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quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Afinal as coisas mudaram e de que maneira

"Há luta por mil doutrinas Se querem que o mundo ande Façam das mil pequeninas Uma só doutrina grande. (António Aleixo)"

Alpiagra nasceu como Feira Agrícola e Comercial numa época em que o vinho e os melões eram reis e senhores em Alpiarça. Foi escolhida a segunda/terceira semana de Setembro como data para a sua realização, porque nessa altura ainda a vindima era feita manualmente e Alpiarça enchia-se de "ranchos" que vinham de fora, tal qual fala Alves Redol no seu livro "Gaibéus", e também os meloeiros e seareiros de tomate imigrados 6 meses regressavam às suas casas. As aulas iniciavam-se em Outubro. Carros de choque, pistas de automóveis, aviões, eram a loucura total. Sempre a abarrotar de jovens.
Iniciativas como o Salão Automóvel marcaram uma época. As Picarias traziam milhares a Alpiarça. Alpiarça equiparava-se a outras terras. Mas as coisas mudaram. As coisas simples e populares estavam condenadas a acabar. Touradas e Tonys carreiras geram enormes gastos sem retornos. Mas não são só os fados que voltam a encher Alpiagras.
As coisas mudaram.
Permitam-me plagiar um outro comentário que apoio a 100%.
"Em vez de esbanjar recursos em coisas feitas em cima do joelho, e ao sabor da maré, possivelmente seria de fazer uma única feira com projecção nacional.
Se for necessário mudar a data da Alpiagra, que se mude!
É tempo de pararem um pouco para pensar (se conseguirem) e traçar um plano de futuro.
Se a feira do melão pode vir a ter interesse estratégico, então que se mude a data da Alpiagra e se integre a feira do melão no certame num sector específico, e com todas as condições.
Em relação à extinta feira do vinho, a mesma coisa.
Acabou, e acabou muito bem. Não justificava uma feira específica, assim como não justifica a feira do melão.
É tempo de terminar o "sempre em festa" e trabalhar com seriedade.
A Alpiagra devia ser uma feira FORTE, que integrasse subsectores de actividade (Vinho, melão, tomate, milho, etc) e que se tornasse atractiva para expositores de fora."
De um comentarista
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3 comentários:

Anónimo disse...

Outra coisa que não faz sentido é a Alpiagra estar localizada no sítio onde está.
Que sentido fará uma feira num local que fica entupido com trânsito, e de acesso condicionado?
Depois, com aquelas construções "ordenadinhas" como o restaurante do PCP, o bar do motoclube e outros mamarrachos...
Nada impediria que elas lá estivessem, mas enquadradas numa área de restauração específica, a que se juntariam os bares e restaurantes sazonais na altura da feira. Não será assim?
Em muitas autarquias se fossem construções particulares já teriam sido demolidas por não se enquadrarem na paisagem urbana.
Mais uma coisa a ser repensada.
Fará sentido a Alpiagra realizar-se naquele local, ou teria mais visibilidade na zona industrial ou noutro local com acessos mais fáceis?

Anónimo disse...

Deixa arder que o meu pai é bombeiro.

Seria um grande investimento mudar a Alpiagra de local. Aposto mais num reordenamento do espaço obrigando a melhorar a arquitectura do restaurante do partido, do bar da música, do moto-clube etc. e que seja aproveitado o terreno ao lado do Cantinho do Idoso (antigo olival do Coutinho) que é propriedade da autarquia para parque de estacionamento já que tarde ou nunca ali farão qualquer urbanização nem alargarão o espaço da feira como o Raul Figueiredo idealizou.

Reorganizem-se! Reorganizem o Plano de Actividades Culturais e Desportivas do Município e não façam as coisas tipo manta de retalhos e em cima do joelho e tudo em cima da hora.

Mais uma vez, como nos últimos anos, o programa da Alpiagra saiu tarde e a más horas e o programa está cheio de falta de imaginação, nem parece saído de uma câmara governada por um partido que organiza a Festa do Avante. Não tem uma única figura para chamariz. Não vai haver Salão Automóvel porque os carros vão para a rua e os contactos e convites se não forem personalizados e atempados são um fiasco.

Organizem-se, ou se não sabem mais dêem o lugar a quem saiba mais que vós. Espantaram e puseram na prateleira quem sabe fazer as coisas. Entregaram a câmara à brasileira e ao "escadote".

Deixa arder que o meu pai é bombeiro!

Anónimo disse...

Ou então, mudem as tasquinhas e enquadrem-nas com a entrada do restaurante vermelho, o bar do motoclube e o da Música.
Essas entidades só teriam a ganhar com a concentração de pessoas com apetência para o consumo de restauração.
Sendo gente da terra, melhor...!
Esse ordenamento é necessário, e qualquer área comercial (hipermercados, centros comerciais, etc) que se preze concentra a área de restauração num único lugar.
Não é difícil, nem é um grande trabalho de inovação.
É uma fórmula já inventada!
Basta que queriam TRABALHAR um bocadinho e não sigam as cartilhas de há 10 ou 15 anos.
Quanto ao parque de estacionamento, só não existe porque não há vontade do fazer.
Com a redução de expositores, o local actualmente ocupado pelas tasquinhas poderia ser conjuntamente com o "Olival do Coutinho" dois parques de estacionamento por excelência.
Eventualmente até poderiam cobrar os 50 cêntimos ou 1 euro da praxe que qualquer "arrumador" cobra, pois não seria por isso que os forasteiros deixariam a sua viatura longe.
Mas acho que este executivo está mais voltado para "tretas" folclóricas que dêem pouco trabalho e que possam apresentar como "grandes iniciativas".
Nada que me surpreenda...