comentários:
O arsênico sempre foi um veneno temível por ser facilmente solúvel em qualquer bebida e também por não ter sabor, cor ou odor característicos. E pequenas doses também podem deixar uma pessoa doente de maneira gradual.
Pesquisadores da Universidade John Hopkin, nos EUA, descobriram uma associação forte entre diabetes tipo 2, a mais comum, e os níveis de arsênico na urina dos pacientes. “Parece que não existe um nível seguro de arsênico”, disse a Dra. Ana Navas-Acien, para a Reuters.
Além de muitas pessoas preferirem beber água mineral extraída de poços e veios subterrâneos há certas regiões do planeta que possuem os recursos hídricos escassos e precisam optar pelas fontes de água subterrânea.
Ana disse que o arsênico aumenta as chances de câncer de bexiga, pulmão, rim, pele e, talvez de próstata também.
Dos 800 voluntários do estudo 20% tinham toleráveis 16,5 microgramas de arsênico por litro de urina, e também tinham 3,5 vezes mais chances de desenvolver diabetes do que os 20% com menos arsênico (3 microgramas por litro). Os níveis de arsênico também eram 26% maiores nas pessoas que tinham diabetes tipo 2, do que naquelas sem a doença.
No Brasil até 5 microgramas de arsênico por litro são permitidos na água potável, de acordo com a legislação, segundo o professor de geologia Eduardo Hinvi, que trabalha no Laboratório de Pesquisas Hidrológicas da Universidade Federal do Paraná, que não participou do estudo. Segundo ele a água mineral não é necessariamente mais saudável do que a água tratada da sua torneira. A legislação obriga que cada poço tenha um químico responsável que certifique que a água esteja dentro dos níveis seguros para ingestão humana. “O problema é que ninguém faz isso”, disse o professor adicionando que o custo do procedimento pode ultrapassar R$ 2 mil. O professor Hinvi também disse que, periodicamente, todas as grandes fontes de água mineral varejistas são analisadas obrigatoriamente.
O arsênico contamina a água potável ingerida por milhões de pessoas na Argentina, Chile, EUA, Europa Central e Bangladesh, onde a água mineral é a principal fonte e a terra possui maiores concentrações de arsênico. Nos EUA, 90% dos casos de diabetes são do tipo 2, variedade em que o corpo perde a capacidade de produzir insulina. A Dra. Ana disse que o arsênico pode ter um grande papel na incidência de diabetes, mas seria difícil saber o quanto. O que já sabemos é que o arsênico acumula no corpo humano e danifica a capacidade do corpo produzir insulina para converter açúcar
em energia.
O estudo foi publicado na revista científica Journal of the American Medical
Association. [AFP, Reuters]
que vergonha pá. deviam ser obrigados a beber agua da rede até rebentarem
A propósito desta notícia, apetece-me fazer os seguintes comentários.Concordo com quase tudo o que nela é dito, mas quero centrar-me na atitude do Jornal O Mirante relativamente a tudo o que respeite aos Presidentes de Câmara Socialistas que não "colaborem" com o Jornal.Como é sabido o sr. Emídio tem alguns inimigos de estimação; lembro-me das suas diatribes em relação ao António Rodrigues de Torres Novas, ao Barreiros de Santarém ou ao Rosa do Céu de Alpiarça. Vejamos os factos:é feita uma grave acusação à Câmara dirigida por Rosa do Céu(com grande destaque na 1ª.página)que, apesar de tudo informava os consumidores dos resultados das análises.Sobre o actual Presidente da Câmara, Mário Pereira é dito que o homem se mostra satisfeito com a intenção de se resolver agora a situação. Ignorando por completo o facto de o homem se encontrar há 3 (TRÊS) anos a presidir à Câmara.Quanto às graçolas relativas à Sónia Sanfona e à Vanda Nunes, é curioso também que o Sr. Neves nunca tenha brincado com casos como os de Raul Figueiredo ou Armindo Pinhão.De resto, para vermos a imparcialidade do jornal, pergunto: se a Arpica fosse dirigida por socialistas o Mirante esqueceria o que lá se passa, como tem feito?
A propósito do comentário das 13:54, quero dizer que considero que a notícia do mirante até está bastante objectiva. É um facto que de 2004 a 2009 tanto o Rosa do Céu como a Vanda Nunes não fizeram nada em relação ao problema das águas. É também um facto que o actual presidente, Mário Pereira, tem razões para estar satisfeito porque é finalmente com este executivo que a empresa Águas do Ribatejo está a construir a ETA de meio milhão de euros em Alpiarça para resolver o problema. Nós alpiarcenses podemos estar agora descansados. Se fosse o PS que estivesse na Câmara, se calhar nem se falava nisto. A CDU até fala do problema e explica tudo nas redes sociais
São os dois iguais.O que qualquer um devia ter feito era avisar a população de que a água era imprópria para beber, para cada um tomar as medidas que achasse necessárias.
Por sua vez existe um problema de defesa do consumidor.
Como é que se pode pagar uma água como "boa" se a mesma não reúne todas as condições de potabilidade?
Num país decente, as Aguas do Ribatejo ver-se iam inundadas de processos de devolução das verbas cobradas desde 2004, e ainda haveria que apurar se nenhum falecimento pode ter sido acelerado por água venenosa, e responsabilizada essa empresa.
O que mais me choca é que até neste tema têm de meter a política partidária em primeiro lugar em vez de se preocuparem com as consequências na saúde pública de toda uma população.
deixem-se de balelas, estou-me me lixando para se a culpa é do PS ou do PC.
Mas andam a brincar com a súude das pessoas e ainda têm o descaramento de usar isso com fins politicos.
Por mim iam todos presos numa cela de 3x3 metros e uma retrete, todos lá juntos, Rosa do Ceu, Vanda e Mario Pereira.
Quem despreza a saude dos seus municipes, não merece qualquer perdão.
E esse senhor que fez um comentário às 16:03 deveria ir preso com eles que já percebemos que nao se esta preocupando com a saude das pessoas mas apenas com a manutenção do seu tacho politico.
E esse Mario Atracado deveria ter vergonha na cara, que andou a apregoar-se como sendo gente séria e nunca informou para os municipes terem cuidado e evitarem beber água na torneira. Não lhe custava nada, era só avisar as pessoas. Mas deve ter ficado com medo que os seus amiguiunhos das Aguas do ribatejo ralhassem com ele e comprometessem ho que está reservado um da numa qualquer empresa intermunicipal e vai dai desatou a fazer o jogo errado.
Sr. Presidente, o senhor é uma desilusão e é uma vergonha pa Alpiarça. Vá dar aulas e entregue a camara a um dos vereadores que qualquer um deles toma conta melhor da pocilga do que o senhor.
TG
A QUANTIDADE DE ARSÉNICO NA AGUA
DA REDE PUBLICA QUE MUITOS DE NÓS CONSUMIMOS NÃO É PERMITIDO POR LEI ! ENTÃO É CRIME? OU PEDE-SE OCULTAR ESTA GRAVE SITUAÇÃO PARA A SAÚDE PUBLICA?
TIVERAM 3 ANOS PARA INFORMAR A POPULAÇÃO, MAS NÃO O FIZERAM E AGORA VEM O ANÓNIMO DAS 13:54, NUMA DE MORAL POLÍTICA. COMO SE A MER... DA POLÍTICA ESTEJA ACIMA DA SAÚDE DAS PESSOAS!
É CONDENÁVEL ESTA SITUAÇÃO, NINGUÉM TEM O DIREITO DE NOS COBRAR AGUA QUE A MESMA NOS VAI MATANDO AOS POUCOS!
ESTES SENHORES DEVERIAM SER PROCESSADOS EM TRIBUNAL!
Mas existe hoje em dia algum produto que nós comamos que não esteja contaminado? Se calhar alguns dos que estão para aqui muito preocupados com a água são aqueles que até produzem produtos agrícolas cheios de pesticidas. Se na agricultura não se usasse tanto pesticida, se calhar não teríamos a água que temos. Eu preocupo-me com a água que bebo desde 2004 (ou será desde sempre?) mas também com tudo o resto.
Engenheira Química refuta teoria do presidente da Câmara de Benavente sobre qualidade da água
A propósito de uma notícia sobre a cor acastanhada da água da rede de Benavente, publicada na edição de dia 20, na qual se refere que o presidente da Câmara Municipal e administrador da empresa Águas do Ribatejo, António José Ganhão (CDU) defende a redução da quantidade de cloro que está a ser introduzida na água como forma de resolver o problema, recebemos da Engenheira Química Vera Noronha, que é engenheira sanitarista do Departamento de Saúde Pública da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, o seguinte esclarecimento que, pela sua oportunidade publicamos na íntegra.
"Na sequência da notícia publicada na edição online de 19.10.2011, intitulada "Águas do Ribatejo não tem dinheiro para acabar de uma vez com a água barrenta na rede de Benavente" e no que se refere à frase: " (o senhor presidente da Câmara Municipal de Benavente) ... defende que a única maneira de acabar com o problema é diminuir a quantidade de cloro colocado na rede", não posso deixar de exercer um dever cívico e esclarecer o seguinte:
1. O manganês é um dos metais mais abundantes na crosta terrestre, aparecendo geralmente associado ao ferro. A sua origem é devida essencialmente à dissociação das rochas e a eventuais resíduos industriais. A sua presença na água associa-se a questões de ordem estética e organoléptica;
2. As águas subterrâneas, na falta de oxigénio, contêm muitas vezes elevados teores de manganês dissolvido. Os inconvenientes ligados à presença de manganês na água são: Neutralização dos desinfectantes devido à sua oxidação, com eventual risco de desenvolvimento bacteriano; aparecimento de cor esteticamente pouco agradável, acastanhada a enegrecida (dependendo da sua concentração na água), podendo manchar a roupa; gosto metálico da água.
3. O manganês é um elemento essencial ao ser humano. Na ingestão diária, o maior contributo provém da via alimentar, sendo a sua absorção de cerca de 3% do total ingerido. A sua ingestão através do consumo de água é variável e normalmente bastante inferior ao proveniente de outros alimentos.
4. O Decreto-Lei n.? 306/07 de 27 de Agosto define como valor paramétrico do manganês 50 I-Ig/1.O Valor Guia da Organização Mundial de Saúde (OMS) é 400 I-Ig/I, concentração a partir da qual se considera que há alterações na cor, no cheiro e no sabor da água.
5. A Recomendação IRAR n.º 03/2005 "Controlo do ferro e do manganês na água para consumo humano" nas indicações para remoção de ferro e manganês, refere que "...
A oxidação pode também ser efectuada por oxidantes químicos como o hipoclorito de sódio, o cloro, o dióxido de cloro e o ozono. ..Por vezes é necessário recorrer a outras operações unitárias tais como a coagulação, a sedimentação e a filtração.".
Daqui se conclui que, o cloro líquido (hipoclorito de sódio) ou o cloro gasoso, são utilizados como oxidante para remoção de ferro e manganês e portanto são parte da solução e não, como é dito na notícia de O MIRANTE, a origem do problema.
Vera Lúcia Santos Noronha
Eng.a Química (1ST) e Mestre (pré-Bolonha) em Eng.a Sanitária (FCT)"
Nota: A notícia que deu origem a este esclarecimento, pode ser consultada em: http://semanal.omirante.pt/index.aspidEdicao=518&id=78307&idSeccao=8551&Action=noticia
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