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domingo, 27 de abril de 2014

OPINIÃO: Cavaco não é, nunca foi, nunca será o "presidente de todos os portugueses"

Por: Anabela Melão

Renunciar ao mandato presidencial não é uma equação de Cavaco Silva, mas seria a única atitude séria a tomar, já que o seu comportamento põe em causa o juramento assumido na tomada de posse. Ao ser investido na função presidencial, Cavaco jurou velar pelo regular funcionamento das instituições, cumprir e fazer cumprir a Constituição. Ao invés disso, ao longo o seu mandato, quebrou ponto a ponto esse juramento. Não é, nunca foi, nunca será o "presidente de todos os portugueses". 


É, antes, um factor de divisão a quem já ninguém reconhece sequer a menor capacidade para mediador de consensos. Em vez de representar a unidade nacional, é, hoje, um empecilho ao regular funcionamento das instituições. O silêncio ensurdecedor com que são acolhidas pelas oposições as palavras que balbucia em São Bento ou as vaias com que, ainda ontem, foi mimoseado o seu nome no Largo Carmo são disso prova evidente. Sobra-lhe em ego o que lhe falta no resto. O retiro na Coelheira espera por ele. Nós esperamos que ele se "acoelhe". Até lá, até os pastéis são uma instituição nacional mais representativa do País. 

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