Quem será mais burro? O burro ou o pai do burro?
Não, não é uma chalaça do género quem nasceu primeiro o ovo ou a galinha, porque afinal quem nasce burro, será sempre burro, mesmo que se pinte às riscas a imitar a amiga zebra.
Burra vai também a maioria da população portuguesa que continua a votar em políticos com um elevado grau de miopia. É notória a falta de vista que os nosso governantes têm, pois só conseguem ver à distância do seu prato de comida. Quando olham em volta não percebem que o seu igual não tem o prato cheio, e o vulto que vêem não é carne nem é peixe, mas antes uma carcaça seca, pois a maioria do dinheiro que receberam foi gasto na alimentação dos seus filhos, nos cadernos para a escola, nas contas da água, da luz, do telefone e da internet (estes dois últimos aumentaram só 500% nos últimos 10 anos) e claro, nos impostos que o estado cobra para manter os hospitais ( com e sem corruptos), as estradas (com e sem desvios orçamentais), o estado politico (com os que trabalharam e os que fazem de conta que estão a serviço da população) e as autarquias ( o grande empregador regional ).
Obras com um carimbo de burrice como esta acontecem um pouco por todo o país por motivos políticos e pela elevada miopia patente. Isto porque os verdadeiros desafios vêm depois sob a forma de cortes orçamentais ou actividades reais que precisam, essas sim, de cuidados acrescidos ou o risco de colapso torna-se uma realidade.
No nosso caso, a situação é ainda mais caricata. O projecto que o actual executivo pretende lançar que irá custar mais de 120 000 contos ou 600 mil euros, e, apesar de ser uma mais valia para o casalinho em termos de requalificação urbana do espaço, irá oferecer ao concelho um espaço que não representa nenhuma necessidade real ( mesmo que venha cá o Alberto João Jardim dizê-lo que sim) pois já temos infra-estruturas desportivas sobredimensionadas para as necessidades da população.
No que diz respeito ao seu objectivo formativo eu fico pasmado com tais afirmações e pergunto se é com os 75 euros mensais que pagam aos treinadores das escolinhas de futebol para 4 treinos semanais, sendo um deles ao fim de semana ( dia dos torneios) que irá nascer um grande centro de formação. É que para mim isto é uma espécie de “chulice” que estão a fazer a estes jovens. Porque não é por serem jovens e de certa forma estarem ainda a receber as mesadas dos pais que os faz merecer uma esmola apenas pelo trabalho de formação dos nossos jovens. Mas talvez se os ajudassem a crescer com outros apoios financeiros e não financeiros a tal componente formativa de que tanto falam.
Somos burros, e continuaremos a sê-los enquanto não conseguirmos ver mais além do nosso prato de comida. Arriscamo-nos um dia a não ter prato para comer, mas valha-nos o futebol que ao domingo nos distrai das mágoas, de vivermos numa das mais bonitas terra do ribatejo apesar do seu deserto de oportunidades.
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2 comentários:
Se calhar no espaço ficava melhor uma plantação de nabos e rabanetes ou morangos made in Cunha.
O pior cego é aquele que não quer ver.
O que nos vale é que as vozes de burro não chegam ao céu
pois não, os burros estão todos a pastar nos relvados deste país. Ficam a ganhar os veterinários é o que é
Onde será que a câmara irá arranjar dinheiro para a manutenção dos relvados? Aquilo precisa de ser escovado e aspirado de vez em quando sabia?
Mas proponha você outro projecto para não ter de levar com os nabos do Cunha. Afinal ideias não lhes faltam não é verdade? Ou já começa a faltar dinheiro para pagar à consultora de ideias de parques temáticos para a zona da barragem uma zona REN e um ex-libris paisagístico da região?
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