O economista, que também participou no documentário premiado com um Óscar ‘Inside Job -A verdade sobre a crise', esteve em Portugal a participar nas conferências do Estoril, e diz, em entrevista à Agência Lusa que para Portugal voltar a crescer terá necessariamente de actuar a nível salarial.
"Claramente para Portugal, o que precisam de fazer, o que o programa aponta para terem crescimento e competitividade é através de salários mais baixos. Os salários precisam de ser reduzidos, o mais rapidamente possível", afirmou o economista.
Para que isso possa acontecer, o responsável considera que o Governo e os sindicatos têm de se unir e debater a questão e que este deve ser uma espécie de "imperativo nacional", porque terá de existir essa redução.
"Tem de ser uma espécie de imperativo nacional. Porque vai acontecer mais cedo ou mais tarde. É só uma questão de demorar cinco ou dez anos, ou fazê-lo mais cedo. [...] O perigo é não fazerem nada. Continuarem a não serem competitivos, endividados e sem crescimento por um longo período de tempo", diz.
O responsável do Banco Central da Islândia aponta ainda a redução da segurança salarial dos trabalhadores mais antigos como uma necessidade para estimular o emprego dos jovens e evitar uma vaga de emigração dos mais jovens.
"É por isso que precisam de um esforço colectivo para fazer isto. Porque a alternativa é os jovens mudarem de país e a economia não crescer", concluiu.
«JN»
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