Artigo de Opinião
Por: António Centeio
Sempre tive uma certa admiração por António Costa (foto) porque sempre o considerei ser uma pessoa séria e de “palavra”. Admiração na qualidade de politico porque pessoalmente não o conheço.
Tento ser um cidadão minimamente preocupado com a situação politica do nosso país e consequentemente com as acções ou decisões dos políticos que temos porque são estes que dirigem os destinos do país e tudo que façam ou digam afectam-nos em todas as formas.
Sempre detestei as pessoas que hoje nos prometem uma coisa e amanhã fazem outra. Considero este tipo de gente como a “vergonha das vergonhas” ou pessoas sem princípios que não tem vergonha alguma pela simples razão de que não são pessoas de palavra.
Como diziam os antigos – que não precisavam de papeis para nada, porque a palavra estava acima de tudo e de todos: «quem não cumpre o que prometeu não presta para nada».
Tenho defendido estes princípios e continuo a defendê-los.
António Costa é presidente da Câmara de Lisboa para a qual foi eleito por via democrática.
Com a demissão de José Sócrates secretário-geral do Partido Socialista, a Comissão Nacional do partido reuniu e convidou António Costa para substituir Sócrates.
Um convite que antes de ser apresentado, já o presidente da autarquia de Lisboa se queixava das fortes pressões que vinha a receber para aceitar o lugar.
Mas António Costa não será candidato à liderança do PS.
Entendeu e recusou porque tem «um compromisso assumido na autarquia» porque votaram nele.
Os eleitores deram-lhe a confiança politica para ser presidente da Câmara e assim será.
Justificou a decisão com o compromisso assumido na autarquia – «Penso que é o melhor contributo que posso dar para credibilizar a política».
Uma credibilização que muitos políticos na «nossa praça» não sabem ou não conseguem ter e dar como garantia a quem neles vota para a meio do mandato pretenderem deixar o lugar para que foram eleitos para o trocar por um outro qualquer, defraudando assim quem em neles votou e neles acreditou ou que terminariam o mandato para que foram eleitos.
Se admirava António Costa como um «politico sério» porque defende a credibilização da política» agora ainda o admiro mais.
Como há muitas maneiras de contornar as pressões, mesmo vindas da cúpula do partido António Costa soube que também é necessário servir o partido de que faz parte, o PS.
Disponibilizou-se então, caso assim seja necessário, de poder aceitar a «presidência do partido (um cargo ‘honorífico’ no PS)» já que não lhe ocupa muito tempo.
Agora ser “líder” do partido ou trocar o cargo por outro qualquer e ter que deixar de ser presidente dos “lisboetas” isto nunca porque os eleitores votaram nele para ser o “presidente” e não para ser secretário-geral ou deputado.
Na sua alegação, António Costa disse que «O País precisa de um secretário-geral a tempo inteiro e a cidade de Lisboa de um presidente em dedicação exclusiva».
Só lamento que muitos políticos da «nossa praça» não tenham a coragem de António Costa, onde alguns estão dispostos a deixar o mandato a meio para que foram eleitos para ocuparem outros cargos mesmo que nunca os venham a ocupar.
Acima de tudo que se credibilize a politica e se respeite os desejos dos eleitores, cumprindo-se os mandatos até ao fim.
4 comentários:
E na nossa "Praça Alpiarcense" temos vários exemplos da falta de vergonha que o autor menciona. E não é com certeza Mário Pereira. Nunca deixou de ser o Presidente da Câmara, lugar para o qual foi eleito. Já Rosa do Céu, abandonou o lugar de Presidente da Câmara, aceitando um lugar no Turismo. Sónia Sanfona, abandonou o lugar de vereadora para ser Governadora Civil. Esses sim são exemplos de pessoas que foram eleitas pelo Povo para determinados lugares e abandonaram-nos para aceitarem lugares de nomeação política. Quanto a António Costa, e porque por vezes a memória é curta, não será demais relembrar que ele próprio abandonou o mandato, como Ministro da Administração Interna, para se candidatar à Presidência da Câmara Municipal de Lisboa.
O «ANÓNIMO» das 12:47 se calhar quer que lhe digam umas VERDADES, não é verdade ? Então a Dona Vitória e o Senhor Osório tambem não abandonaram a Assembleia de Freguesia para irem para a Câmara ? E o Senhor Orlando que foi cabeça de lista na Junta que depois também teve que abandonar para dar lugar à filha da Dona Vitória ?
Então e se o Senhor Professor Mário Pereira fosse eleito deputado não iria também honrar a vontade quem nele votou para deputado, mesmo tendo sido muito poucos como parece pelos resultados ?
E vamos a ver se antes do final do actual mandato, os presidentes do partido comunista que não se podem recandidatar (Chamusca e Benavente)não vão abandonar tambem o cargo para darem visibilidade aos futuros candidatos.
E vamos também a ver quanto tempo mais aguentará o nosso Presidente Mário Pereira como Presidente.
E não foi o Presidente Mário Pereira que abandonou temporariamente a Presidencia da Camara para fazer campanha para deputado ?
Não atirem pedras quando têm telhados de vidro. E mais não digo.
Estes comunistas conseguem interpretar tudo como lhes dá mais jeito. Só mostram que inteligência é coisa que não abunda por aqueles lados. Se Mário Pereira tivesse sido eleito teria recusado o cargo? Temos pena, sofreram a maior derrota de sempre. Contribuiram para a queda do governo votando ao lado da direita, agora têm de engolir a pastilha de terem perdido metade dos deputados. Quanto a Rosa do Céu,12 anos como presidente é um contributo mais do que suficiente e Sónia Sanfona continuava a ser só vereadora e vivia do ar que respirava ou de uma senha de presença de vez em quando? Pensem primeiro e digam as baboseiras depois.
Aos dois ultimos comentadores, que parecem algo cegos pela cor partidária:
1º - A Dona Vitória e o Senhor Osório não abandonaram a Assembleia de Freguesia para irem para a Câmara, pelo simples facto de nunca terem sido eleitos para esse orgão. O que aconteceu foi que pediram suspensão de mandato mas da Assembleia Municipal, não para irem para a câmara como afirma (mentirosamente e propositadamente) o comentarista. Fizeram-no porque Sua Exª o Sr Presidente da Assembleia Municipal tanto gritou e esperneou que acabaram por lhe fazer a vontade não fosse o puto ter alguma birra ainda maior e sujasse a fralda.
2º - O Sr Orlando desistiu de integrar as listas para a Junta de Freguesia, não para dar lugar a quem quer que fosse, mas, alegadamente, por pressões profissionais. E ainda bem que assim aconteceu, porque a segunda opção da CDU para a Junta tem-se revelado uma agradável surpresa pela positiva, cumprindo até ao momento um percurso bastante agradável tendo em conta as limitações financeiras existentes. Tomara a câmara municipal ter tanta iniciativa, imaginação e trabalho feito como a Junta de Freguesia. O sr orlando, que nalguns locais dentro e fora do partido que o elegeu, se tem revelado bastante pródigo em dar facadas pelas costas à actual presidente da junta (será inveja?) e bastante ausente quando se trata de fazer alguma coisa de útil, foi uma benção para Alpiarça a sua desistência. O caracter traiçoeiro e mesquinho que tem exibido com as suas atitudes, certamente não traria nada de positivo para Alpiarça se fosse ele o presidente da JF.
3º - A Sónia Sanfona tem uma profissão para além dos cargos politicos que tem exercido. Dizer-se que fez bem em aceitar o cargo de Governadora Civil porque ser só vereadora e viver de uma senha de presença de vez em quando não dá para viver, é insultar não só a inteligência de um povo como, principalmente, insultar os milhares de desempregados deste país que nunca enveredaram pela mediocridade de uma carreira profissional erguida de tacho em tacho, e que vivem na maior das dificuldades.
Quanto a Rosa do Céu, 12 anos como presidente não foi um contributo mais do que suficiente...
Não foi isso que disse a maioria dos alpiarcenses nas ultimas eleições autarquicas, pelo que apenas alguém que não é capaz de viver em democracia é capaz de fazer tal afirmação.
4º - Ao sr António Centeio: ser moderador de um blogue é mais do que uma paixão, é também e acima de tudo uma responsabilidade. A responsabilidade de não publicar comentários que o senhor sabe não corresponderem à verdade, terem apenas intuitos persecutórios sobre os atingidos ou procurarem apenas objectivos difamatórios, quer sejam de indole pessoal ou partidária.
A moderação de comentários, não é ver se nos escritos publicados existem palavras acabadas em "ão" ou começadas em "p" ou "f".
É, com toda a certeza, garantir que aquilo que se diz acerca de "a", "b" ou "c", corresponde à verdade. Porque se não for esse o caso, não é só o comentarista que falta à verdade e ofende. É também o senhor António Centeio que o faz, validando-o.
Os comentários de 8 de Junho de 2011 14:47 e 9 de Junho de 2011 01:14, são exemplos acabados desta realidade: falaciosos e tendenciosos, inverdades publicadas e validadas por si, quando de certeza o senhor sabia que estava a publicar mentiras.
Vamos elevar o nivel deste blogue, dizendo não à calunia gratuita e à falta de escrupulos.
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